segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CRÍTICA - O ATAQUE


Já não é novidade que o ator Channing Tatum é um dos atuais nomes mais rentáveis de Hollywood. Na mesma faixa está o excelente ator Jamie Foxx, que não só recebe também um dos melhores salários, mas consegue realizar ótimas atuações nos mais diversificados filmes que participa (vide "Django Livre" e "Quero Matar Meu Chefe"). Mas diferentemente deles, o diretor alemão Roland Emmerich consegue ser um dos piores e mais loucos diretores desta geração. Quem viu o seu tri-ultimo filme, "2012" sabe o que estou dizendo, pois foi considerado por muitos como um dos piores filmes de 2009. Pra quem não sabe, Emmerich se tornou mundialmente conhecido por ser o diretor do clássico filme da extinta "Sessão de Sábado", "Independence Day" (filme que colocou Will Smith no topo, e que lançará sua sequencia em 2015), e pelos outros filmes que são exibidos em exaustão pela rede globo como o remake de "Godzilla", "O Patriota", "O Dia Depois de Amanhã" e "10.000 A.C.". Mas um fator muito semelhante em alguma de suas produções é que o ele deve ter algum sério problema com os Eua, pois nas produções citadas, em três ele literalmente explode a casa branca de diferentes formas, seja com uma nave alienígena ou com um enorme tsunami (isso foi tanto em "O Dia Depois de Amanhã" e em "2012"). Mas me recordo que em uma entrevista que realizaram com o diretor a um tempo atrás, ele havia dito que adora trabalhar com atores que nunca trabalharam com o gênero de ação com uma enxurrada de efeitos visuais antes, pois ele gosta de ensina-los como se deve atuar em determinados momentos do mesmo.



Enfim, depois de quatro anos sumido das telas (pois seu penúltimo filme, "Anonimo" foi lançado diretamente em dvd por aqui), Emmerich resolve quebrar um pouco do seu protocolo e contratou Tatum e Foxx, que já estão meio que "acostumados" com o gênero de ação, e coloca-los como protagonistas. Em "O Ataque", Tatum vive o segurança Cale, que trabalha para o congressista Raphelson (Richard Jenkins, de "Comer, Rezar e Amar"), mas que na verdade sonha em um dia ser o segurança oficial do presidente Sawyer (Foxx). Mas quando ele vai até a Casa Branca para uma entrevista ao cargo, junto com a sua filha que é uma patriota fanática (Joey King, de "Amor a Toda Prova"), ele acaba sendo esnobado pela chefe de segurança Carol Finney (Maggie Gyllenhaal, de "Batman - O Cavaleiro das Trevas") e não consegue o emprego. Então, ele decide levar a filha para uma visita interna pelo local. Mas ele não calculava, assim como todos, que ali estava prestes a ser alvo de uma invasão de um grupo de mercenários desqualificados, liderados por Stenz (Jason Clark, de "O Grande Gatsby"). Mas um pouco antes deles decretarem a invasão, a filha de Cale vai ao banheiro e assim ambos acabam se separando e o faz realizar uma "busca implacável  por ela por toda Casa Branca. Mas o legal é que Cale contará com a ajuda de ninguém menos que o próprio Presidente nesta busca (que em certo ponto da produção, chega a demonstrar que não precisa de nenhum segurança, pois consegue se safar em algumas oportunidades).


No final das contas, a produção não deve ser levada a sério em momento algum, pois trata-se de um visual satírico e uma enorme homenagem aos filmes deste estilo que fizeram muito sucesso na década de 80, e que eram estralados por Chuck Norris, Van-Damme e cia. Só para se ter uma noção, os efeitos visuais são de segunda e a fotografia é pálida em ritmo acelerado (bastante semelhante com o ótimo "Drive"). Já o protagonista de "O Ataque", Channing Tatum consegue ser o "Mother Fucker" da produção e consegue deter todo mundo sem se abalar em momento algum, mas em comparação com Gerard Butler em "Invasão a Casa Branca" (outro filme com o mesmo enredo lançado no começo do ano), este ganha sem duvidas. Mas a química de Tatum e Foxx consegue ser muito melhor do que a Butler e Eckhart, sem hipótese de duvidas. Já o vilão vivido por Clark consegue exercer com perfeição o estilo do clássico vilão, cuja personalidade é regada de classe e um enorme humor negro.


Como muitos outros vínculos de comunicação cinematográficas mencionaram, que Tatum se apresenta como uma atuação no estilo Bruce Willis em "Duro de Matar", isso é verdade, pois o ator chega a certo ponto de possui o mesmo figurino de deste (vide o cartaz). Mas devemos tratar a comparação apenas como uma homenagem satírica a ele, pois Tatum é um tipo completamente diferente de ator, pois ele conseguiu a fama muito mais rápido que Willis e possui um currículo de produções mais diversificadas que este (apesar de ambos atuarem em momentos distintos em "G.I. Joe: Retaliação"). Por fim, "O Ataque" não conseguiu ser melhor do que "Invasão a Casa Branca", mas não deixa de ser um bom divertimento pra um domingo a tarde descontraído. Que venha reprises exaustivas no "Domingo Maior" e "Temperatura Máxima" e do jeito que as coisas vão indo, até na "Sessão da Tarde".

Nota: 6,0/10,0

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