sexta-feira, 19 de abril de 2019

A MALDIÇÃO DA CHORONA

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A franquia "Invocação do Mal" se mostrou como o ÚNICO universo compartilhado além do realizado pela Marvel, que conseguiu dar certo e fazer sentido no cinema. Os spin-offs tem como propósito mostrar algumas origens das assombrações que o casal Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga), enfrentaram nos longas principais da franquia. Mesmo com qualidades medianas, "Annabelle" (que em junho lançará sua terceira parte) e "A Freira" fizeram uma trama que consegue se encaixar muito bem dentro deste universo. E o mesmo pode-se dizer do recente "A Maldição da Chorona".

Linda Cardellini, Jaynee-Lynne Kinchen, and Roman Christou in The Curse of La Llorona (2019)

Tendo origem no México, a Chorona trata-se de uma lenda na qual uma mulher matou seus filhos em um ataque de raiva com a traição do marido, tendo se matado logo em seguida. Desde então ela reaparece na busca de duas crianças, para "tomar o lugar de seus filhos". A medida em que os anos passam, ela vai para os Eua, e acaba indo parar na vida da assistente social Anna (Linda Cardellini), onde ela tenta a todo custo impedir que aquela possua seus filhos.


A direção de Michael Chaves não inova, nem surpreende durante boa parte do longa, pois ele tenta se garantir nas sequencias de sustos que realmente não funcionam e são mais do mesmo (a musica de fundo que vai parando a medida que o scare jump vem vindo, ou algum personagem que tem a capacidade de fazer merda). Mas tem algumas sacadas boas, como a cena em que ele apresenta a família protagonista, onde a câmera vai acompanhando todos os membros desta sem cortes, e quando ele faz um enquadramento em Cardellini ao lado de sua televisão, enquanto sua filha (Jaynee-Lynne Kinchen) assiste ao desenho Scooby-Doo (pra quem não lembra, na versão live action de 2002, ela interpretou a Velma).

Falando nesta, devo dizer que tanto Kinchen, quanto o ator que interpreta seu irmão (Roman Christou), são muito mal escritos pelo roteiro, e junto com a péssima atuação de ambos, nós não conseguimos sequer criar empatia com a dupla, e a função acaba caindo apenas para Cardellini (que ta boa e consegue pegar interesse do público). Já o alivio cômico cai em mãos de um ex-padre e agora um "Van Helsing", interpretado por Raymond Cruz, funciona nem em todos os momentos, mas ainda consegue roubar a cena em alguns momentos. 

"A Maldição da Chorona" não é aquele terror que estamos esperando há tempos, mas consegue ser bom pela sua história em si, pois se for esperar pelo quesito de sustos... 

Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

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