sábado, 25 de fevereiro de 2017

A LEI DA NOITE

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Ben Affleck é um nome renomado no cinema. Venceu seu primeiro Oscar em 1997, pelo roteiro original de "O Gênio Indomável", que dividiu com o amigo de longa data, Matt Damon, e o segundo em 2013, por melhor filme em "Argo", onde ele não só produziu como também dirigiu, roteirizou e estrelou o longa (algo que ele já tinha feito com sucesso em "Medo da Verdade" e "Atração Perigosa"). Porém já se passaram quatro anos, desde que Affleck conquistou seu último grande premio e desde então ele só estrelou diversos filmes como "O Contador" e como Batman da DC. Em outras palavras, ele acabou entrando na que todos conhecemos como "Zona de Conforto", pois ele já esta segurado do poder de seu nome e não precisa de muitos esforços pra conquistar alguns milhões pros bolsos dele e da Warner (que vem financiando todos os seus filmes nos últimos anos). É ai que está, porque seu novo longa "A Lei da Noite", é basicamente o reflexo desta situação.

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Baseado no livro de Dennis Lehane ("Sobre Meninos e Lobos"), a trama é sobre Joe Coughlin (Affleck), filho mais novo do chefe de policia de Boston (Brendan Gleeson, de "No Limite do Amanhã"), que se envolve com o crime organizado. Porém logo após se meter em uma confusão com a namorada de um dos seus chefes (Sienna Miller, de "Sniper Americano"), Joe acaba sendo preso. Ao sair e com sede de vingança, ele passa a tentar criar um novo império, e tentar eliminar seu ex-chefe (Robert Glenister) o mais rápido possível.  

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A direção de Affleck remete e muito ao estilo que Scorsese teve em "Os Bons Companheiros", porém ele esqueceu do principal: seu protagonista, não tem o carisma de Henry Hill (protagonista vivido por Ray Liotta) para que o público se interesse por sua trajetória no meio do universo da Mafia. Faltou vida pro seu Joe Coughlin, pois já somos jogados diretamente pro enredo e tudo ocorre muito rápido, até a ação central da fita, não dando nem tempo pra uma introdução convincente pra realmente torcermos por ele (se ele colocasse uns cinco minutos no inicio, com isso, seria bem bacana).

Quanto a questão do restante do elenco, ele apostou demais em colocar subtramas envolvendo as mulheres com quem ele se relaciona (Sienna Miller ("Pegando Fogo") e Zoe Saldana ("Star Trek: Sem Fronteiras"), mas elas só tornam mais um enorme contra peso pro filme. A única atriz que realmente chega a roubar a cena em dois momentos, é a jovem Elle Fanning ("O Demônio de Neon"). Sua personagem é uma das mais interessantes da fita, e remete e muito a situações que vemos no nosso cotidiano. Quanto aos outros citados no poster, estão bem, mas aparecem bem pouco na trama.

Quanto ao roteiro, devo dizer que é um dos pontos fortes do longa, pois ele não só deixa os arcos envolvendo o período que os Eua eram dominados pela lei seca, o grupo do "Klus-Klus-Klan" e a forte questão do racismo. Affleck foi realmente competente ao apresentar estes arcos, evitando o recurso "noticiário" que já havia mostrado nos seus longas antecessores. 

"A Lei da Noite" é o mais fraco filme realizado por Ben Affleck em anos, e em seu desfecho vemos o quão genérico é a película, que aos poucos já vamos esquecendo dela e não conseguimos lembrar de alguma momento marcante dois dias depois de te-la assistido. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

Um comentário:

Azul Hernandez disse...

Sinceramente os filmes de drama não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que A lei da Noite. Adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

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