sábado, 18 de maio de 2013

CRÍTICA - TERAPIA DE RISCO


Steven Soderbergh tem se demonstrado um grande diretor diferenciado, pois em todos os seus filmes ele simplesmente foca em trabalhar em roteiros inteligentes e com um elenco de primeira. Mas em quase todos eles, reconhecemos sua marca registrada somente por um simples fator: a fotografia pálida, acompanhadas sempre de um famoso jogo de câmeras que se assemelham muito a um documentário. Depois de possuir uma parceira bem sucessiva com o roteirista Scott Z. Burns em "Contágio", Soderbergh retorna sua parceria com este em "Terapia de Risco".

Diferente de "Contágio", este conta com a presença da indicada ao Oscar por "Os Homens Que Não Amavam As Mulheres" Rooney Mara, que nos apresenta mais uma grande atuação e deixa clara que será uma das futuras grandes atrizes de Hollywood. Aqui ela vive a jovem Emily Taylor que sofre sérias crises de depressão, durante o periodo em que o seu marido Martin (Channing Tatum, de "G.I. Joe: Retaliação") está saindo da prisão. É então nestes contra tempos que ela acaba se consultando primeiramente com a terapeuta Victoria Siebert (Catherine Zeta-Jones, de "Chicago"). Mas logo após cometer um acidente de carro, ela acaba sendo encaminhada ao famoso psiquiatra Jonathan Banks (Jude Law, de "Sherlock Holmes") que lhe recomenda diversas medicações antidepressivas. É então que devido a alguns efeitos colaterais Emily começa a se tornar sonâmbula, o que a faz mais tarde cometer um assassinato. É então dado inicio a uma complexa discussão, na qual ela tenta provar que o ocorrido foi graças ao medicamento receitado por Jonathan, fazendo a vida deste virar de ponta a cabeça.


Jude Law apresenta uma grande atuação, na qual não sabemos ao certo de que lado este está até a segunda parte da produção. O mesmo ocorre com Catherine, que apresenta uma excelente atuação aonde ganha mais destaque na segunda parte da trama. Scott conseguiu escrever um roteiro excelente na dosagem certa, pois no meio de tantas produções com premissas e desfechos semelhantes, este nos apresenta algo completamente diferente, sendo que há algumas reviravoltas no decorrer da trama que a deixam cada vez melhor. Mas seu principal foco é uma enorme crítica a corrupção que acerca as indústrias farmacêuticas, em uma sociedade cada vez mais problemática (algo que nos dias de hoje é completamente normal ver alguma pessoa passando por problemas psicológicos). 


Com base neste, Soderbergh realiza uma excelente direção, utilizando suas marcas registradas como de costume na primeira parte da fita. Já na segunda ele apela para algo mais diferenciado deste, e procura focar mais no realismo apresentado em cena. Assim, "Terapia de Risco" resulta em um excelente suspense e consegue se tornar um dos melhores filmes do ano (juntamente com "Em Transe"). Recomendo!!

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