domingo, 11 de novembro de 2018

MILLENNIUM: A GAROTA NA TEIA DE ARANHA

Millennium: A Garota na Teia de Aranha : Poster

A saga literária "Millennium" é bastante famosa, e há anos podemos dizer que figura dentre os livros mais vendidos do mundo. Criada pelo finado Sueco Stieg Larsson, a mesma possui três longas feitos pelo país de origem, e uma refilmagem estadunidense do primeiro longa, "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres", comandado por David Fincher, em 2011. Anos e anos se passaram e a Sony não havia conseguido realizar tal sequencia da saga nos Eua. Eis que devido a retomada da série literária, agora nas mãos do escritor David Lagercrantz, que lançou o quarto livro batizado de "A Garota na Teia da Aranha", o estúdio viu a oportunidade de dar um reboot para o universo "Millennium", começando com a adaptação do citado.

Sverrir Gudnason, Claire Foy, Lakeith Stanfield, and Cameron Britton in The Girl in the Spider's Web (2018)

No papel da hacker Lisbeth Salander, sai Rooney Mara (que foi indicada ao Oscar, pelo papel) e entra Claire Foy ("O Primeiro Homem"). Divergindo dos longas antecessores, esse procura focar na vida desta, ao invés de sua conturbada relação com o jornalista Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason). Voltando ao cenário habitual na Suécia, a trama tem inicio com Salander conhecida publicamente como uma justiceira das mulheres, que são vitimas de homens que as abusam sem perdão. Graças a suas enormes habilidades de hacker para fazer os trabalhos, ela é contratada por Frans Balder (Stephen Merchant), para conseguir recuperar um programa de computador, que ele havia feito para o governo dos Eua, onde daria acesso imediato a um imenso poder bélico. Eis que ao realizar a tarefa, ela percebe que o trabalho é muito mais pessoal do que ela imagina.

Sverrir Gudnason and Claire Foy in The Girl in the Spider's Web (2018)

O diretor Fede Alvarez não é nenhum David Fincher, porém ele possui sua marca no cinema do horror. Seja por conseguir criar arcos de extremo impacto, ou por saber trabalhar o suspense em cena. Aqui digamos que é o primeiro longa de ação em seu currículo, pois é exatamente como este longa é tratado, ao invés de um suspense como seus exemplares antecessores. Ele sabe guiar e muito bem as mencionadas, além de evitar usar o truque barato da câmera na mão nas cenas de luta. Você denota a preocupação que ele teve em sua abordagem.

No quesito das atuações, Foy se sai bem como a protagonista, porém não vou entrar em um comparativo, pois ela fez bem o estilo da Lisabeth que o roteiro propunha. Mas claramente ela não vai figurar dentre as indicadas ao Oscar, como sua antecessora.  Com o restante do elenco, digamos que Gudnason ta bem apagado nessa história, e sua participação sequer tinha um grande víeis, a não ser "esta lá, por estar". A vilã vivida por Sylvia Hoeks (que roubou a cena como a vilã de "Blade Runner 2049"), ta bem apagada, e não passa de mais uma personagem genérica na narrativa. Até o estreante no cinema, o jovem Christopher Convery (que faz o filho de Frans), consegue possuir uma performance mais plausível. 

"Millennium: A Garota Na Teia de Aranha" não resgata o estilo de seus antecessores, muito menos inova a ponto da saga entrar pra história do cinema. Em sua conclusão, fica apenas a sensação de que vimos um filme de ação e suspense comum, nada mais além disso. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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