segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CRÍTICA - TRAPAÇA


David O. Russel já deixou claro, que desde "O Vencedor" ele consegue ser um dos poucos diretores, que consegue realizar um bom filme com um elenco com grandes nomes. Consequentemente, tanto "O Vencedor", "O Lado Bom da Vida" e agora "Trapaça", conseguiram 10 indicações ao Oscar, sendo que os dois primeiros rederam os de melhor ator coadjuvante para Christian Bale, melhor atriz coadjuvante para Melissa Leo e atriz para Jennifer Lawrence (que conseguiu ser a mais jovem atriz a ganhar um Oscar). Com "Trapaça" o feito tende a não ser diferente, já que a atriz Amy Adams ta conseguindo tudo que é premio, assim como Jennifer Lawrence. Mas esse pode ser de fato, o primeiro da carreira de Russel como melhor filme (já que o de diretor será para Afonso Cuaron, por "Gravidade"). A produção não só conquistou o Globo de Ouro de Melhor Filme Comédia/Musical, como também alguns outros principais termômetros para o Oscar. Como já dei a entender logo na postagem sobre os "possíveis indicados ao Oscar 2014", deixei claro que esse foi uma produção feita para "ganhar prêmios" apenas. E não é atoa que O Russel conseguiu por dois anos seguidos, conseguir indicações para o seu elenco em todas as categorias de atuação.

Baseado em fatos verídicos, "Trapaça" se passa no ano de 1978, e conta a história do golpista Irving Rosenfeld (Bale), que junto com a sua amante Sydney (Adams), aplicam diversos golpes. Como era de se esperar, eles são pegos pelo detetive do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper, de "O Lado Bom da Vida"), que lhes propõe em colaborar com uma investigação mandada pelo seu superior, Stoddard (Louis C.K., de "Blue Jasmine"), no qual tende a prender o Prefeito de New Jersey, Carmine Polito (Jeremy Renner, de "Os Vingadores"). Mas no longo da investigação, eles percebem que não será um apenas um simples trabalho, já que a esposa louca de Irving, Rosalyn (Lawrence) começa a dar palpites e intervir nos planos dos três.


A produção conta com um elenco de primeira, no qual grande parte das atuações se tornam marcantes e extremamente divertidas (a sequencia inicial com Irving se arrumando no espelho é hilária). A química entre o triangulo amoroso composto por Bale, Lawrence e Adams combina e é extremamente divertida em certos pontos, já que Lawrence dá mais um show de atuação como uma mulher "louca e mal amada", mesmo aparecendo pouco. Quanto a Adams, ela realmente acaba roubando a cena em diversos momentos, pois a sua atuação como a grande "biscate", consegue ser uma das melhores coisas da produção (sendo que o seu decote chega a ajudar diversas vezes). Já Cooper, finalmente vem comprovando amadurecimento em suas atuações e da mais um show, assim como deu nos recentes "O Lado Bom da Vida" e "O Lugar Onde Tudo Termina".


Quanto a Renner, ele também manda bem, mas aparece pouco. Mas quem rouba cena é o veterano Robert DeNiro, que faz uma rápida participação especial  (que não foi creditada) como o mafioso Victor Tellegio. Sendo que além de seu visual fazer uma referencia clara ao diretor Martin Scorsese, é a unica cena que realmente transpõe algum suspense na produção. Nestes arcos fica claro que O.Russel merece o Oscar não por esse filme, mas pela sua atitude e controle de grandes nomes em uma produção e lhes fazer tirar grandes atuações, sem nenhum exagero ou canastrão do gênero. Honestamente, "Trapaça" é um bom filme, que serve como uma crítica a sociedade americana, além de prestar diversas homenagens ao cinema de Martin Scorsese (há algumas referencias de peliculas deste como "Os Bons Companheiros" e "Cassino"). Mas não é digno de tantas indicações ao Oscar

Indicações de "Trapaça": Melhor Filme, Melhor Diretor, Atriz Coadjuvante (Jennifer Lawrence), Atriz (Amy Adams), Ator Coadjuvante (Bradley Cooper), Ator (Christian Bale), Roteiro Original, Figurino, Edição e Desenho de Produção.

Ganha: Filme, Atriz (Amy Adams), Edição.

NOTA: 7,0/10,0

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