8 de setembro deste ano será um dia especial para os Trekkers de todo o mundo: a franquia "Star Trek" comemora 50 anos da exibição de seu primeiro episódio na televisão. Tendo em vista o fato, a Paramount Brasileira jogou a estreia do longa para o dia 1 de setembro (enquanto a estreia estadunidense foi em 21 de julho! Total descaso com os fãs brasileiros). Para fazer jus ao aniversário da franquia que tem milhares de fãs pelo mundo, eles tinham a difícil obrigação de fazer um longa que ao menos se igualasse a qualidade dos longas de 2009 e 2013, e que tivesse uma homenagem digna a Leonard Nimoy (que interpretou o Spock original, e faleceu em 2015). Felizmente o resultado final foi melhor do que o esperado. "Star Trek: Sem Fronteiras" acabou sendo uma verdadeira aula de como homenagear as bodas de ouro de uma franquia de extrema importância na história do entretenimento (superando até mesmo "007 - Skyfall").
A trama tem inicio com no terceiro ano de uma missão de cinco anos da Enterprise pela galáxia. Porém durante o trajeto eles acabam se deparando com uma espécie que lhe realiza um pedido de socorro. Só que eles não imaginavam que se deparariam com Krall (Idris Elba, de "Circulo de Fogo"), que quer a todo custo um objeto que está na posse do Capitão Kirk (Chris Pine, de "Operação Sombra"). Consequentemente a invasão do mesmo acaba destruindo a Enterprise e os principais membros da frota vão parar em locais destintos, num planeta desconhecido. A partir dai o longa começa a acompanhar as aventuras das duplas Kirk e Chekov (Anton Elchin, que faleceu no último 19 de junho), Spock (Zachary Quinto, de "Hitman") e Bones (Karl Urban, de "Dreed"), Scott (Simon Pegg, da série "Missão Impossível") e Jaylah (Sofia Boutella, de "Kingsman") que é uma alienigena que teve toda a família morta por Krall, e Uhura (Zoe Saldana, de "Avatar) com Sulu (Jon Cho, da série "American Pie").
Mesmo com Chris Pine tendo uma ótima atuação e sendo o verdadeiro destaque do longa. de todos os citados no último paragrafo, quem realmente rouba a cena é o recém falecido Elchin. O entrosamento dele com Pine e os momentos entre os dois no longa, se tornam um dos pontos fortes, pois nesta vez o personagem Spock ta bem apagado (devido ao fato de ele ter tomado um fora da sua namorada, Uhura). Porém seu segundo arco consegue prestar uma homenagem digna a Nimoy. Quem também rouba a cena é a nova personagem vivida por Boutella (que foi inspirada na atriz Jennifer Lawrence), onde seus momentos com Pegg além de renderem algumas risadas é um dos enormes pesos do longa também. Este que também assinou o roteiro com Doug Jung, conseguiram captar a essência dos episódios primórdios da série na narrativa, onde a sensação de nostalgia ficou presente durante toda a projeção. A competente direção de Justin Lin (que dirigiu do terceiro ao sexto filme da franquia "Velozes e Furiosos") captou perfeitamente esse arco proposto pelo roteiro, onde as cenas de ação estão presentes em quase todo o momento, e os efeitos visuais delas estão realmente bem executados (não duvido que leve até um Oscar). A experiencia em Imax foi inigualável, porém o recurso 3D foi muito mal aproveitado. Claro houveram alguns momentos de profundidade (onde quem sofre de vertigem, recomendo evitar o formato), mas em contexto geral haviam muitas sequencias que poderiam ser aproveitadas ali.
Mas o grande destaque em questões técnicas fica para a maquiagem do longa (onde em um tempo onde tudo é feito por computador, técnicas assim merecem mais reconhecimento). Não só Boutella (na segunda foto, com Pine e Elchin) esta irreconhecível, como o próprio Elba também (vide foto acima). Só que mesmo sendo um forte vilão e fazendo uma enorme atuação, seu arco e ancoras para o caos ficaram um pouco confusos na conclusão da narrativa.
"Star Trek: Sem Fronteiras" é não só uma homenagem digna aos 50 anos da franquia, como também a memória de um dos principais símbolos da franquia: Leonard Nimoy. RECOMENDO!
Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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