Parece que foi ontem, mas já fazem 15 anos da primeira vez em que assisti ao primeiro longa de Harry Potter nos cinemas. Tinha sete anos na época e lembro de ter ficado vislumbrado com tamanha qualidade que o filme possuía e também pelo simples fato que era o meu primeiro live-action nas telonas. A franquia se tornou tão apaixonante pra mim, que o bruxinho me acompanhou durante todos meus anos no colégio (começou em 2001 e acabou em 2011). Em seu capitulo final, confesso que chorei no desfecho "As Relíquias da Morte: Parte 2", pois uma parte de mim estava sendo finalizada juntamente dos meus anos no colégio. Porém foi uma enorme surpresa pra mim (e pra muitos fãs da saga), que o universo continuaria nas telonas, com roteiro de autoria da própria J.K Rowling e direção do próprio David Yates (que comandou os quatro últimos filmes da série). Eis que chegou o esperado dia de ver o longa, e por sorte ele cumpriu o que prometeu.
O enredo mostra o jovem bruxo Newt (Eddie Redmayne, de "A Teoria de Tudo"), que desembarca em Nova York, portando uma maleta que esconde os mais diversos animais do mundo da bruxaria. Porém ele acaba tendo um desencontro com o trouxa Kowalski (Dan Folger, de "Maldita Sorte"), onde este acaba descobrindo acidentalmente a existência dos animais fantásticos e dos bruxos. Só que durante toda esta confusão, uma das conselheira do ministério da magia, Tina (Katherine Waterston, de "Steve Jobs") acaba presenciando tudo e faz questão de leva-los para o mesmo, para arcarem com as possíveis consequências. Ao mesmo tempo ainda vemos mais dois arcos, que envolvem o misterioso Credence (Ezra Miller, o Flash/Barry Allen do cinema) e Graves (Colin Farrell, de "Presságios de Um Crime"), e um no mundo dos trouxas que cada vez mais quer acabar com ataques de bruxos no mundo, onde o arco fica por conta da relação da mãe de Credence, com um influente politico (Jon Voight, de "A Lenda do Tesouro Perdido"), cujo filho disputa uma eleição local.
De todos estes arcos apresentados, vemos que o mais intrigante e que me cercou com grande mistério perante toda a projeção, foi o de Farrell e Miller. Eu não esperava nada de ambos no longa, e ambos não só transpõem extremo suspense em cena, como é o também é a subtrama mais interessante. Quanto ao que todos queriam saber: Eddie Redmayne realmente serve para ser protagonista no universo bruxo? A resposta é sim! O ator não só encontra um ótimo timing e química com Folger e Waterston, como também nos faz desconfiar muito de suas verdadeiras origens. Mas quem realmente acaba roubando a cena no longa em alguns momentos, é Alison Sudol (que interpreta Queenie, irmã de Tina). Ela consegue exercer homeopaticamente as funções de alívios cômicos e românticos com Folger. Ah e sim, Johhny Depp está brevemente no longa (pra tristeza de algumas pessoas).
Quanto a direção de Gates, devo dizer que o mesmo nos faz reviver toda aquela mágica no universo mágico de Harry Potter novamente. Seja na narrativa, onde somos apresentados aos mais diversos monstros (em uma computação gráfica extremamente competente), ou aos novos personagens deste mundo. Claro que pra quem leu todos os outros livros da série, ficará claro que o roteiro de Rowling possui uma enorme sensação de estarmos, de fato, lendo a um novo livro da série ao invés de vendo uma adaptação da mesma. Ela não perdeu tempo explicando pro público como funcionavam os feitiços, quais eram os cargos no Ministério da Magia, dentre outras coisas que pessoas "trouxas" não sabem. Deixou tudo de uma forma como se nós já fossemos cidadãos do universo dela.
"Animais Fantásticos e Onde Habitam" é sem duvidas um dos melhores longas do ano, e um ótimo retorno do universo mágico de Harry Potter, pelo qual alguns fãs terão de imediato a vontade de retornar a ler os livros da "primeira série" de Rowling, e torcer logo pra chegada do próximo longa. RECOMENDO!
Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet
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