quinta-feira, 12 de março de 2015

SUPERPAI


Já não é novidade que o canal do YouTube "Portas dos Fundos" é um sucesso. Apesar de terem alguns videos realmente engraçados e outros nem tanto, o grupo consegue divertir qualquer pessoa. O mesmo pode-se dizer do grupo do "CQC - Custe o Que Custar", exibido as segundas na Band. Agora algum gênio resolveu juntar os dois na nova comédia nacional "Superpai", e já deixarei  bem claro que essa não é nem um pouco "uma comédia para crianças". Logo na primeira cena vemos o filho do casal Diogo (Dalton Mello, de "O Concurso") e Mariana (Monica Iozzi, uma das "ex-CQC"), brincando de aviãozinho com o vibrador desta, e ao ver a situação ela coloca o mesmo na geladeira (comprovando assim o que eu acabei de falar). Após isto vemos diversas mancadas que Diogo realiza com o filho das mais doidas formas, ao mesmo tempo que seu casamento vai enfrentando uma enorme crise. Só que na grande noite do reencontro da turma do colegial deste, onde ele finalmente irá transar com uma antiga paixão do colégio, sua sogra sofre um acidente e faz Mariana ficar com ela a a noite toda no hospital, restando para Diogo cuidar da criança. Só que irresponsável como ele é, ele tenta de todas as formas um local para deixar a criança. Então ele encontra uma creche noturna extremamente "sinistra" a deixando lá e partindo pra farra. Só que ao dar o horário de busca-la, ele acaba pegando a criança errada! E chinesa ainda!


Então é dada a largada para inúmeras referencias a comédias estadunidenses de sucesso, como "Se Beber Não Case!" e "Quero Matar Meu Chefe". Mas ainda sim a comédia funciona como um descompromissado passatempo, pois a produção diverte em diversos momentos. Como nos diálogos da ninfomaníaca Julia (Dani Calabresa, outra "Ex-CQC") e César (Antonio Tabet, do canal "Porta dos Fundos") sobre sexo. Mas mancadas do "pai do ano" vivido por Mello (que ta melhor aqui, do que em "O Concurso") com o filho e o garoto chinês em alguns momentos, chegam a incomodar e causam a impressão de que ele é um "verdadeiro filha da puta", ao invés de um antagonista. A interação do Quarteto Fantástico com o garotinho chinês Jaspion (nome que eles o batizam, apesar de não entenderem nada o que ele fala), também é divertida.

A direção de Pedro Amorim (do ótimo "Mato Sem Cachorro"), consegue desviar um pouco dos padrões nacionais e partir mais para o estilo estadunidense, pois "Superpai" é completamente discreto nas propagandas de produtos (fato que se tornou chato em filmes nacionais), mas exagera na questão das piadas escatológicas jogadas em tela (me desculpem, mas eu acho elas divertidas até certo ponto), onde foram improvisadas brevemente pelos atores (algo bem difícil de se fazer em cinema). Ele ainda arrumou tempo para colocar em algumas sequencias os apresentadores Rafinha Bastos e Danilo Gentili (em pontas que poderiam ser melhor exploradas).


O roteiro acertou em jogar algumas criticas sobre o que acontece com a sociedade atual (principalmente a brasileira), como o fato de alguém ser preso mesmo ainda reagindo por bem ou em legitima defesa. Ou até mesmo as famosas "periguetes", que namoram "nerds tapados" por causa de seu dinheiro e não por amor (apesar da sequencia que mostra isso, soar como um filme do Adam Sandler). Só que ele acaba esquecendo de concluir de uma forma melhor a produção, pois ela termina com alguns pontos meio que em aberto ainda (só que ao meu ver, não para uma sequencia). "Superpai" acaba sendo uma comédia feita apenas para que gosta do humor de "Porta dos Fundos" e da trupe do "CQC". Se você não gosta de nenhum dos dois, evite o máximo que puder.

NOTA: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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