quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CRÍTICA - A INVOCAÇÃO DO MAL


Não me lembro ao certo do último filme de terror que conferi nas telonas. Pelo que me lembre, deve ter sido "Arrate-me Para O Inferno" (um dos melhores que já vi) ou "O Último Exorcismo" (um dos piores). Desde então, dei uma pausa de conferir o gênero nas telonas, pois normalmente o público que vai conferir esse tipo de filme, normalmente transforma a sala em uma verdadeira feira, com direito a conversas em voz alta, luzes fortes do celular, gritos e risos (esse último as vezes chega a ser desconcentrante, mas é aceitável). Então, devido a insistência de alguns amigos e leitores do blog, quebrei esse paradigma e fui conferir o novo filme do diretor James Wong (de "Jogos Mortais" e "Sobrenatural"), "A Invocação do Mal". Infelizmente, peguei uma sessão dublada (o que já previ que seria um pouco prejudicial para a apreciação da película), justamente em um dia de desconto do cinema (bom, agora piorou). Mas quando o filme começou, vi que estava enganado: o filme consegue ser um dos melhores e mais divertidos do ano. A narrativa do mesmo transpõe uma homenagem aos clássicos do cinema de horror como "O Exorcista", "Carrie - A Estranha" e "Os Pássaros".


"A Invocação do Mal" trata-se da história verídica do casal Warren (vividos pelos ótimos aqui Vera Farmiga, de "Os Infiltrados" e Patrick Wilson de "Sobrenatural", foto acima), que investigam diversos casos paranormais que acontecem, e posteriormente fazem palestras em várias universidades de lá, onde abordam as resoluções dos mesmos. Mas o filme foca apenas no caso mais paranormal e difícil da carreira deles, que foi da família Perron, cuja casa foi adquirida no leilão do banco, mas ela fica justamente no meio do nada! (clichês do gênero a parte...). Lá acontecimentos paranormais começam a acontecer com a família, principalmente com a mãe da mesma (Lili Taylor, de "Inimigos Públicos"), que acabou sendo possuída por uma forma maligna indescritível. De todo o pessoal do elenco, que mandou bem no quesito de atuação foi Taylor, pois a atriz conseguiu se demonstrar uma mãe carinhosa ao mesmo tempo que uma mulher possuída. Já Wilson e Farmiga apresentam uma química tão boa que parecem que são um casal fora das telas.


Em grande parte de "A Invocação do Mal", 90% da sala gritava com os sustos e com os famosos "baques" em algumas sequencias. Mas isso tudo aconteceu graças ao ótimo trabalho de Wan, que realizou um jogo de câmeras fabuloso, que nos coloca no ponto de visão de vários cantos da casa, sem deixar de acompanhar o movimento dos atores durante as cenas de suspense. Sendo assim, nós acabamos sendo os olhos e ouvidos dos mesmos, já que a trilha sonora opta por possuir musicas clássicas de outras produções de terror. Tudo fica mais realista a partir do momento que a fotografia da produção vai mudando a tonalidade conforme está o clima mostrado em cena, como por exemplo, se está muito tenso, ela fica pálida, agora se está tranquilo, ela fica completamente normal. Ao final das contas, "A Invocação do Mal", fez o que "Arraste-me Para O Inferno" fez em 2009: uma divertida homenagem ao horror no cinema. RECOMENDO!

NOTA:  9,5/10,0

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