Pra quem cresceu na década de 80/90, se lembra muito bem da série dos "Power Rangers" que passava exaustivamente nos quadros da extinta "TV Globinho". Como eu era desta época, cresci vendo esses personagens e tinha alguns bonecos deles inclusive. Houveram duas adaptações pras telonas na década de 90, que chegaram a fazer algum sucesso. Mas como toda série, ela acabou perdendo forças aos poucos e dando espaço pra outros ícones. Por sorte, a falta de criatividade de Hollywood resolveu atacar no ressurgimento desta franquia, apresentando uma nova safra dos personagens pra nova geração. Eis que o diretor Dean Israelite ("Projeto Almanaque") fez uma sacada genial, em apresentar os clássicos personagens no longa, baseando nos longas de John Hudges, como "Clube dos Cinco".
A história inicial é bem similar ao longa mencionado, onde temos o atleta (Dacre Montgomery, Ranger Vermelho), a líder de torcida (Naomi Scott, Ranger Rosa) que é excluída do grupo de amigas, o nerd excluído (RJ Cyler, Ranger Azul), o rebelde (Ludi Lin, Ranger Preto) e a garota esquisita e misteriosa (Becky G., Ranger Amarela), dentro de uma sala de detenção. Divergindo ao clássico, aqui acrescenta-se que estes acabam sofrendo um acidente e ganham poderes. Logo, eles acabam descobrindo que eles assumiram os mantos de uma raça de guerreiros batizada de "Power Rangers", e que precisam deter a ameaça da vingativa Rita Repulsa (Elisabeth Banks).
Levando em conta de que temos o caso de cinco protagonistas iniciantes, obviamente de que eles teriam dificuldades em diversos fatores, dentre eles a falta de expressão e emoção em arcos dramáticos (pelo amor, que sequencia de confissão foi aquela dentre Scott e Montgomery, sobre atitudes passadas dela). Cyler é serve como o tipico estereotipo negro em produções de hollywood (que honestamente já cansou faz tempo), Lin é o tipico ator que trabalha no automático e Becky G. consegue ser a Ranger que atuou melhorzinho (por causa de um momento chave, que muitos fãs já sabem). A vilã vivida por Banks (foto abaixo) fica falando tanto que deseja "ouro e o cristal", que chega a lembrar muito os desejos de Jair Bolsonaro com relação aos minerais Grafeno e o Nióbio, Quanto a Bryan Cranston (que estrelou no passado a série, no papel de Zordon, e repete o mesmo aqui), ele está realmente bem e entrou no ritmo que lhe foi proposto (apesar do papel dele não necessitar de muito).
Quanto aos outros fatores, que remetem e muito a série estão no visual nas cenas de luta mas fizeram a besteira de deixar a clássica música tema tocar apenas 10 segundos e deixar tops de sucesso no lugar (meu, é um filme do "Power Rangers", quero ver as lutas com a música "Go, Go, Power Rangers, ta ta ta nan nan").
"Power Rangers" tinha tudo pra ser uma ótima sessão de nostalgia, mas beira ao previsível e banal, e se tornando um mero e simples divertimento pipoca, onde sabemos que haverão mais e mais filmes, enquanto continuar fazendo sucesso mundo a fora. Espero que no segundo eles corrijam estes erros e façam um longa digno aos Rangers (como ocorreu com os novos "As Tartarugas Ninjas").
Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
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