Pegando o embalo do grandioso mestre da ação Liam Neeson (que decolou inesperadamente com "Busca Implacável"), Sean Penn arriscou a mesma empreitada em "O Franco Atirador". Acostumado a trabalhar em dramas ou produções mais sérias, ele resolveu partir para a sua primeira fita de ação (depois de quase 30 anos de carreira), onde ele foi um dos roteiristas (junto com Don MacPherson e Pete Travis, adaptando o livro de Jean-Patrick Manchette (mais um que aqui no Brasil ninguém leu e nunca viu em nenhuma estante)) e produtores. Só que o Tio Penn esqueceu que para ser tão fodão quanto o Tio Neeson, ele deveria primeiro buscar uma desculpa melhor do que o clássico "acerto de contas". Não to desmerecendo a produção, que eu até achei legal, mas sim que poderia ter uma coisa mais bem diferenciada um pouco (se o Tio Liam conseguiu mudar, porque o Titio Sean não conseguiria?). Aqui Penn vive o atirador Martin, que trabalha de segurança em uma mineradora como fachada,na África, onde conheceu o amor de sua vida Annie (Jasmine Trinca). Só que ela não sabia desta sua verdadeira profissão, que também contou com o apoio de outros funcionários da mesma como Felix (Javier Bardem) e Cox (Mark Rylance). Lá ele acaba executando a missão de matar o Presidente da Mineradora, e ao realiza-la acaba se isolando do mundo durante seis anos. Só que ao passar desses anos, ele acaba descobrindo que ambos o tentaram lhe matar e como em todo bom filme de ação o Tio sai em busca de vingança um por um pra mostrar quem manda!
Claro, como todo filme de ação do gênero o protagonista é o fodão. Ele faz tudo aqui, desde montar uma bomba improvisadamente com os objetos que tem, até mesmo render três militares armados sem uma arma em punho! Mas isso que é legal nesses filmes, pois mostra que o cara não precisa ter uma roupa de "super-herói" pra mostrar que pode realizar essas coisas. Mas Sean Penn conseguiu arrasar no papel aqui, só que infelizmente ele não é tão bom quanto Liam Neeson em seu "Busca Implacável". O roteiro extremamente clichê e previsível não consegue fazer o ator exercer essa melhoria. Pra se ter uma noção, o mesmo acabou desperdiçando completamente o ator Idris Elba ("Thor") que só teve duas breves cenas, durante as duas horas de projeção. Quanto a Bardem, digamos que ele denotou que fez sucesso com seu vilão em "Skyfall" e resolveu arquitetar aqui seu caractere da mesma forma (tanto que o sarcasmo daquele está presente aqui). O mesmo pode-se dizer de Ray Winstone ("O Fim da Escuridão"), que novamente faz o "parceiro" do protagonista e que ta la no filme mais pra aparecer pra dar uma "luz" ao protagonista.
"O Franco Atirador" não é nenhum "Busca Implacável", mas consegue entreter os menos exigentes fãs do cinema de ação dos anos 80/90. Pra uma tarde de domingo ou aquele momento no qual estamos sem muitas outras opções para assistir, a produção é uma boa pedida.
Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
Um comentário:
Excelente análize! Ninguém se compara ao mestre Chuck Norrris.
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