sábado, 9 de setembro de 2017

ATÔMICA

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Digamos que até o momento a adaptação da Hq de Antony Johson e Sam Hart, rotulada de "Atômica" é o longa mais "corajoso" que vi este ano nos cinemas. O motivo é bem simples: pela primeira vez que temos um blockbuster de qualidade, onde a protagonista é uma mulher e lésbica (literalmente fugindo de quaisquer padrões apresentados pela industria, que ultimamente só vem jogando isso pro público nas formas mais genéricas possíveis). Sim, a escolha de Charlize Theron ("Mad Max: Estrada da Fúria") para o papel de Lorraine foi a melhor escolha, pois é impossível imaginar outra atriz tão "mother fucker" pra esse tipo de personagem.  

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O enredo tem inicio em meados de 1989, bem na época que envolve a queda do muro de Berlin. Bem perto do mesmo, um agente do M16 possuía uma lista que envolvia os mais preciosos segredos de agencias de segurança mundial. Só que ele acaba sendo assassinado, fazendo a mesma correr o risco de cair em mãos perigosas. É quando escalam a agente Lorraine, para resgatar a mesma, em uma missão a lá 007.

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Quaisquer semelhanças com o personagem John Wick (vivido pelo Keanu Reeves), são mera coincidências, pois o diretor David Leith, auxiliou na direção do primeiro filme deste. Logo, a personagem de Theron, além de possuir o mesmo preparador que o próprio Reeves, possui algumas características semelhantes, como a eximia pontaria e habilidade de meter a porrada em quaisquer pessoas que atravessem seu caminho. Só que diferenciando aquele, o enredo da trama acaba vindo em primeiro lugar, e a porrada entra em segundo. Quanto ao terceiro plano, ele é regado pelo romance desta com Delphine (Sofia Boutella, de "A Múmia"), que em contexto geral só ta no filme pra "quebrar o padrão" mencionado no primeiro paragrafo, pois fora isso a personagem de nada serve pra narrativa ou pra trama em si (ela basicamente revive a sua "Múmia", no meio da pancadaria). Outro personagem que é extremamente mal explorado, é o de James McAvoy, onde a própria narrativa acaba o deixando completamente previsível.

Voltando a direção de Leith, o cara sabe muito bem executar o trabalho de direção, porque ele nos prende em todas as sequencias de ação e pancadaria (que em comparação com seu longa antecessor, são muito menores). Por ventura, um recurso que ele soube muito bem explorar, é a trilha sonora, onde o repertório que inclui músicas de "David Bowie" e "The Queen" acompanham corretamente o andar da trama (lembrando e muito o recente "Em Ritmo de Fuga"). 

"Atômica" consegue ser um ótimo divertimento para os fãs de ação, e servir mais uma vez como um chamariz para o nome da atriz Charlize Theron nos longas do gênero. Se você gostou de todos os longas dela de ação, e principalmente dos dois John Wick, esse longa é uma obrigação para você! 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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