Há quase um mês estava abordando aqui no blog, que "Animais Fantásticos" foi uma verdadeira aula de como se realizar um spin-off de uma franquia renomada. Hoje acabamos tendo mais um exemplo bem sucedido deste tipo de películas, pois "Rogue One: Uma História Star Wars" é sem duvidas um sinal que a Disney está indo pelo caminho certo com a saga de George Lucas. Aqui não ha menções aos fatos do episódio 7, muito menos aos outros personagens dos outros longas (tirando Darth Vader). Todos são completamente novos neste universo.
O longa se passa entre os eventos do "Episódio III: A Vingança dos Sith" e "Episódio IV: O Império Contra Ataca", onde mostra a garota Jyn sendo separada dos pais, logo depois que sua mãe foi morta e seu Pai (Mads Mikkelsen) intimado para trabalhar na construção da estrela da morte. Ela acabou então ficando aos cuidados de Saw (Forest Whitaker), onde depois que completou 16 anos (agora vivida por Felicity Jones, de "Inferno"), ela acabou tocando a vida por conta própria. Um tempo depois ela acabou presa, porém ela foi resgatada pela Aliança Rebelde, que lhe pede ajuda para acessar a uma mensagem do seu Pai a Gerrera. Ao acessa-la ela descobre que se trata de um enorme plano para destruir a estrela da morte, o que a faz se juntar com alguns membros da aliança rebelde para executar esta missão.
Felicity Jones é uma atriz carismática, e ela já deixou isso claro em seus últimos trabalhos. Só que aqui ela não tem muitas falas. e trabalha muito mais suas expressões do que seus diálogos (fazendo-a ser uma personagem bem menos interessante que a Rey). A química dela com Diego Luna é realmente boa, mas não é o forte do longa, o que consequentemente os farão não serem lembrados nos próximos anos como protagonistas de um dos filmes de "Star Wars". Por sorte o roteiro da dupla Chris Weiz ("Um Grande Garoto") e Tony Giroy ("A Identidade Bourne"), fez questão de trabalhar muito mais nos personagens coadjuvantes. O que fez levar os personagens Chirrut (Donnie Yen da trilogia "Ip-Man", que tem divertidas sequencias de lutas aqui), e o androide K-2SO (Alan Tudyk), roubarem a cena em algum dos momentos. Só que quem acaba realizando o feito de forma mais gloriosa (mesmo aparecendo pouco) é o próprio vilão Darth Vader (ainda dublado por James Earl Jones), que arrancará suspiros dos fãs da série
Outro acerto da dupla foi na mesma questão que J.K. Rowling em "Animais Fantásticos", onde eles não perderam tempo explicando as expressões e o universo de "Star Wars" no longa. Você precisa conhecer o mesmo pra poder pegar as sacadas e referencias no decorrer do mesmo (então se você não sabe o que é um Jedi, trate de pesquisar sobre antes de ver esse longa), caso contrário você não vai entender absolutamente nada.
Mas a grande e verdadeira estrela do filme, foi sem duvidas o diretor Gareth Edwards. Ele não só conseguiu captar a essência que "Império Contra Ataca" tinha, como ele também teve o cuido enorme de retratar toda a sua narrativa como se fosse mesmo um longa daquela época ainda (só que com efeitos visuais melhores, obviamente). A única coisa que ele acabou pecando, foi pro excesso de tempo nas sequencias de lutas espaciais, que acabam sendo enjoativos as vezes. Quanto ao recurso 3D durante todo o longa, não vi a necessidade e a película pode ser conferido com a mesma qualidade em 2D
"Rogue One: Uma História Star Wars" é mais um ótimo exemplo de como se realizar um Spin-off de qualidade, e que ao mesmo tempo faça até no último segundo os fãs da série ovacionarem o longa em seu último segundo (isso mesmo, na sessão onde estive a galera bateu palmas!). Se achei o melhor da série? Não, pois preferi muito mais o Episódio VII. Mas que venham mais longas de "Star Wars", pois ta pouco! RECOMENDO!
Obs: o longa não tem cena pós créditos.
Nota: 9,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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