A franquia Alien é mais uma das que, diga-se de passagem, revolucionaram o cinema. Seja pelo fato de ser o pioneiro em trazer uma mulher como protagonista de um blockbuster, ou até mesmo mesclar os gêneros terror e ficção cientifica (onde no final dos anos 70, eram estilos pouco explorados). O diretor Ridley Scott não só conseguiu chamar atenção com o pioneiro da série, como também abriu portas para outras produções do gênero ficção como os ótimos "Blade Runner" e "Perdido em Marte". Não vou entrar no mérito de explicar mais sobre a saga, pois outros meios de comunicação já devem ter te deixado exausto sobre isso. A única coisa que irei falar, é que aqui temos realmente um filme sobre o universo Alien, ao contrário de "Prometheus", que eu particularmente vejo mais como uma espécie de Spin-Off, como "Star Wars - Rogue One".
A trama se passa algum tempo depois, onde a tripulação da nave Covenant, que tem como missão colonizar um planeta, acaba recebendo um sinal desconhecido de um planeta distante. Convencido de que possa haver vida humana no local, o Capitão Oram (Billy Crudup, de "Watchmen") decide descer no local com uma parte da tripulação para averiguar o local. Só que eles não imaginavam que encontrariam estranhas criaturas extraterrestres.
Diferente de seu antecessor, aqui o longa não poupa nem um pouco em apresentar sequencias de ação e suspense. E quando digo isto, me refiro a tamanha habilidade que Scott teve em retratar momentos como a sequencia de batalha dentre Daniels (Katherine Waterston) e o Alien, pois o jogo de câmera que acompanha os dois e a qualidade nos efeitos visuais e no som, sem duvidas se tornou o grande destaque do filme. Outro destaque vai pela sequencia inicial, onde temos a interação dentre o androide David (Michael Fassbender) e seu mentor Peter (Guy Pearce), que lembra muito o estilo de Kubrick em "2001 - Uma Odisseia no Espaço", com a ausência de trilha sonora e o enfoque no clima da situação.
Como na vida não é tudo as mil maravilhas, o roteiro erra e feio ao entupir ele de sequencias superficiais e banais, como por exemplo (não é spoiler): você vai pra um planeta desconhecido e sem proteção nenhuma, e logo já começa a interagir com as coisas que tem lá. Obviamente que isso é uma péssima ideia. Só que a nojeira consequente da maioria destas merdas que ocorrem por lá, e Scott não poupa nem um pouco o espectador.
"Alien Covenant" é mais uma parte da nova trilogia Alien nos cinemas, pela qual poderia ter sido bem mais trabalhada em seus arcos, mas se acomoda no previsível e genérico, decorrente do estilo cinematográfico que a franquia ajudou a fincar. Alguns fãs poderão odiar, já outros poderão curtir.
Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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