quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A NOITE É DELAS


Um(a) protagonista vai se casar, e resolve reunir as amigas(os) para curtir uma despedida de solteira(o), só que tudo começa a dar merda logo nas primeiras horas delas(es) juntas(os). Sim, você já deve ter visto algum filme assim, independente do sexo dos protagonistas, pelo menos umas 10 vezes nos últimos três anos, ou melhor, desde que saiu o primeiro "Se Beber Não Case!", em 2009. Só que essas cópias lançadas posteriormente tem um enorme aquém, com o longa de Todd Phillips: são meras reciclagens de outros longas, e é basicamente isso que ocorre em "A Noite é Delas". 

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A principio vemos uma grupo de amigas zoeiras na época da faculdade, onde já denotamos os perfis mais típicos: A bonitona (Scarlett Johansson), a amiga gordinha (Jillian Bell), a feminista (Llana Glazer), e a certinha (Zoe Kravitz). Com um pacto de continuarem se falando depois da formatura, as mesmas resolvem se juntar para a despedida de solteira da primeira. Obviamente que no reencontro delas, uma nova mulher surge nesse grupo (Kate McKinnon) e que tudo isso daria bosta em algum momento, e as criaturas conseguem a proeza de matar um stripper. 

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A principio o roteiro de Lucia Aniello (que também assina a direção) e Paul W. Downs (que vive o noivo de Johansson), brinca constantemente com a campanha de Hillary Clinton (cuja Scarlett também auxiliou na campanha exatamente com o MESMO VISUAL visto neste longa (sei que ela devia estar filmando o mesmo na época, mas foi bem tendencioso tudo isso)). Porém depois dos 10 minutos, a pornochanchada entra em cena, e então só vemos piadas envolvendo todo tipo de escatologia, referencia de outros filmes, fora os diversos arcos aleatórios e completamente desnecessários incluindo a breve participação de um casal de tarados vividos pela Demi Moore e Ty Burrell (que devem ter topado pelo cache), e de um arco constrangedor envolvendo o noivo da protagonista. 

"A Noite é Delas" é constrangedor, cansativo e uma ofensa pra quem curte uma ótima comédia, depois de uma semana ou um dia de estresse. EVITE!!

Nota: 1,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

TEM NO NETFLIX: DEATH NOTE

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Eu não ia realizar uma crítica sobre este longa, mas depois de muitos pedidos que vim recebido, e devido ao enorme bafafá negativo perante esta obra, resolvi deixar expressada minha opinião. Primeiramente deixarei claro, que mesmo estando ciente que o longa de Adam Wingard (do "reboot" de "A Bruxa de Blair") não tem quase haver com o anime pelo qual é inspirado, ele ainda consegue ser um ótimo divertimento genérico! E digo isso, pois durante seus quase 100 minutos, a narrativa me prendeu e lembrou o tempo todo mais um spin-off divertido da franquia "Premonição", ao invés de uma releitura do anime de Tsugumi Ôba e Takeshi Obata.

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O enredo central é basicamente o mesmo, onde o estudante Light (Nat Wolf, de "Cidades de Papel"), acaba recebendo aleatoriamente um livro batizado de "Death Note". Ao abri-lo, ele descobre que o mesmo pertencia ao misterioso monstro Ryuk (Willem Dafoe, o eterno Duende Verde do "Homem-Aranha"), e que quaisquer nomes que forem escritos no mesmo, acabarão sendo mortos da exata forma pela qual for transcrita no mesmo. Com o poder em mãos, ele começa a utilizar o livro para executar os mais diversos criminosos, que foram impunes. Só que isso não agrada ao misterioso L (Lakeith Stanfield, de "Corra"), que quer a todo custo descobrir o responsável por estas estranhas mortes.

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Como nem tudo é as mil maravilhas, vou começar destacando o que eu achei de negativo aqui: a bendita trilha sonora, que é completamente reversa as situações mostradas em cena (a música tocada no penúltimo ato, pelo amor de Deus!), e que em muitas das vezes poderiam ter sido trocadas por efeitos sonoros da própria cena mesmo. Já pulando pras atuações, Wolf ta bem como protagonista, porém quando ele se junta com Margaret Qualley ("Dois Caras Legais"), além dos dois não terem absolutamente nada haver, parece que ta rolando outro filme ali. Agora na minha franca opinião, quem rouba a cena mesmo é Willen Dafoe, pois aqui ele repete o estilo excêntrico de Norman Oscorp, mesmo aparecendo bem pouco (poderia ter aparecido mais) e fica divertido vê-lo. O que segura tudo mesmo, é o roteiro, pois o jogo de gato e rato criado dentre L e Light realmente é o ponto porte do filme e acaba tornando ele interessante por isso. É abordado o tempo todo no longa, sobre o fato do segundo estar certo ou errado com respeito as mortes, e isso pesa muito na definição de que se Light é um protagonista ou antagonista.

"Death Note" não é uma obra prima, muito menos é uma adaptação digna do anime. Porém pra quem nunca assistiu ao anime ou simplesmente resolveu aproveitar a nova história (que basicamente pegou a premissa e os personagens), vai se divertir. Agora se você é fã pra caramba do anime e esperava uma "cópia" do que foi visto (exatamente como ocorreu com "A Bela e a Fera", lançado pela Disney em março), vai se chatear.

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 27 de agosto de 2017

A TORRE NEGRA

A Torre Negra : Poster

Já deixarei bem claro, que ainda não tive o prazer de ler a série de livros "A Torre Negra", que foram escritos pelo mestre Stephen King. Então tudo que você lerá nos próximos parágrafos remeterá APENAS ao longa metragem em si. Se você curte películas de ação e aventura, com certeza você já deve ter visto alguma história, onde um garoto poderá salvar a humanidade, e conta com a ajuda de um estranho bondoso, pelo qual irá auxilia-lo a encontrar um vilão. No meio desta jornada, rolam alguns "imprevistos" como um feixe de luz no céu e bordões artificiais. É assim que se resume essa adaptação do primeiro livro da série de Stephen, que tinha tudo para funcionar, só que aqui vemos que não foi somente um problema dos produtores ou do estúdio (Sony, no caso), mas sim de todos os envolvidos.

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A começar pelo enredo, que praticamente deduz que você já sabe absolutamente tudo e que é perda de tempo explicar algumas coisas mostradas em tela (não digo as óbvias). O que faz o público aos poucos acabar perdendo o interesse no filme, pois afinal quem diabos vai aguentar ver algo que sequer da pra sacar qual é a lógica, mesmo se tratando de uma fantasia? Mas ai que ta a jogada, pois simplesmente deixaram o filme com 95 minutos (com o propósito de cansar o espectador menos), quando na verdade se fossem acrescentados mais uns 30, somente pra explicar e conhecermos melhor os personagens, creio eu que essa seria uma resenha positiva.

Pra deixar você ciente sobre o que se trata o filme: um menino (Tom Taylor), possui constantes sonhos sobre um Homem de Preto (Matthew McConaughey), que quer destruir a todo custo uma Torre Negra, onde a única pessoa que poderá detê-lo é pistoleiro (Idris Elba). Até que acidentalmente ele tem acesso a um portal e vai parar neste mundo, onde ele acaba fazendo uma união com aquele, para derrotar o primeiro. 

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No quesito de atuação eu não consigo ver aqui, alguém que se demonstrasse dedicado ao roteiro apresentado. Elba ta perdido e com uma feição extrema de desconforto. McConaughey (que depois de "Interestelar", só se meteu em furadas) lembra e muito o vilão Killgrave (do seriado "Jessica Jones"), só que numa versão genérica, de tão mão explorado que ta o personagem. O jovem Tom Taylor tenta se esforçar, mas o roteiro envolta do personagem é banal, e ainda me colocam um ploat em seu arco, que chega a ser vergonhoso. O restante do elenco, é "ok", pois nenhum deles vai interessar o espectador. 

A direção de Nikolaj Arcel ("O Amante da Rainha") tenta então apelar para as sequencias de ação, que estão bem feitas inclusive e é um dos pontos positivos do longa. Só que quando ele tenta mesclar algum drama envolto, o fracasso é eminente. 

"A Torre Negra" já figurou no meu TOP 10, das maiores decepções do ano, pois os caras tinham elenco, tinham uma HISTÓRIA, e um visual incrível, mas não tiveram um filme decente. EVITE!!

Nota: 2,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

BINGO O REI DAS MANHÃS

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Há certo tempo que o cinema nacional não lançava uma obra, que realmente fosse digna de reconhecimento geral, como vem ocorrendo com "Bingo - O Rei das Manhãs". O marketing massivo havia começado de forma bastante "sigilosa" na última edição da Comic Con Experience. Com a vinda dos atores Vladimir Brichta e Leandra Leal, vimos um primeiro trailer do mesmo, acompanhado de um estande de maquiagem para crianças, na área da Warner. O longa aborda a história de Arlindo Barreto, o primeiro interprete do celebre palhaço Bozo, que fez muito sucesso nas manhãs dos anos 80, no SBT. Apesar de não se referir diretamente em nomes a alguns personagens e empresas televisivas (tirando a da atriz Gretchen), nada atrapalha nesta narrativa que em momento algum foi feita para o público alvo do caractere (as crianças). 

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Começamos acompanhando a vida de Barreto (Brichta), quando ele era um ator de pornochanchadas e era famoso pelo seu humor dentro dos longas. Só que um dia ele resolve tomar outros rumos na vida, e é quando surge a oportunidade de assumir o papel do palhaço Bingo, que era sucesso estrondoso nos Eua e precisava manter a tenuidade no Brasil. Caindo em contradições, Barreto conseguiu consagrar o personagem como um dos mais celebres da história televisiva do país. Enquanto isso sua vida pessoal era regada a problemas com álcool, drogas e conflitos familiares. 

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Esse é o tipico longa que se estivesse nas mãos erradas, seria uma bomba ao extremo, pois seria recheado de momentos excessivos de pornochanchada ou envoltos a lições de moral com uma redenção religiosa de brinde. Por sorte foi chamado para comandar o projeto, Daniel Rezende (que foi indicado ao Oscar, pela edição de "Cidade de Deus"). Aqui ele soube muito bem como dosar tudo, pra não ficar extremamente chato ou entediante, mas sim plausível mediante a tonalidade do longa. Seja na fotografia que remete a um longa dos anos 80, ou sempre algum plano que realiza o minimo de takes dentre as cenas (algo bem raro de se ver no cinema nacional), Rezende sabe como se faz cinema.

Assim como ele, Brichta arrasa no filme e sem sombra de dúvidas, o cara vai ser o novo Rodrigo Santoro, se ele continuar neste mesmo estilo (que aparentemente ele entrou de cabeça no personagem). As fases de um homem de família, que começa a se autodestruir aos poucos, chega a ser realmente assustadora. Sua parceira em cena, Leal também consegue ser excelente, como a produtora durona, onde aos poucos o público vai se simpatizando com ela. Quanto ao restante do elenco, todos (sim), estão no timming correto (inclusive Pedro Bial, em uma pequena participação). Aos mais assíduos em telenovelas, a aparição do finado Domingos Montagner poderá apertar um pouco o coração. 

"Bingo - O Rei das Manhãs" fará você ver muito mais além do palhaço que nos anos 80, alegrava as manhãs do SBT, e agora tem de tudo pra fazer sucesso no mundo, onde principalmente poderá representar o Brasil no Oscar 2018. RECOMENDO!!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 20 de agosto de 2017

O ESTRANHO QUE NÓS AMAMOS

O Estranho que Nós Amamos : Poster

Depois de vencer um Oscar (pelo roteiro de "Encontros e Desencontros", em 2004), neste ano o novo trabalho da diretora Sofia Coppola, "O Estranho Que Nós Amamos", conseguiu render a ela o prêmio de direção, no Festival de Cannes. Apesar de se tratar de uma refilmagem de um longa de 1971, estrelado por Clint Eastwood, o enredo é inspirado no livro de Thomas Cullinan, e ele se passa em plena Guerra Civil, em 1864, quando um soldado inimigo abatido (Colin Farrell), acaba sendo salvo por uma jovem e levado para um internato feminino, em Virginia, onde é cuidado pelas moradoras do local, lideradas por Martha (Nicole Kidman).

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98% da trama se passa dentro do internato, e só nesse fator poderia ser um longa extremamente monótono se caísse em mãos erradas (principalmente por se tratar de uma refilmagem). Porém Coppola aprendeu com o Pai (Francis Ford Coppola, diretor de "O Poderoso Chefão") como dirigir um filme, e soube dosar de forma divertida o suspense demonstrado em tela. Pra se ter uma noção, a trilha sonora do filme é basicamente apenas os elementos sonoros que compõe a cena (muitas vezes ouvimos pássaros, bombas, dentre outras coisas que agregam o cenário). Outro aspecto foi que ela rodou o longa no formato em que o original havia sido rodado (1:66, o mesmo das televisões antigas de tubo), algo raramente é realizado nas produções atuais. Não foi somente a mesma que foi o principal auxilio no desenvolvimento do longa, mas também seu elenco, onde apesar do Farrell e da Kidman, estarem muito bons em seus papéis, o destaque vai mesmo pra Kristen Dunst e pra Elle Fanning, que apresentam o estilo de mulheres "desafiadoras e cansadas" e da "adolescente na descoberta do prazer", respectivamente (dentre outras palavras, aqui é trabalhada todas as fazes da vida de uma mulher, por intermédio das personagens), e compartilham um momento chave na trama. Porém depois que este ocorre, a película se torna um pouco previsível e se segura mesmo pelo ritmo já estabelecido pela diretora. 

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"O Estranho Que Nós Amamos" é um longa que diverte durante seus quase 90 minutos, mas não é uma obra prima da diretora, onde sei que apesar disso não posso afirmar se o prêmio em Cannes pra ela valeu, pois ainda não vi todos os outros concorrentes pra julgar. Se isso já é suficiente pro filme já estar no Oscar, bom provavelmente ele entre na categoria de figurino e design de produção, pois nas principais eu ainda acho difícil.

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 13 de agosto de 2017

A GRANDE MURALHA

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Sabe aquelas produções que vamos ao cinemas, simplesmente por ter o prazer de se desligar do mundo e dos problemas por duas miseras horas, e esquecer do longa assim que saímos da sala de projeção? É exatamente o que "A Grande Muralha" causa do seu público: sequencias de ação genéricas, que encantam pelo seu visual impecável, em que ganha muito mais vida com o recurso 3D

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Matt Damon foge um pouco do estilo de "personagem perdidão", e assume o manto do mercenário Willian, que junto de seu parceiro Tovar (Pedro Pascal) acabam parando em plena muralha da China, durante uma batalha dentre monstros e soldados na mesma.

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Esse é o tipico filme que foi lançado em uma época errada, pois o gênero de aventura com monstros dominou e muito o cinema há mais de 15 anos, e atualmente a fórmula já não chama mais a atenção do público, e aqui a produção de Yimou Zhang, não trás nada de novo e belo a não ser da fotografia, as cenas de ação e do recurso 3D (que foi um dos melhores do ano). Já no quesito de atuação, Damon ta no automático e Pascal acaba tendo de segurar a barra, junto de Willem Dafoe (que ta meio apagado). Porém a polemica em torno do protagonista não ser chinês, ganhou uma explicação bem valida (pra quem reclamou, sem sequer te visto o filme vai ficar calado).

"A Grande Muralha" é um longa de ação com fantasia, que remete e muito o longa de "A Múmia" (da versão com o Bredan Freaser, de 1999), ao invés de uma produção original que remeteria como foi construída a maior obra da humanidade (que na minha opinião, seria muito mais interessante de se conferir).  

Nota: 4,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 12 de agosto de 2017

VALERIAN E A CIDADE DOS MIL PLANETAS


Confesso que estava ansioso pra conferir este filme há certo tempo, pois vem sido vendido como o mais audacioso projeto da carreira de Luc Besson (que comandou "O Profissional" e "O Quinto Elemento" (que cresci vendo na extinta "Sessão de Sábado" da Globo)). Muitos dizem que ele investiu tanto aquém da verba de sua produtora batizada de "Europa", em cima deste "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas" (que até o momento, é o filme mais caro já realizado na França (sim, esse filme foi feito na lá e não em Hollywood) com um custo de aproximadamente 178 milhões de dólares), que se o longa fracassasse feio, a mesma poderia declarar falência. Conflitos a parte, Besson foi bem corajoso mesmo em confiar neste projeto, onde ele sempre declarou que foi seu sonho faze-lo, pois cresceu lendo as Hqs (criadas por Pierre Christin e Jean-Claude Mézièresque foram o principal incentivo para George Lucas criar "Star Wars" e muitos outros diretores a criarem universos de ficção no cinema) pra superar o divórcio dos pais. A todo momento sabemos que o mesmo conseguiu fazer um longa que se iguala a "Avatar", no quesito de efeitos visuais, 3D e diversidade de seres em cena (exitem tantos, que chega a ser interessante mesmo). Só que infelizmente, assim como no citado, o roteiro não é o ponto forte também (sim, eu não achei o roteiro de "Avatar" tudo isso).

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Em um primeiro momento, os desavisados acharão que se trata de uma história bastante similar a bomba "O Destino de Júpiter". Felizmente confusão não existe nesta trama (a não ser que você fique o tempo todo prestando atenção em coisas aleatórias ou na treta do grupo de seu "Whats app"), pois Besson procurou deixar tudo bastante claro (mesmo com alguns deslizes ocorrendo). A história tem inicio com a construção de uma estação espacial, que reúne humanos e diversos seres de outras raças (que foi tão bela, em quesito de 3D acompanhada da música Space Oddity, do David Bowie). Com o passar dos anos, acompanhamos o trabalho dos agentes que vivem ali, Valerian (Dane DeHaan, de "O Lugar Onde Tudo Termina") e Laureline (Cara Delevingne, de "Esquadrão Suícida"), que recebem missões pelo qual necessitam realizar diversas viagens no tempo, no espaço. Só que uma delas envolve o cuidado de um ser extinto, que defeca pérolas (isso mesmo que você leu!), onde ao iniciarem a proteção do mesmo o Comandante da unidade deles (Clive Owen, de "O Plano Perfeito"), acaba sendo sequestrado por uma espécie de alienígenas.

Ao meu ver o personagem Valerian não pode ser definido como o protagonista, pois o tempo e importância que Laureline tem em tela é basicamente o mesmo. Sim, tanto DeHaan, quanto Delevigne não são atores exemplos, muito menos podemos defini-los como bons, e isso prejudicou um pouco o andar da trama, pois eles não possuem química alguma. Só que o roteiro de Besson se sobressai ao investir mais nos arcos que envolvem os dois separadamente, do que juntos (as cenas de romances entre os dois, são bem idiotas). Se fossem escalados atores como Logan Lerman (Percy Jackson) e a Sophie Turner (Sansa Stark), acho que ajudaria mais o vigor na trama. Agora partindo para o resto do elenco que vemos no banner, Owen ta bem no papel e sua importância pra trama realmente decai ao último ato (mesmo sendo previsível o tempo todo). Agora a participação de Rihanna é a mais interessante do longa, mas que se resume a apenas 15 minutos, e inclusive tentam jogar um arco dramático bastante forçado.

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Agora em quesito de visual, o filme é belo em todos os sentidos. Muito bem realizado em fotografia, som, sequencias de ação e aventura, e que são ajudadas com a tecnologia 3D (acrescentada na pós produção). Se você é amante de cinema, e que gosta de fantasias, "Valerian" é um prato cheio. Mas se você vê defeito em tudo, com certeza vai detestar o longa e recomendo evita-lo. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA

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Os dois últimos "Planeta dos Macacos" foram uma surpresa, pois no meio de tantos reboots, o resgate desta saga em forma de uma nova trilogia, acabou se tornando uma das melhores da história do cinema. O macaco César (interpretado por Andy Serkis) acabou se tornando um ícone, pelo qual a cada filme vemos seu amadurecimento e evolução, desde pequeno como o bicho de estimação do James Franco, até agora, liderando um exército de macacos em uma guerra pela paz. Este terceiro, "Planeta dos Macacos: A Guerra", poderia ter dado errado e literalmente estragado a imagem dos outros dois. Só que o retorno do diretor Matt Reeves (que comandou o primeiro), trouxe um certo vigor maior pra série, e diferente da série "Transformers", o longa todo é focado apenas nos macacos e os humanos são completamente secundários (divergindo completamente dos antecessores, não há um caracter como os vividos pelo Franco e Jason Clarke).

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O enredo acaba sendo uma continuação pra guerra mostrada no segundo, dentre macacos e humanos. Só que agora o general é interpretado pelo Woody Harrelson, e que acaba sendo motivado pelos mesmos motivos que César a liderar esta batalha (obviamente que não vou citar o motivo aqui). A atuação destes dois é extremamente boa, sendo que Serkis mais uma vez demonstra ser um dos principais nomes do cinema, pois não consigo imaginar outro ator pra conseguir dar vida ao protagonista da forma que ele faz. Enquanto o segundo serve mais pra ser aquela presença amedrontadora, onde apesar de seu personagem ter mais destaque a partir metade do filme, é interessante a forma como o contraponto é criado por Reeves (onde os mais atentos verão uma clara referencia ao conflito dentre Trump e os mexicanos). Mas quem rouba a cena é a jovem Amiah Miller, que é "adotada" pelos Macacos (não, aqui não rola um arco a lá "Mogli"), em uma personagem que lembra e muito a Laura de "Logan". 

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Ele também foi genial em deixar tudo como se fosse contado pelos próprios Macacos, onde denotamos isso pelo simples fato de nenhum personagem humano possuir um nome mencionado (inclusive o personagem de Harrelson). As sequencias na praia, ou que exigem um visual mais voltado pro ambiente, são belas de se ver em uma tela grande (apesar do 3D ser completamente descartável). Porém se você vai aos cinemas pensando que vai ver constantes cenas de ação e explosões, saiba que o foco aqui é mais voltado ao drama da Guerra, do que a própria em si (e isso foi muito bem trabalhado inclusive), não tirando o mérito que há ótimas sequencias de ação sim (destaque vai pra última).  

"Planeta dos Macacos: A Guerra", encerra com chave de ouro esta trilogia, onde em um ano em que tivemos ótimos desfechos como "Logan", e vários longas realmente bons (como "Em Ritmo de Fuga" e "Dunkirk"), esse já ta na lista dos melhores de 2017. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

GYPSY - 1ª TEMPORADA

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Nesses últimos dias terminei de conferir esta série da Netflix, pela qual não esperava que fosse tão dificil termina-la de assistir. Não pelo simples fato de estar sem tempo, muito pelo contrário, mas sim porque o enredo consegue decair tanto a cada episódio, que fica cada vez menos interessante em acompanhar a vida extraconjugal da psicóloga Jean Holloway (Noami Watts), onde além de enfrentar constantes problemas no casamento com Michael (Billy Crudup, que atualmente namora a atriz na vida real) e com a descoberta sexual do filho, acaba entrando na vida pessoal de seus pacientes, sem saber as consequências que ela poderá arcar.

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O principal problema desta série criada por Lisa Rubin é o simples fato de ela ter uma ideia que daria uma divertida trama, só que ela perde muito tempo apostando num romance gay da protagonista, que só é colocado em prática no quinto capitulo (onde já poderiam ter jogado no segundo). A atriz escalada para viver a parceira da mesma, é Sophie Cookson (que é a ex-namorada de um paciente de Jean), que não transmite emoção e vontade alguma de vermos ela junta da Naomi. Essa consegue ter uma boa atuação aqui, mas quando as duas ficam juntas em cena, somente em um episódio posso dizer que tive um pouco de interesse, por conta do suspense criado. E a serie fica basicamente nisso e no caso de Michael com a secretária dele, nada mais, como ela ta sendo vendida. Diversos pacientes possuem casos interessantes, eles são abordados de forma breve, e depois eles são jogados pra escanteio e voltam aleatoriamente a serem mostrados. 

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Tal bagunça pode ser notada logo ao apresentarem o nome dos diretores dos episódios, pois temos cinco nomes para os dez capítulos (onde dois deles são comandados por ninguém menos que Sam Taylor-Johnson, diretora de "Cinquenta Tons de Cinza"). Mais desastroso ainda é o desfecho criado para está série, pela qual extrapolam ao máximo o constante uso de um suspense forçado que simplesmente acaba sendo jogado fora no meio do último capitulo, só pra deixar uma mensagem reflexiva pro espectador.

"Gypsy" é um claro exemplo de que a Netflix precisa é mesmo de uma analista não como protagonista de suas séries, mas sim uma que analise qual tipo de investidas o serviço streaming pode fazer para não errar feio, e aumentar as dividas do mesmo. EVITE! 

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

OZARK - 1ª TEMPORADA

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Ao ouvir o nome de Jason Baterman, fãs de seriados logo relacionam o nome do ator a "Arrested Development", onde ele vivia o viúvo Michael Bluth, que acabou sendo o patriarca de uma enorme família, depois do Pai ter sido preso, devido a problemas com a justiça. O personagem rendeu ao ator um Globo de Ouro, e acabou imortalizando o estilo "homem dos negócios confuso" em diversas produções no cinema. Mas antes de voltar para uma nova temporada da mesma, pela própria Netflix, ele estrela e dirige para o serviço streaming o seriado "Ozark", que pega carona no sucesso de séries como "Narcos" e "A Rainha do Sul". 

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Divergindo completamente das citadas, aqui Baterman ainda absorve um pouco seu estilo Bluth ao encarar o contador Martin Byrde, que trabalha lavando dinheiro para um cartel de drogas mexicano. Só que um dia o chefão do mesmo, Del (Ezai Morales), acaba descobrindo que alguns de seus funcionários acabam lhe passando a perna. E quando ele começa a matar todos os colegas de Martin, o mesmo lhe propõe um trato em troca de sua vida: se mudar com a sua família para a cidade de Ozark, e realizar uma lavagem de dinheiro de 8 milhões de dólares. Del acaba aceitando, e ao chegarem na tal cidade, eles denotam que não será uma tarefa fácil, já que diversos imóveis e transações financeiras no local estão em péssimas condições

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O estilo de narrativa da trama é extremamente sagaz, onde em cada um dos dez episódios somos apresentados por arcos contínuos, que são demonstrados de forma breve já no logo da abertura (por exemplo, se o capitulo envolve uma pá, piscina, bebê e faca, veremos os mesmos formar o nome do seriado) e a novos personagens que se entrelaçam em algum momento distinto (alguns de forma inesperada). Sim, ploat twists são o ponto forte nesta série, e fazia um tempo em que não via uma série com tantos durante uma temporada. Mas o episódio piloto e o último são os que mais conseguiram surpreender por um simples motivo: o excelente arco de tensão envolto a trama. E quem dirigiu os mesmos? O próprio Baterman (que se investir na carreira, futuramente conseguirá trazer ótimas obras). Só que outros arcos assim também são apresentados durante a temporada, só que não tão bem impactantes (é ai que sentimos falta da direção do mesmo). 

Agora como ator ele ta bem no papel do protagonista, assim como sua química com a sempre ótima Laura Linney, que tem bons momentos, mas não chega a ter grande destaque na trama (apesar de ter três cenas, em que a atuação dela é ótima). Os dois atores que fazem papéis dos filhos (Sofia Hublitz e Skylar Gaertner), também são bons, sendo que a cada temporada vemos o quão ambos são obrigados a amadurecerem rapidamente, por causa da tamanha situação em que eles estão envolvidos. O elenco secundário também não decepciona, onde as subtramas envolvendo os atores Jason Butler Harner (Roy), Julia Gardner (Ruth) e Charlie Tahan (Wyatt), possuem excelente atuações e nunca conseguimos imaginar as atitudes que os mesmos irão tomar nos próximos arcos. Agora a presença do vilão Del, vivido por Morales realmente é o grande peso de todo o elenco. O cara realmente tem uma presença intimidadora, e logo que ele aparece, sabemos que "vai dar merda". 

Pra quem curtiu "Narcos" e "Arrested Devolopment" vale a pena tirar um tempo pra assistir esta série, onde até o momento vem sido consagrada como uma das melhores já lançadas neste ano. 

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet