No inicio de 2013 foi lançado "Jack Reacher: O Último Tiro" nos cinemas. Não me recordo de te-lo conferido nos cinemas, pois não estava no Brasil na época (mas me recordo de ele ter estreado no exterior na mesma época também, e nem sei se fez sucesso por aqui). Assisti um tempo depois e honestamente achei um dos filmes mais fracos da carreira do Tom Cruise. O personagem poderia ser até interessante, o livro de Lee Child (pelo qual foi inspirado) pode até ser bom, mas o enredo em si foi mais um mero longa policial, onde Reacher foi retratado como uma mistura de James Bond e Jason Bourne. Não sabíamos muito de sua origem ou o porque de seu personagem ser daquele jeito. Ele tava ali, fazia o que era proposto e pronto acabou o filme. Porém em meados do ano passado (depois da televisão a cabo exibir o citado exaustivamente em quase todos os canais), foi anunciado que o longa teria uma sequencia nas telonas. Enquanto o primeiro foi baseado no nono livro da série (que só teve cinco deles lançados no Brasil), este foi baseado no último (não lembro qual o número, mas foi lançado justamente em 2013).
Depois de quase perder este nas telonas também, agora consegui um tempo para conferi-lo e devo dizer com toda honestidade do mundo, que até gostei da narrativa abordada. Ela mostra logo de inicio, Jack (Cruise) conseguindo capturar o chefe de uma quadrilha de policiais corruptos, o que chama a atenção da Major Turner (Cobie Smulders, a Robin de "How I Met Your Mother"), onde logo os dois acabam criando um vinculo via constantes ligações entre os dois. Porém quando Reacher vai visita-la de surpresa em Detroid, na sua antiga unidade militar (onde era também era Major), acaba sendo surpreendido com a noticia que ela foi presa acusada de espionagem, ao mesmo tempo que ele descobre que pode ser pai de uma adolescente de 15 anos (Danika Yarosh). Agora ele decide não só tentar provar a inocência da amiga, como também descobrir se realmente é Pai.
Cruise aqui consegue realizar uma verdadeira mescla de perfis, pois em alguns momentos ele pega um pouco de Jason Bourne, outros de Sylvester Stallone e outros de James Bound. Porém esta mescla funciona de acordo com a narrativa. Já sua química com Smulders poderia ter sido melhor, se a atriz não estivesse tanto no automático como ela estava aqui (ela esteve melhor até nos episódios mais fracos naquele seriado citado), e ela acaba sendo compeçada pela jovem Yarosh (que acaba roubando a cena, por se portar exatamente como Cruise durante diversos arcos).
Só que o principal erro do roteiro de Marshall Herskovitz, Richard Wenk e Edward Zwick (que também assina a direção), é rechear o a trama com diversas passagens clichês envoltos a intensas sequencias de ação (quem tem o minimo bom senso de cinema, já matou todo o arco dele com a filha, sem mesmo ver o filme). Ta certo que as mesmas foram bem realizadas e tudo, porém daria muito bem pra meterem alguns ploat-twists legais ali, só que preferiam deixar tudo muito superficial.
"Jack Reacher: Sem Retorno" é mais uma sequencia que provavelmente acabará engavetando a franquia nos cinemas, pois não só se tornou mais um mero filme de ação, como também não está rendendo mundialmente o que Cruise e a Paramount esperavam. Uma pena, pois é bacana ver o ator envolvido em mais de uma franquia que não fosse "Missão Impossível".
Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário