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Cine + Crítica
domingo, 14 de julho de 2019
domingo, 16 de junho de 2019
ILHA DOS CACHORROS
Wes Anderson pode facilmente entrar no time dos melhores e mais complexos diretores da atualidade do cinema. Com longas como "O Grande Hotel Budapeste" e "Moonrise Kingdom", o mesmo sempre assina o roteiro e produção dos longas pelos quais dirige, e neste seu mais recente batizado de "Ilha dos Cachorros", ele resolveu abordar a trama em um estilo que já lhe rendeu uma indicação ao Oscar, com "O Fantástico Sr. Raposo" o da animação em Stop-Motion.
O enredo acompanha um japão futurista, onde os cachorros foram infectados com três doenças contagiosas, fazendo o então Presidente Kobayashi decidir enviar todos aqueles para uma ilha onde eles despejam todo seu lixo. É então que o jovem Atari resolve ir procurar seu cão Spots no local.
Primeiramente gostaria de deixar claro que dificilmente esta animação agradará as crianças (inclusive uma se retirou com a família, já na metade da projeção), devido ao humor sagaz e a narrativa apelar mais para o estilo adulto de Anderson (não digo de ser pesado, muito pelo contrário, as piadas e as criticas ideológicas que o enredo faz, muito provavelmente não agradará os pequenos). Outro tópico de imensa importância, é que 50% do longa é falado em japonês, aos quais desses 30% não possuem legendas, pois o longa é narrado do ponto de vista dos cachorros (que falam inglês e obviamente há tradução para o nosso idioma). Mas fiquem tranquilos, pois da pra compreender pelos gestos o que eles querem dizer.
Tudo isso acaba sendo acompanhando por uma viciante, porém bela trilha sonora de Alexandre Desplat, que deveras é muitas vezes acompanhadas por takes que mostram um pouco da cultura japonesa, seja através dos esportes ou da preparação da culinária.
"Ilha dos Cachorros" é uma bacana e original homenagem do diretor Wes Anderson a cultura japonesa, pelo qual provavelmente figurara dentre os indicados ao Oscar de Animação e Roteiro Original no próximo ano. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
sábado, 8 de junho de 2019
ESCOBAR - A TRAIÇÃO
A história de Pablo Escobar já virou o novo ícone da cultura pop, graças ao fenômeno da série "Narcos", onde este foi interpretado de forma estupenda por Wagner Moura. Nos últimos anos já tivemos diversos filmes, inclusive um estrelado por Tom Cruise (o divertido "Feito na América"), e agora este "Escobar - A Traição", que resolve juntar mais uma vez nas telas o Oscarizado casal Espanhol, Penélope Cruz e Javier Bardem, nos papéis da jornalista Virginia Vallejo e do narcotraficante Pablo Escobar, na época pelo qual viveram um romance tórrido.
Baseado no livro de Virginia Vallejo, o longa mostra a conturbada relação que ela teve com o poderoso Pablo Escobar, desde quando eles se conheceram logo no inicio de sua ascensão, até sua eminente queda.
Pra quem conhece a história e já viu a série mencionada no primeiro paragrafo, sabe muito bem o que o longa vai englobar. Porém ele ganha deméritos ao abordar mais a vida pessoal de Virginia e como ela sofreu por optar se tornar a amante de um dos homens mais perigosos do mundo em meado dos anos 80. Só que depois da metade, a direção e roteiro de Fernando León de Aranoa opta por um caminho contraditório, onde aquela acaba virando uma mera "figurante" e passamos a rever tudo o que já sabemos sobre Escobar. É nessa hora que aquela vivacidade que havia no longa em seu primeiro momento, começa a se desgastar aos poucos. Mas isso não é desvaneio das atuações boas de Bardem e Cruz, mas sim do trabalho de Aranoa, que quis mostrar os dois pontos de vista, ao invés de focar em apenas um.
"Escobar - A Traição" é mais um longa que aborda a conturbada vida do narcotraficante Pablo Escobar, pelo qual não entrará para a história, muito menos será lembrado daqui há alguns anos pelos cinéfilos e os adoradores dessa história vivida pelo mundo.
Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
sábado, 25 de maio de 2019
ALADDIN
Assim como muitos adultos que nasceram nos anos 90, cresci vendo a animação da Disney "Aladdin". E assim como as outras adaptações de contos de sucesso daquela para os cinemas, com essa não podia ser diferente. A magia, a animação e a beleza do universo está lá como esperávamos e sim a Disney acertou mais uma vez!
Pra quem não sabe, a história mostra o jovem Aladdin (Mena Massoud) que vive como um ladrão e sem teto em Agrabah. Após ter um encontro com a Princesa Jasmin (Naomi Scott), ele é ofertado pelo misterioso Jafar (Marwan Kenzari) para capturar uma lampada mágica, escondida em uma caverna no deserto. No local ele acaba liberando o gênio (Will Smith) que estava dentro dela e acaba vendo a chance de ser o Príncipe para Jasmin.
A direção de Guy Ritchie ("Sherlock Holmes") apela para o seu estilo habitual na construção do personagem principal: mostrar sua malicia, dentro do submundo dos ladrões e da burguesia de Agrabah. Seja com o excesso da câmera acompanhando as acrobacias de Massoud, ou nos takes rápidos/slow-motion dentre cenas ação. Mas o defeito está quando ele mescla isso com os números musicais, pois além de usar o recurso CGI massivamente (que está muito bom, com um 3D que funciona), ele sempre opta por usar a "mágica do gênio", mesmo a música não necessitando disso. Logo a edição já trata de as vezes interromper os números de forma repentina, não deixando o espectador embarcar no arco criado (basicamente ele fez "números demos").
Mas em compensação, o design de produção e figurino do longa são belíssimos (não duvido que o longa figure nessas categorias do Oscar 2019), e remetem bastante a animação de 1992. Essa que foi reconhecida graças ao grandioso trabalho de Robin Williams na dublagem do Gênio (que lhe rendeu um Globo de Ouro especial por isso), e aqui temos um Will Smith assumindo seu trono e faz um excelente trabalho, pois ele claramente criou a sua versão do personagem ao invés de copiar o que já foi feito. Obviamente ele acaba roubando a cena do filme, deixando os personagens Aladdin e Jasmine de escanteio (mesmo com os atores tendo trabalhado bem). Infelizmente não posso dizer o mesmo do ator que interpreta o personagem Jafar. Ele não só é péssimo, como parece que ele apenas esta lendo as suas falas, além de sempre possuir um cacoete com os lábios sempre ao dizer uma frase de efeito.
"Aladdin" é um nostálgico e divertido filme da Disney, mostrando que o estúdio ainda tem muito mais histórias que podem sim virar um live action de qualidade.
Imagens: IMDB.
Nota: 9,0/10,0
sexta-feira, 24 de maio de 2019
CEMITÉRIO MALDITO
Sem víeis de duvidas "Cemitério Maldito" é uma das mais populares histórias de Stephen King. Este é conhecido por fazer diversos livros de horror, onde a principal arma dos "serial killers" são o psicológico de suas vitimas. Mas é difícil dizer qual de seus livros foram adaptados as telonas com exito, tirando o recente "It - A Coisa" (cuja segunda parte chega em Setembro aos cinemas) e os clássicos "O Iluminado" e "Carrie a Estranha". Em meio a onda de refilmagens que cresce cada vez mais em Hollywood, "Cemitério Maldito" é mais outro longa que ganhou uma repaginada desnecessária. Mas por que me referi com esse termo? Digamos que 30 anos não é tempo suficiente para se revisar uma história cinematográfica.
A história mostra o casal Louis (Jason Clarke) e Ranchel (Amy Seimetz), que junto a seus filhos Ellie (Jeté Laurence) e Gage (interpretados pelos gêmeos Hugo e Lucas Lavoie), em uma casa de campo, deslocada da cidade. Porém a vida deles começa a virar de cabeça pra baixo, após descobrirem que em seu lote reside um misterioso cemitério de animais.
Sob comando da dupla de diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer, vemos que ambos sabem trabalhar os famosos scare-jumps, pois a mixagem de som dos objetos da casa e que estão sendo manuseados em cena são muito bons. Mas como estamos falando de um longa de horror em pleno século 21, onde 95% de produções do gênero não funcionam mais, um remake de "Cemitério Maldito" acertaria constamento nisso? Obviamente que NÃO! E tudo isso acaba sendo levado não como uma produção de comédia, mas como um longa dramático sobre a perda (estou falando SÉRIO).
Apesar do elenco estar operante em suas funções, o grande destaque vai para a jovem Jeté Laurence. Normalmente em filmes assim, as crianças não são desenvolvidas de forma que o espectador embarque no psicológico dela ou até mesmo se importe com ela. E a atriz faz exatamente o oposto, conseguindo roubar a cena da metade pro fim (devido a degradação da mesma).
"Cemitério Maldito" não é o filme de horror que você estava aguardando, muito menos um ótimo exemplar de adaptação de Stephen King. Mas se seu objetivo é passar o tempo, com uma história do escritor, vale dar uma conferida.
Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
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BRIGHTBURN - FILHO DAS TREVAS
Desde quando vi a premissa de "Brightburn - Filho das Trevas" em um vídeo no "Instagram", notei o quão ela parecia ser promissora por se tratar de um verdadeiro "Superman Reverso", e ter como envolvidos atrás das câmeras os irmãos Brian Gunn, Mark Gunn (como roteiristas) e o famoso James Gunn (o responsável por "Guardiões da Galáxia") como um dos produtores. Numa era onde o gênero de super-heróis é visto em exaustão nos cinemas, uma história dessas seria interessante de ser abordada.
Assim como a trajetória do herói citado, o filme mostra o casal Tori (Elizabeth Banks) e Kyle (David Denman), onde após falharem em tentar conceberem um filho, são surpreendidos pela chegada de uma nave misteriosa em sua fazenda. Nela havia um bebê, e eles logo o adotam. 12 anos depois, o mesmo acaba se revelando um ser poderoso que pretende destruir tudo o que pode.
A direção de David Yarovesky se mostra competente ao transpor aflições nas cenas pelas quais mostram as vitimas do garoto. Seja um close num caco de vidro sendo retirado do olho, ou uma mutilação sendo vista de uma forma que causa desconforto, graças ao enorme clima gore (violência grafica), isso acaba sendo assustador de se ver. Infelizmente o longa tem como qualidade apenas esse quesito, pois o roteiro consegue se perder depois da metade do filme. Com personagens que descordam de coisas que eles mesmos haviam idealizado, sendo mostrados através de arcos habituais em longas de horror, a película opta pelo "horror fácil", ao invés de procurar inovar, como estava fazendo nos primeiro minutos. Isso faz com que todo os trabalhos dos atores seja em vão, e a única coisa que nós espectadores acabamos torcendo é para que "eles morram logo", devido a tamanha a burrice que eles vão cometendo.
"Brightburn - Filho das Trevas" tinha tudo pra ser uma grata surpresa de horror em 2019, mas a preguiça na construção de um roteiro mais elaborado, acabou resultando em um "mais do mesmo".
Imagens: IMDB.
Nota: 4,0/10,0
HELLBOY - 2019
Há anos os fãs do personagem Hellboy vem pedindo a produção de um terceiro filme, já que o segundo terminou com uma porta para um grandioso próximo ato. E os produtores de Hollowood ouviram? Sim, porém na onda dos rebots, decidiram "recomeçar" a franquia em outro estúdio, com outros atores, esquecer o que já foi feito e com um orçamento bastante reduzido fizeram outro enredo. Mas então, isso funcionou? Obviamente que em partes sim, mas beirando mais para o não.
O filme não é uma história de origem, mas vemos um Hellboy (David Harbour) trabalhado para a organização secreta chamada BPDP, que é voltada no combate ao sobrenatural. Mas ele se vê em um problemão, ao ter de enfrentar a bruxa Nimue (Milla Jovovich), que voltou a vida depois de milhares de anos.
Ao termino da projeção, comentei com um amigo a respeito de ter evitado realizar comparações com os dois exemplares antecessores, comandados pelo Oscarizado Guilhermo Del Toro. Porque eu simplesmente não iria conseguir embarcar na nova narrativa criada por Neil Marshall (de episódios da série "Game of Thrones"), se ficasse preso nesse pensamento.
Mas analisando esse novo filme, devo dizer sem receio que o roteiro escrito por Andrew Cosby, é uma bagunça total. Temos desde personagens descartáveis, até cenas sem completo sentido para a narrativa central. E como os produtores contornaram esse problema? Colocaram dezenas de músicas populares como da Alice Cooper e Mötley Crüe (principalmente nas cenas de ação), para "esconder as falhas" dos espectadores mais desatentos. Mas quais falhas são essas, além das citadas? CGI bastante amador, frases de efeito ditas pelos personagens constantemente e personagens secundários sem sentido. O único grande acerto é no excesso de violência (há sangue adoidado, mutilação e etc), pois nos quadrinhos os arcos envoltos ao Hellboy realmente são assim, e os longas antecessores ficam sendo "infantis" perto deste.
Mas analisando esse novo filme, devo dizer sem receio que o roteiro escrito por Andrew Cosby, é uma bagunça total. Temos desde personagens descartáveis, até cenas sem completo sentido para a narrativa central. E como os produtores contornaram esse problema? Colocaram dezenas de músicas populares como da Alice Cooper e Mötley Crüe (principalmente nas cenas de ação), para "esconder as falhas" dos espectadores mais desatentos. Mas quais falhas são essas, além das citadas? CGI bastante amador, frases de efeito ditas pelos personagens constantemente e personagens secundários sem sentido. O único grande acerto é no excesso de violência (há sangue adoidado, mutilação e etc), pois nos quadrinhos os arcos envoltos ao Hellboy realmente são assim, e os longas antecessores ficam sendo "infantis" perto deste.
Mas no meio de tanto caos, devo dizer que uma das coisas mais gratificantes do filme é a atuação de Harbour. Vemos que independente do péssimo material que ele tinha em mãos, o ator estava a vontade no papel, o que nos fez se interessar pelo protagonista ainda mais. O mesmo não se pode dizer da vilã vivida por Jovovich, pois além de sua atuação estar péssima, ela é extremamente genérica. Agora os personagens dos atores Ian McShane, Daniel Dae Kim e Sasha Lane conseguem ter sua importância, mas não são explorados devidamente.
O novo "Hellboy" não é melhor do que os dois antecessores, muito menos uma grata surpresa que tivemos nesse ano. Mas entra pra lista dos rebots mais desnecessários da história.
Nota: 4,0/10,0
Imagens: "Adoro Cinema" e "IMDB".