sexta-feira, 13 de julho de 2018

SICÁRIO: DIA DO SOLDADO

Josh Brolin and Benicio Del Toro in Sicario: Day of the Soldado (2018)

"Sicario - Terra de Ninguém" não se tornou o melhor filme de 2015, mas chamou a atenção pela temática envolvendo imigrantes ilegais em meio a uma era pré-Trump. As atuações de Josh Brolin e Benicio Del Toro no longa conseguiram ser uma das melhores coisas, roubando até a cena da protagonista vivida por Emily Blunt. Em seu desfecho, o enredo acabou deixando um universo que poderia ser explorado sobre aqueles personagens e é exatamente ai que "Sicario - Dia do Soldado" finca.

Resultado de imagem para Sicário: Dia do Soldado

Já deixarei claro que não é necessário assistir ao primeiro pra compreender esse, pois o enredo não tem nenhuma ligação com o seu antecessor a não ser os personagens na foto acima e o universo. Aqui o personagem de Brolin, o militar Matt é contratado pelo governo dos Eua pra investigar os responsáveis por uma série de atentados de homens bomba. Para isso ele chama o velho amigo Alejandro (Del Toro), e ambos tem a ideia de fincar uma verdadeira guerra dentre o governo e os chefes do trafico, através do sequestro da filha (Isabela Moner) de um poderoso chefe deste.

Resultado de imagem para Sicário: Dia do Soldado

Enquanto no primeiro longa tudo era visto pela perspectiva da protagonista vivida por Emily Blunt, pelos quais os protagonistas desse eram meio que visto como "antagonistas", em momento algum nos simpatizávamos com eles. Como esses são os focos da vez, vemos o lado mais humano de ambos nos fazendo destorcer por completo aquela imagem que criamos deles no primeiro longa. A atuação de Brolin e Del Toro são de fato o peso do longa, aos quais enquanto o primeiro não conseguirá sair tão cedo das figuras de Thanos/Cable, o segundo tem um arco que remete e muito ao clássico "O Profissional" junto a Moner.

Só que isso não é o que se pode dizer um fator favorável ao longa, pois ele exitou e muito a demonstrar aquela crítica acida ao tratamento da policia da fronteira com imigrantes, e aqui é basicamente essa é inexistente. Tudo acabou se transformando em um "filme de ação comum". Mas existem diversas cenas as quais conseguem prender a atenção do espectador (destaque para uma que se passa em uma estrada de areia), mas que infelizmente o diretor Stefano Sollima não tem uma genialidade como a de Denis Villeneuve (que rendeu três indicações ao Oscar pra sua equipe, naquele) pra guiar uma cena de ação complexa em um único take. Porém dentro do contexto aquele ainda conseguiu tirar algo satisfatório dentro do possível, pois o roteiro de Taylor Sheridan (responsável pelo primeiro) não deu portas para explorar tais momentos. 

"Sicário: Dia do Soldado" não é tão impactante quanto o primeiro, mas sim um divertido e violento filme de ação estrelado por dois dos melhores atores em atividade hoje nos cinemas. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário