domingo, 24 de maio de 2015

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA


Quem viveu ou nasceu na década de 70/80, vai se lembrar do sucesso que foi a produção "Mad Max". Além de revelar o astro Mel Gibson, o mesmo conseguiu ser a maior bilheteira de um filme Australiano nos EUA e mundialmente (rendeu mais de 100 milhões de dólares para uma produção independente). Mas o fato que marcou o mesmo foi o diretor George Miller ter optado por fazer uma produção de ação, extremamente realista, ou seja, sem uso de efeitos visuais por computador. Ganhou mais duas sequencias no decorrer dos anos 80, sendo que somente a terceira virou um "blockbuster estadunidense" (depois que a Warner comprou os direitos da franquia). Depois de quase 30 anos, durante uma leva em Hollywood de "renascer" franquias do passado, onde por sorte muitas tem dado certo em questão de qualidade como "Pânico 4" e "Debi e Lóide 2", Miller resolveu voltar com seu universo Apocalíptico e lança agora "Mad Max: Estrada da Fúria". Desde o principio, vemos que essa é uma tipica produção realizada para mostrar aos "Michael Bays da vida" como se faz um verdadeiro blockbuster de ação. A começar pelo fato de toda a produção e elenco serem mandados literalmente para um deserto durante sete meses para gravarem a película (isso mesmo que você leu, todo mundo foi mandando pro meio do nada pra gravar um filme, enquanto um diretor "normal" faria as sequencias na conhecida tela verde em um estúdio com ar concionado e outras luxurias). A protagonista feminina é interpretada por Charlize Theron, que teve de raspar a cabeça para viver o papel. Assim como ela, e o protagonista que agora é interpretado por Tom Hard (o Bane, de "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge), e os outros personagens do elenco principal se mostram como "heróis destrutíveis", ou seja, eles machucam, tomam tiro, facada, porrada em tempos onde os protagonistas de produções do gênero não tomam nem um arranhão ("Busca Implacável" e "007" tão ai pra comprovar). 


A trama é basicamente "confusa" em certos momentos, pois ela já começa com o protagonista Mad Max (Hard), sendo capturado por uma tribos de homens que são definidos como apenas "descartáveis" (por terem curto tempo de vida). Logo somos apresentados a "verdadeira" protagonista da trama que é a Imperatriz Furiosa (Theron), que escapa com algumas mulheres do soberano Imortal Joe (Hugh Keays-Byrne, o único no elenco que participou do primeiro "Mad Max"), que as mantem prezas para abusa-las sexualmente e criar os seus "filhos". Só que no meio do caminho, Furiosa acaba encontrando com Max e ambos acabam fazendo que uma "parceria", pois ela denota que não só sua capacidade será capaz contra o exército de Joe, que começa a persegui-la por todo o deserto.

No decorrer da produção denotamos que o roteiro de Miller serve como uma verdadeira enfatização ao feminismo, pois além do fato da personagem de Theron ter muito mais atitudes em cena do que o próprio Mad Max, a trama favorece o fato de que quando unidas, as mulheres são tão uteis quanto homens e que quando o assunto é guerra, elas conseguem ser tão ágeis quanto estes. 


Como uma enorme indireta ao diretor Michael Bay (da série "Transformers"), foi convidada a musa da terceira parte de sua saga de robôs, Rosie Huntington-Whiteley. Aqui mais uma vez ela está no automático e quando aparece em cena, a fotografia insiste em aborda-la como ela foi mostrada nos filmes de Bay. Só que ao contrário deste, Miller não usou e abusou do CGI para suas sequencias de ação e botou todo mundo pra viver o realismo das tensões do filme. Os efeitos 3D são outro fator que o diretor soube lidar, pois denotamos as diversas cenas de profundidade e de "interação" com espectador (não vou mencionar a sequencia, para não estragar a surpresa).

"Mad Max: Estrada da Fúria" não é nenhum "Transformers", muito menos algum filme da Marvel. Mas pra quem viveu na década de 80 e 90 e opta por sequencias de ação de extrema qualidade, ao invés de típicos blockbusters "artificiais", eu recomendo "Mad Max: Estrada da Fúria".

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 8,0/10,0

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