Em 2012, "007 - Operação Skyfall" foi um estrondoso e inesperado sucesso. Rendeu mais de um milhão de dólares, possuía uma música tema marcante (cantada pela Adele, e lhe rendeu um Oscar), um vilão que foi um dos melhores de todos os outros filmes e um roteiro pelo qual homenageava os 50 anos da série. Além de ter ganho dois Oscars, (Canção ("Skyfall" - Adele) e Mixagem de Som (que empatou com "A Hora Mais Escura"). Tendo em vista o fato, em sua quarta encarnação como James Bond (depois de "Cassino Royale", "Quatum Of Solace" e "Operação Skyfall"), era evidente que seria bem difícil Daniel Craig repetir o sucesso do último. Então resolveram chamar novamente o diretor Sam Mendes, para retornar a sua função. Só que ao começarem as gravações, a Sony foi hakeada pelos coreanos (devido ao conflito do filme "A Entrevista") e um dos arquivos vazados, era o roteiro de "007 - Contra Spectre".
Como sinal de respeito a produção, nem procurei o mesmo pela internet e esperei para conferi-la nos cinemas e saber tudo a respeito na hora mesmo. Mas quando eu a conferi deu para notar claramente, de que os roteiristas mudaram diversos arcos, e a trama conseguiu ficar extremamente previsível e clichê em diversos aspectos.
A história aqui é uma sequencia direta de "Skyfall", onde começa com Bond (Craig), na cerimonia do dia dos Mortos, no México. Lá ele acaba destruindo tudo e matando todo mundo, só pra pegar um anel com um simbolo de polvo, pelo qual sua antiga chefe M (Judi Dench, em rápida aparição), lhe disse que se acontecesse algo com ela, aquilo levaria Bond até os verdadeiros culpados. Logo este se depara com a misteriosa organização Spectre, que possui estrema ligação com o seu passado profissional e pessoal.
Enquanto isso o novo M (Ralph Finnes, o eterno Voldemort de "Harry Potter"), tenta lidar com os problemas politicos de tentar continuar com o serviço de inteligencia secreto funcionando, pois C (Andrew Scott), representante de outra organização, apresenta diversas provas as quais só prejudicam a situação dos serviços dos agentes 00. Só da descrição desse último parágrafo, já notamos que parece a trama de "Missão Impossível: Nação Secreta" (sendo que no final das contas, preferi este).
"Skyfall" só teve um deslize e que aqui demonstra o quanto foi proposital; uma Bond Girl apagada. Antes tínhamos a modelo francesa Bérénice Marlohe na função, onde ela apareceu brevemente e pronto. Aqui nós temos duas, sendo que a primeira (Monica Belluci) aparece em duas cenas mas já rouba a cena mesmo assim. Já a segunda vivida por Léa Seydux, se torna um novo e certeiro álibi de Bond na superação de seu amor inesquecível por Vesper (Eva Green), que morreu em "Cassino Royale". Já o vilão vivido por Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios"), não é nenhum Silva (vivido por Javier Bardem), mas também não é marcante e o ator nos entrega mais uma atuação no automático (pelo visto ele só nos apresenta novas perspectivas, quando está com seu amigo Quentin Tarantino). Seu Oberhauser não chega a ser marcante, e acaba mais lembrando Mike Myers em "Austin Powers", do que o clássico vilão de 007.
Mas o vilão secundário vivido por Dave Bautista (o Drax de "Guardiões da Galáxia"), consegue roubar a cena e ser uma distração para Bond em alguns momentos chaves da película (onde ele para o que ta fazendo só pra lutar com ele, em diversos momentos). Já os momentos de alivio comico acabam ficando a cargo dos momentos em que este interage com Q (Ben Whishaw, de "A Viagem") e até mesmo de forma breve com Moneypenny (Naomie Harris).
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Quanto ao Bond de Craig, vemos claramente que ele continua com a expressão de cansado, onde os ótimos roteiros de seus filmes conseguem disfarçar essa questão em diversos momentos com louvor. Mas eu ainda acho que ele fará o 25º James Bond, só para fechar com chave de ouro, pois "007 Contra Spectre" foi bom, mas não foi uma ótima despedida para um dos atores que fizeram os melhores filmes da série.
Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.
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