Já não é novidade pra ninguém que Julianne Moore ("Amor a Toda Prova"), é um dos maiores nomes do cinema. Ela já interpretou tantos caracteres distintos que se eu entrar em detalhes aqui, não vou sair tão cedo. Mas como toda boa atriz, obviamente que ela já teria um Oscar em sua prateleira. Só que ela foi receber somente na última edição do mesmo, depois de outras quatro indicações anteriores ("Boogie Nights", "Fim de Caso", "As Horas" e "Longe do Paraíso"), finalmente ela encontrou o filme que lhe renderia o verdadeiro reconhecimento: "Para Sempre Alice". Em relação a todas essas peliculas pelas quais ela foi indicada, digamos que essa foi a mais audaciosa. Afinal de contas, não é qualquer ator que consegue interpretar uma personagem com a doença de Alzheimer em progresso, da forma que ela fez. Sua personagem, Alice, é uma verdadeira mulher de família e uma renomada professora de linguística em uma universidade. Tem um ótimo relacionamento com o marido John (Alec Baldwin, de "Blue Jasmine") que se é atencioso e apaixonado por ela, e com os seus filhos Tom (Hunter Parrish, que já fez o filho de Baldwin em "Simplesmente Complicado"), Anna (Kate Bosworth, de "Superman O Retorno") e Lydia (Kristen Stewart, a Bella de "Crepúsculo").
O roteiro e a direção de Richard Glatzer (que faleceu no último 11 de março, em decorrência da mesma doença do físico Stephen Hawking), procurou focar na perspectiva de Alice de uma certa forma, que nós acabamos vivendo e entrando na consciência dela durante toda a projeção. O tempo todo vemos como se degenera uma pessoa que possui a doença, no caso desta, tivemos como base a gestação de sua filha Lydia (que é parecidíssima com Moore). Durante os nove meses vemos a velocidade pelo qual a doença vai evoluindo, e a cada momento fica mais claro ainda a qualidade que a atriz Julianne Moore possui em papeis no gênero. O que pode se dizer de Baldwin, que vive o seu marido na trama e que apresenta uma ótima química com esta. Agora o fato que mais me chamou atenção e qualquer pessoa com "bom senso" vai notar, é a ironia com a personagem da Kristen Stewart aqui. Sua personagem é uma adolescente que está encaminhando para a fase adulta e que tenta seguir o seu sonho em ser uma "ótima atriz" de teatro. A ironia está no fato de que o tempo todo ela fica com aqueles olhares e expressões pálidas o tempo todo no filme (apesar de sua personagem não exigir muito, ao menos em uma discussão na mesa de jantar, ela poderia ter tido os seus "5 minutos de fama").
"Para Sempre Alice" infelizmente foi um dos maiores erros do Oscar, pois ao meu ver ele deveria ter figurado em mais categorias, como Melhor Filme e Direção, pois afinal de contas, o diretor possuía uma doença degenerativa (e contou com a ajuda de seu marido e parceiro constante de direção Wash Westmoreland, para concluir o mesmo) e mesmo assim conseguiu realizar uma obra tão cativante e emocionante e principalmente: uma atuação memorável para Julianne Moore. RECOMENDO!
Venceu no Oscar: Melhor Atriz - Julianne Moore
NOTA: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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