sábado, 20 de maio de 2017

ALIEN COVENANT

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A franquia Alien é mais uma das que, diga-se de passagem, revolucionaram o cinema. Seja pelo fato de ser o pioneiro em trazer uma mulher como protagonista de um blockbuster, ou até mesmo mesclar os gêneros terror e ficção cientifica (onde no final dos anos 70, eram estilos pouco explorados). O diretor Ridley Scott não só conseguiu chamar atenção com o pioneiro da série, como também abriu portas para outras produções do gênero ficção como os ótimos "Blade Runner" e "Perdido em Marte". Não vou entrar no mérito de explicar mais sobre a saga, pois outros meios de comunicação já devem ter te deixado exausto sobre isso. A única coisa que irei falar, é que aqui temos realmente um filme sobre o universo Alien, ao contrário de "Prometheus", que eu particularmente vejo mais como uma espécie de Spin-Off, como "Star Wars - Rogue One". 

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A trama se passa algum tempo depois, onde a tripulação da nave Covenant, que tem como missão colonizar um planeta, acaba recebendo um sinal desconhecido de um planeta distante. Convencido de que possa haver vida humana no local, o Capitão Oram (Billy Crudup, de "Watchmen") decide descer no local com uma parte da tripulação para averiguar o local. Só que eles não imaginavam que encontrariam estranhas criaturas extraterrestres. 

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Diferente de seu antecessor, aqui o longa não poupa nem um pouco em apresentar sequencias de ação e suspense. E quando digo isto, me refiro a tamanha habilidade que Scott teve em retratar momentos como a sequencia de batalha dentre Daniels (Katherine Waterston) e o Alien, pois o jogo de câmera que acompanha os dois e a qualidade nos efeitos visuais e no som, sem duvidas se tornou o grande destaque do filme. Outro destaque vai pela sequencia inicial, onde temos a interação dentre o androide David (Michael Fassbender) e seu mentor Peter (Guy Pearce), que lembra muito o estilo de Kubrick em "2001 - Uma Odisseia no Espaço", com a ausência de trilha sonora e o enfoque no clima da situação. 

Como na vida não é tudo as mil maravilhas, o roteiro erra e feio ao entupir ele de sequencias superficiais e banais, como por exemplo (não é spoiler): você vai pra um planeta desconhecido e sem proteção nenhuma, e logo já começa a interagir com as coisas que tem lá. Obviamente que isso é uma péssima ideia. Só que a nojeira consequente da maioria destas merdas que ocorrem por lá, e Scott não poupa nem um pouco o espectador. 

"Alien Covenant" é mais uma parte da nova trilogia Alien nos cinemas, pela qual poderia ter sido bem mais trabalhada em seus arcos, mas se acomoda no previsível e genérico, decorrente do estilo cinematográfico que a franquia ajudou a fincar. Alguns fãs poderão odiar, já outros poderão curtir.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 6 de maio de 2017

CORRA!

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Este filme foi lançado quase no inicio do ano e vem fazendo um sucesso estrondoso por onde passa, seja de crítica (com a maioria das notas chegando a nível máximo) ou de bilheteria (custou U$5 milhões e já rendeu mais de U$170 milhões até o momento). Ela foi escrita e dirigida pelo novato Jordan Peele, que não só apresenta uma narrativa original como ele mescla estilos de Passolini e Hitcock para explorar o suspense em cena.

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A trama tem inicio com o casal Chris (Daniel Kaluuya) e Rose (Allison Williams), que vão passar um final de semana na casa dos pais dela (Catherine Keener e Bradley Whitford), no interior. Ao chegar ao recinto, Chris denota não só o enorme clima racista no ambiente, como tem algo de errado que está se passando por ali.

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Peele procurou trabalhar o suspense no seu longa através dos olhares de Kaluuya. Seja quando ele interage com Keener (que chega a roubar a cena), ou até mesmo com as atitudes suspeitas que ocorrem ao seu redor. Não vou entrar muito afundo no roteiro, pois as surpresas foram o principal ponto aqui. Não imaginamos ao certo o que realmente se passa naquela casa onde ocorre quase 80% da ação geral da pelicula, e isso acaba nos prendendo o tempo todo. Só que o principal erro foi ele ter colocado um alivio cômico vindo através do melhor amigo de Chris, que chega a parecer que ele ta em uma comédia pastelão e não em um suspense.

"Corra!" sem duvidas é uma das maiores e mais originais surpresas do ano, onde além de revelar um ótimo diretor que se não beirar ao caminho de M. Night Shyamalan, conseguirá ser um dos principais nomes do cinema. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 1 de maio de 2017

GUARDIÕES DA GALÁXIA - VOLUME 2

Guardiões da Galáxia Vol. 2 : Poster

Não há duvidas que depois do encerramento das trilogias do "Homem de Ferro" e "Capitão América", que o carro forte da Marvel Studios em produções solo são os "Guardiões da Galáxia". O primeiro filme foi lançado em 2014 e surpreendeu a todos com o enorme sucesso que a produção acabou fazendo, o que alavancou a carreira do astro Chris Pratt e apresentou uma das melhores trilha sonoras do cinema (algo que a DC falhou miseravelmente em "Esquadrão Suicida", que tinha isso mas agregado a um péssimo roteiro). Fazer uma sequencia que fosse tão boa quanto aquele foi algo extremamente difícil. Três anos se passaram e agora "Guardiões da Galáxia - Volume 2" nos apresenta uma trama com doses nostálgicas que consegue abster o mesmo nível do seu antecessor.

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Não vou revelar muito sobre a trama (pra não perder a graça), mas só deixarei pautada que ela tem inicio com os Guardiões, Peter Quill (Pratt), Gamorra (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket (Bradley Cooper) e o agora bebê, Groot (Vin Diesel), envolvidos em uma confusão com uma federação, pela qual os faz cair em um planeta desconhecido, onde acabam conhecendo o Pai de Peter, Ego (Kurt Russell).

Assim como seu antecessor, o filme explora e muito a personalidade de cada protagonista (onde claramente estão mais a vontade nos papeis). Não devo dizer que um personagem especifico aqui rouba a cena, pois todos tem seu momento. Porém as novas adições no elenco, de Pom Klementieff (que vive a alien Mantis) que rende divertidos momentos com Bautista, e do próprio Russell (que carrega o peso dramático do longa, durante boa parte) foram bem escaladas. Quanto a Elizabeth Debicki, sua Ayesha não faz muita diferença na narrativa e ela ta lá basicamente pra ter mais peso no elenco (se colocassem outro personagem no local, ficaria a mesma coisa) e ser mais uma líder de uma raça, que fica puta com os Guardiões. Agora o misterioso personagem de Sylvester Stallone realmente acaba sendo uma das coisas que mais chamam atenção, mesmo ele aparecendo bem pouco (creio eu que o universo Marvel deverá aproveita-lo em futuros longas). Porém existem mais outras três participações bem pequenas, pelas quais não vou mencionar, mas que agradará e muito aos cinéfilos. 

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O roteiro e direção competente de James Gunn soube trabalhar bem a dosagem de quando exercer o humor, a ação, o drama e o suspense. Ele possui diversos tópicos habituais de produções de Hollywood, como o melodrama entre amigos, família e erros do passado. Poderia ter sido um porre se ele focasse ficar fazendo drama em tudo isso, só que ele brinca com esta questão sempre colocando algo pra "corta o drama" e já pular pra próxima etapa. Ele também acertou em deixar pra escanteio um pouco a "Fórmula Marvel", deixando até o verdadeiro vilão da produção como o grande ploat-twist e referencias ao universo Marvel meio ausentes. Os efeitos visuais estão realmente impressionantes, valendo o ingresso 3D. As maquiagens continuam sendo outro ponto forte do longa, pois atrizes como Saldana e Karen Gilliam ficaram irreconhecíveis nos papéis. 

"Guardiões da Galáxia - Volume 2" não é o melhor da Marvel, mas é um claro exemplo de que o estúdio não errará em um longa tão cedo. Só que como habitualmente ocorre em todos os longas deles, não saia da sala antes dos créditos acabarem, pois desta vez ta igual ao Palmeiras na Libertadores, pois realmente há CINCO CENAS pós créditos. RECOMENDO!

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet