domingo, 3 de setembro de 2017

JOÃO O MAESTRO

João, o Maestro : Poster

Por ventura, ouvi há umas semanas na rádio Bandeirantes, uma entrevista com o maestro João Carlos Martins, que é considerado o maior compositor da história do Brasil e se igualou a grandes nomes da música mundial como Ray Charles. Ao final da mesma, foi mencionado que seria lançado algumas semanas posteriores, um longa sobre sua vida. Com o pouco tempo hábil que tenho para ir aos cinemas nas últimas semanas, consegui uma brecha para conferir ao mesmo, que teve a direção de Mauro Lima ("Meu Nome Não é Johnny"). Por ventura, a adaptação conseguiu mostrar de forma digna o que o Maestro enfrentou desde pequeno, para alcançar o status que hoje lhe pertence. 

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A trama é dividida em quatro atos, onde acompanhamos ele na infância (Davi Campolongo), quando ele já demonstrava ser bem experto com relação ao entendimento e rapidez no aprendizado com as partituras, na adolescência (João Pedro Germano), pelo qual se apresentava como pianista principal em alguns espetáculos. No inicio da fase adulta (Rodrigo Pandolfo), em que começou a realizar importantes apresentações fora do Brasil, e na fase atual (Alexandre Nero), onde ele resolveu retornar aos holofotes depois de anos afastado. 

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Divergindo do estilo apresentado em "Bingo" (que era uma produção MUITO maior), aqui temos um embalçamento mais resumido do que João enfrentou em vida. Sim, seu amor pelo time da Portuguesa é apresentado (chegando a servir de alivio cômico), assim como todas as adversidades que ele passou, desde a embolia pulmonar, a paralisia nas mãos (abordada constantemente na narrativa) e o traumatismo que ele possui no cérebro (que lhe causou diversas sequelas na fala). Sim, o ponto forte do longa são as interpretações do Maestro, onde digamos que os seus quatro interpretes, estavam bem. Apesar de que quando o longa apresenta o arco guiado por Pandolfo o longa decai um pouco na narrativa, e meio que parece que ta rolando outro filme (principalmente quando são intercalados com as arcos envolvendo o lado mulherengo de João). Inclusive quando ele divide a cena com a péssima Fernanda Nobre (que vive a sua primeira esposa), que não possui expressão alguma. Só que quando somos apresentado ao mesmo já na fase adulta, no inicio dos anos 90, em que ele estava voltando ao ritmo, o longa começa a recuperar aquela simpatia que disponibilizava no inicio. 

"João O Maestro" é uma sinal para os desavisados de plantão que o Brasil possui excelentes histórias que podem ser contadas pelo nosso cinema, em uma época onde 'Youtubers" e "metidões de plantão" dominam as telas. Pra quem não conhecia tudo o que este musico viveu, e ouvir ele toca-lo posteriormente, fica o aviso que isso chega a emocionar muito mais do que qualquer "See You Again". 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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