Desde quando vi a premissa de "Brightburn - Filho das Trevas" em um vídeo no "Instagram", notei o quão ela parecia ser promissora por se tratar de um verdadeiro "Superman Reverso", e ter como envolvidos atrás das câmeras os irmãos Brian Gunn, Mark Gunn (como roteiristas) e o famoso James Gunn (o responsável por "Guardiões da Galáxia") como um dos produtores. Numa era onde o gênero de super-heróis é visto em exaustão nos cinemas, uma história dessas seria interessante de ser abordada.
Assim como a trajetória do herói citado, o filme mostra o casal Tori (Elizabeth Banks) e Kyle (David Denman), onde após falharem em tentar conceberem um filho, são surpreendidos pela chegada de uma nave misteriosa em sua fazenda. Nela havia um bebê, e eles logo o adotam. 12 anos depois, o mesmo acaba se revelando um ser poderoso que pretende destruir tudo o que pode.
A direção de David Yarovesky se mostra competente ao transpor aflições nas cenas pelas quais mostram as vitimas do garoto. Seja um close num caco de vidro sendo retirado do olho, ou uma mutilação sendo vista de uma forma que causa desconforto, graças ao enorme clima gore (violência grafica), isso acaba sendo assustador de se ver. Infelizmente o longa tem como qualidade apenas esse quesito, pois o roteiro consegue se perder depois da metade do filme. Com personagens que descordam de coisas que eles mesmos haviam idealizado, sendo mostrados através de arcos habituais em longas de horror, a película opta pelo "horror fácil", ao invés de procurar inovar, como estava fazendo nos primeiro minutos. Isso faz com que todo os trabalhos dos atores seja em vão, e a única coisa que nós espectadores acabamos torcendo é para que "eles morram logo", devido a tamanha a burrice que eles vão cometendo.
"Brightburn - Filho das Trevas" tinha tudo pra ser uma grata surpresa de horror em 2019, mas a preguiça na construção de um roteiro mais elaborado, acabou resultando em um "mais do mesmo".
Imagens: IMDB.
Nota: 4,0/10,0
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