sábado, 25 de junho de 2016

ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO


Lançado há cerca de seis anos, "Alice no País das Maravilhas" revolucionou termo "contar contos de fadas no cinema". Com uma direção impecável de Tim Burton, grandes atuações de Johnny Depp e cia, o longa se tornou uma das maiores bilheterias de todos os tempos. Só era uma questão de tempo para a Disney lançar uma continuação. Só que literalmente eles colocaram esse tempo como o verdadeiro vilão do longa, pois é uma das poucas coisas realmente boas que o filme tem. Sabe aquelas produções que capricham no visual, no 3D, e colocam uma porrada de nomes conhecidos pra esconder os erros cometidos e um roteiro batido? É exatamente o que acontece com "Alice Através do Espelho". Então eles pegaram o livro de Lewis Caroll, de mesmo nome, e fizeram algumas bruscas modificações para o enredo ter uma extrema ligação com o primeiro.


O longa começa com Alice (Mia Wasikowska) sendo capitã da embarcação Maravilha. Só que por causa de uns deslizes de sua família, e súditos da realeza, eles a querem tirar do posto e tomar seu lugar (como naquela época não era aceitável mulheres estarem neste tipo de cargo). Então ela sai que nem uma maluca correndo pelo castelo e se depara com um espelho meio zuado e percebe que pode entrar dentro dele. Obviamente, ela aproveita a deixa e ingressa pra dentro dele e denota que ela voltou para o país das maravilhas. Porém a situação no local não esta boa, pois o Chapeleiro (Johnny Depp) está enfrentando uma enorme depressão devido uma antiga descoberta de sua falecida família. Então Alice acaba sendo convencida pela Rainha Branca (Anne Hathaway) a viajar até o local onde fica localizado o controle do tempo, onde ela literalmente enfrenta o "dono do tempo" (Sacha Baron Cohen, o eterno Borat"), pra pegar um bagulho que a faz viajar pelo mesmo, e assim conseguir reverter a depressão do Chapeleiro. 


Só que o decorrer dessa narrativa é tão banal e tão obvio que chega a um certo ponto que notamos que alguns coadjuvantes como Depp e Hathaway estão extremamente entediados por estarem ali. Principalmente a segunda, onde criaram um arco bizarro pra ela e Helena Bohan Carter conseguirem mostrar seus dotes dramáticos em cena, Enquanto os protagonistas vividos por Wasikowska e pelo Borat são os verdadeiros destaques nesta confusão total. Obviamente que a Disney quis infantilizar ao máximo esta sequencia, porém ela se esqueceu o quanto banal ela poderia ficar. Nem chamando James Bobin (que fez os "Muppets" renascerem no cinema e na Tv) conseguiu dar jeito nessa confusão toda. Claro se você levar uma criança com menos de 12 anos pra ver o longa, ela vai amar e vai gostar das lições de moral que o longa mostra em seu desfecho (como todo longa infantil da Disney). Agora se você adorou o primeiro e curte Johnny Depp e o universo de Tim Burton, com certeza não vai se simpatizar com o longa. O que foi o meu caso. Uma pena que este seja o último trabalho do grandioso, Alan Rickman (que faleceu no inicio deste ano), o eterno Severo Snape.

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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