terça-feira, 22 de julho de 2014

CRÍTICA - NEED FOR SPEED: O FILME


Adaptações dos jogos de vídeo-games nunca foram bem vindas pelos fãs. Normalmente, elas rendem histórias que fogem do contexto original. Produções como 'Resident Evil", são um mero exemplo, mas elas conseguem mesmo assim render milhões pelo mundo e acabou se tornando uma franquia também nos cinemas. Enquanto outras como "Max Payne", "Príncipe da Pérsia", não saem do primeiro filme, pois foram um enorme fracasso (apesar de serem boas produções). Pegando carona na "maldição", foi lançado no inicio deste ano, a adaptação dos jogos "Need For Speed". Primeiramente, gostaria de destacar, que eu cresci jogando os jogos da série e nunca vi uma história neles. Esse foi o grande desafio dos roteiristas George Gatins e John Gatins, que mesmo assim conseguiram deixar alguns vestígios dos jogos aqui. Um dos fatores que eram bastante notáveis nos jogos, era o fato dos carros poderem andar em algumas pistas na contra mão durante as corridas. Aqui isso permaneceu, e ocorre em grande parte da produção.


Quanto a história, ela parece que saiu de um filme da franquia "Velozes e Furiosos". O clichê começa com o mecânico Tobey Marshall (Aaron Paul, da série "Braking Bad"), e seus amigos "tunando" alguns carros e competindo em corridas ilegais de racha, que são transmitidas pela internet pelo magnata da modalidade, Monarch (Michael Keaton, de "Robocop"). Assim como em outras produções do gênero, Tobey tenta honrar o legado do Pai, sendo o melhor nesse ramo. Mas tudo muda, quando o Playboy e invencível corredor Dino Brewster (Dominic Cooper, de "Mamma Mia!"), o desafia para uma corrida que em caso de vitória, lhe dará seus carros mais potentes. No desfecho dessa, uma fatalidade acontece e Tobey vai parar na cadeia. Dois anos depois, ele sai e decide se inscrever na maior corrida ilegal dos Eua. Mas o principal detalhe é que ele terá de dirigir durante 45 horas, para poder chegar ao local. É então que vemos um show de cenas do gênero, que vão de carros sendo dirigidos com a maior habilidade de um tipico piloto, diversas cenas de acidentes e por ai vai.


No decorrer da narrativa notamos que a essência principal do jogo está ali, mas ela não foi bem utilizada. A produção chega a ser bem feita, o que chega a ser um mérito para o diretor estreante em Blockbusters, Scott Waugh. O seu trabalho nessas cenas chagam a reter a nossa atenção ao máximo, principalmente nas cenas de corridas pelas estradas dos Eua (a sequencia onde eles colocam gasolina com o carro em movimento, chega a ser realmente bem emocionante). Só que em certos momentos as atuações acabam beirando ao clichê. A atriz Imogen Poots ("Namoro ou Liberdade") faz par com o ator Paul durante quase toda película, mas em momento algum chegamos a torcer para os dois ficarem juntos de tão forçada que as situações são. Já Keaton, deve ter aceitado o papel por pura pena, já que ele está completamente apagado durante a produção. Outra que podia ter rendido bons momentos é a bela Dakota Johnson (que protagonizará a adaptação de "50 Tons de Cinza"), pois sua personagem além de ser a namorada do vilão, podia render mais ótimos momentos aqui.

Em seu ápice, notamos que "Need For Speed" serviu mais do que um verdadeiro "comercial de carros", do que uma adaptação para os cinemas, de um dos mais populares jogos de corrida. Se você não for fã de carros ou corridas, evite.

Nota: 3,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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