quarta-feira, 20 de junho de 2018

EU SÓ POSSO IMAGINAR

Eu Só Posso Imaginar : Poster

Longas com uma temática gospel, dificilmente conseguem ter uma produção de qualidade, as quais consigam vender sua premissa de forma convincente. Foi o caso dos dois "Deus Não Está Morto" e de vários outros exemplos que são exibidos exaustivamente na "Sessão da Tarde". Indo no mesmo embalo, "Eu Só Posso Imaginar" tinha tudo pra funcionar, porém o excesso de facilidade tanto no roteiro, quanto na direção da dupla Andrew Erwin e Jon Erwin (que também assinou o roteiro com Alex Cramer e Brent McCorkle), acabou prejudicando e muito o seu resultado final.

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Baseado em fatos reais, conta a trajetória do musico Bart (o estrante J. Michael Finley), que junto da sua banda MercyMe, viajaram os Eua em busca do reconhecimento e do sucesso musical. Rodeado de diversos problemas pessoais, e com uma carreira que dificilmente estava decolando, é quando ele tem a ideia de compor a canção "I Can Only Imagine", que se tornou um enorme sucesso gospel tendo ocupado o primeiro lugar das paradas no mundo todo, junto a músicas Pop/Contemporâneas e acabou lhe rendendo dois Dove Awards em 2002. Além do fato da canção ter sido regravada por vários cantores nacionais como Ana Paula Valadão, Dayan Paiva, Eduardo e Silvana e Chris Duran.

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A principal premissa do longa é demonstrar como ele teve a ideia de compor a canção, através do foco de toda sua vida, com peso forte em sua conturbada relação com o Pai (Dennis Quaid). Ao ver esse enredo um tanto que padrão no cinema, vemos que ainda tinha uma pequena chance de ser um drama ótimo, porém o excesso de amadorismo da dupla central de diretores foi prejudicial pra isso funcionar. A começar de que em três momentos chaves, eles literalmente quebram a emoção do publico e a transposição da atuação de Finley, intercalando com flashbacks pra "explicar" o que se passava na cabeça dele (algo bem habitual em longas da temática, mas que indiretamente servem pra chamar o público de burro). Fora que como se trata de um filme com temática "inspiradora", o roteiro nos enche de diálogos preguiçosos, aos quais o tempo todo são jogadas frases prontas que transpõem o positivismo de alguma forma, ao invés de deixar que apenas os atos demonstrassem tudo de forma notória. Confesso que isso não incomodaria se fosse em alguns breves momentos, mas infelizmente o erro é teclado diversas vezes e isso literalmente acaba cansando.

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Mas claro, o longa ainda tem seus méritos, como o fato das canções literalmente conseguirem ser o carro forte e chamariz pra segurar a atenção do espectador (principalmente a que da titulo ao filme). Fora a interpretação de Finley, que é consegue transpor com mérito a importância da canção para a vida de Bart e de todos que a gostam de ouvir. Já Quaid interpreta um antagonista, aos quais lentamente vamos compreendendo suas atitudes, mas não é o melhor papel do ator.

"Eu Só Posso Imaginar" poderia ter tido uma pegada melhor, se tivesse nas mãos certas. Mas infelizmente o demérito dos diretores em apelar por uma abordagem mais "leiga" como em outros longas gospeis, acabaram prejudicando e muito o resultado final.

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 5,0/10,0

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