domingo, 22 de novembro de 2015

JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA - O FINAL


Já não é novidade que "Jogos Vorazes" virou uma das principais franquias literárias/cinematográficas dos últimos anos. Iniciada em 2012, a série só veio surpreendendo com sua inesperada alta bilheteria no primeiro filme. Sendo que no ano seguinte, a protagonista do mesmo, Jennifer Lawrence, ganhou um Oscar de melhor atriz por "O Lado Bom da Vida". Obviamente que isso ajudaria a série a decolar, então para as sequencias chamaram os consagrados Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman (que faleceu durante as filmagens deste). 


A trama começa exatamente de onde parou a primeira parte, quando Katness (Lawrence) tenta refazer a mente de Pitta (
Josh Hutcherson), que fora completamente vitima de torturas e lavagem cerebral pela Capital. Logo, esta juntamente com Coin (Moore) e seus aliados de outros distritos, tentam a todo custo invadir a Capital para poder capturar e matar o Presidente Snow (Donald Sutherland). Não irei entrar em mais detalhes a respeito da história, pois é exatamente essa principal premissa da trama.


Diferente da primeira parte, a segunda procura ser mais fiel em relação a obra de Suzanne Collins. Vemos que Moore, conseguiu roubar a cena em diversos momentos da película, sendo que alguns deles são originalmente do personagem de Hoffman (que justamente neste final, era de extrema importância para a narrativa), que também foram compartilhados com Woody Harrelson ("Zumbilandia"). Graças ao falecimento de Hoffman, seu personagem acabou se tornando um mero figurante, pois suas breves cenas só mostram ele parado, sentado e raramente falando alguma coisa (uma pena, pois este é seu último filme). Já Snow vivido por Sutherland, consegue ter momentos melhores aqui e se consagra o meu tipo de vilão favorito, onde o mesmo ferra todo mundo o tempo todo, e quando é abatido pelos mocinhos, não perde o humor e ferra tudo mais ainda. Outros dois que ainda chamam um pouco de atenção e roubam a cena também algumas vezes foram Jena Malone (Johanna) e Sam Caflim (Finnick).


Quanto a Jennifer Lawrence, dispensa-se comentários. A atriz mais uma vez arrasa e demonstra que nasceu para interpretar a "Garota do Tordo". A direção de Francis Lawrence (que não tem parentesco com a atriz), procura focar mais nos momentos de drama e angustias de Katniss, ao invés do clichê e chato triangulo amoroso entre ela, Pitta e Gale (Liam Hemsworth, de "Os Mercenários 2"). Outro acerto do diretor é quando ele nos brinda com as sequencias de ação, sendo que uma remete e muito a um filme da série "Resident Evil". Já o 3D evite, pois é mais um mero caça niqueis.

"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final", é um ótimo desfecho para a saga e o segundo melhor filme da mesma, já que "Em Chamas" conseguiu ser o melhor de todos. O único fator ruim neste desfecho, é que como em "Harry Potter", ela termina com gosto "quero mais". Porque em relação a "Crepúsculo"... podemos dizer que foi um milagre essa bosta ter evaporado dos cinemas nesta época do ano!

Nota:8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 14 de novembro de 2015

HORAS DE DESESPERO


Owen Wilson sempre foi conhecido por possuir a mesma atuação, em todas as produções as quais estrela. Só que a maioria são comédias e raramente o ator muda o gênero. "Horas de Desespero" é uma produção que se encaixa nessas exceções, e aqui o ator estrela este Thriller B de ação, pelo o qual chega a surpreender, pela tamanha tensão criada pelo diretor e roteirista John Erick Dowdle (que divide o roteiro com o irmão Drew Dowdle). A trama basicamente lembra um pouco "Uma Noite de Crimes", onde a família do Engenheiro Jack, se muda para Asia (para um país no qual em momento algum é citado), onde o mesmo está envolvido em uma importante obra. É então que eles são surpreendidos por um golpe de estado, onde todos os Asiáticos começam a matar os imigrantes estão no continente. Então é hora  de Jack e sua esposa Annie (Lake Bell, de "Simplesmente Complicado"), tentarem a todo custo proteger suas filhas e as próprias vidas no meio do caos.


A trama é basicamente essa e o filme rende ótimos momentos de tensão e nos deixa vidrados na tela durante seus 90 minutos de projeção. Claro que aqui existem alguns momentos clichês, mas eles são bem breves. Como o fato do personagem de Pierce Brosnan ter um álibi de 007, em seus poucos momentos em tela (mas que chega a roubar a cena). O casal protagonista vivido por Wilson e Bell consegue convencer o espectador aos poucos, de que devemos torcer para eles ficarem vivos. Lembrando que Bell possui uma filmografia bastante similar a de Wilson, só que as atuações de ambos não chegam a ser marcantes ou gloriosas, mas são suficientes para que embarquemos na história. Onde a direção de John, faz questão de colocar Jack, como o principal herói do filme, pois em diversas de suas sequencias, são apresentadas em câmera lenta, pelo o qual serve como idolatração do mesmo.

Confesso que fui assistir esperando nada e sai contente com o que vi. Só que no final das contas não se torna nem um pouco marcante, mas é interessante para ser conferida numa televisão ou daqui há uns meses no Netflix.

Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PONTE DOS ESPIÕES


Steven Spielberg já provou que é um dos principais nomes do cinema, assim como Tom Hanks. Ambos já fizeram os sucessos e clássicos 'O Resgate do Soldado Ryan", "Prenda-me Se For Capaz" e "O Terminal". Depois de 11 anos deste último ser lançado, a dupla retorna a parceria em "Ponte de Espiões". 

A trama baseada em fatos reais, se passa na Segunda Guerra, onde Hanks vive o respeitado advogado James Donovan. Conhecido por dificilmente perder uma causa, ele é convocado pelo governo dos Eua, a proteger Rudolf Abel (Mark Rylance) um suposto espião Russo, que foi capturado pela CIA. Só que todas as provas apontam para tais acusações, de que Abel é culpado e possivelmente será sentenciado a cadeira elétrica. Enquanto Donovan procura todas as formas justas para proteger seu cliente, (e se tornando o homem mais odiado dos Eua, por conta disto) o experiente piloto da força aérea americana Francis Powers (Austin Stowell), acaba tendo seu caça abatido, enquanto espionava o território Russo. Cientes da situação, Russia e os Eua iniciam uma discussão de troca entre os dois cidadães (uma acordo entre cavalheiros na verdade), pelo o qual este acaba sendo representado por Donovan.


Spielberg já comprovou que consegue ser um dos melhores diretores, pois em histórias como está ele consegue exercer um enorme arco dramático de uma forma, na qual a película chega a transformar qualquer história com ótimas emoções. Momentos no qual contam sempre com a trilha sonora de Thomas Newman, que apresenta um estilo que é a marca registrada daquele. A sequencia na qual vemos o muro de Berlim sendo erguido, e as pessoas que tentam atravessa-lo, acabam sendo fuziladas, é um dos pontos altos da produção, pois além de pegar o espectador de surpresa, chega a emocionar em certo ponto. Quanto a atuação de Hanks aqui, não pode reclamar. Seu personagem em momento algum perde o equilíbrio no meio de tanta desventura ocorrendo com o protagonista. O entrosamento dele com Rylance, nas sequencias onde ambos estão conversando na prisão, chega a ser outro ponto alto na película

O roteiro de autoria da dupla Oscarizada Ethan e Joel Cohen ("Onde Os Fracos Não Tem Vez"), nos apresenta esta história com uma perspectiva patriótica,  na qual novamente somos vitimas do clichê de que os Eua são os mocinhos, quando na verdade não existiram verdadeiros "mocinhos" nesta época. Fora esse tópico, "Ponte dos Espiões" é mais um ótimo exemplar de Steven Spielberg, que poderá levar para este mais umas indicações ao Oscar, assim como para Tom Hanks. Para os fãs da dupla, está produção é indispensável (apesar de ser a mais fraca de todas).

Nota:8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 7 de novembro de 2015

007 CONTRA SPECTRE


Em 2012, "007 - Operação Skyfall" foi um estrondoso e inesperado sucesso. Rendeu mais de um milhão de dólares, possuía uma música tema marcante (cantada pela Adele, e lhe rendeu um Oscar), um vilão que foi um dos melhores de todos os outros filmes e um roteiro pelo qual homenageava os 50 anos da série. Além de ter ganho dois Oscars, (Canção ("Skyfall" - Adele) e Mixagem de Som (que empatou com "A Hora Mais Escura"). Tendo em vista o fato, em sua quarta encarnação como James Bond (depois de "Cassino Royale", "Quatum Of Solace" e "Operação Skyfall"), era evidente que seria bem difícil Daniel Craig repetir o sucesso do último. Então resolveram chamar novamente o diretor Sam Mendes, para retornar a sua função. Só que ao começarem as gravações, a Sony foi hakeada pelos coreanos (devido ao conflito do filme "A Entrevista") e um dos arquivos vazados, era o roteiro de "007 - Contra Spectre".
Como sinal de respeito a produção, nem procurei o mesmo pela internet e esperei para conferi-la nos cinemas e saber tudo a respeito na hora mesmo. Mas quando eu a conferi deu para notar claramente, de que os roteiristas mudaram diversos arcos, e a trama conseguiu ficar extremamente previsível e clichê em diversos aspectos. 


A história aqui é uma sequencia direta de "Skyfall", onde começa com Bond (Craig), na cerimonia do dia dos Mortos, no México. Lá ele acaba destruindo tudo e matando todo mundo, só pra pegar um anel com um simbolo de polvo, pelo qual sua antiga chefe M (Judi Dench, em rápida aparição), lhe disse que se acontecesse algo com ela, aquilo levaria Bond até os verdadeiros culpados. Logo este se depara com a misteriosa organização Spectre, que possui estrema ligação com o seu passado profissional e pessoal.
Enquanto isso o novo M (Ralph Finnes, o eterno Voldemort de "Harry Potter"), tenta lidar com os problemas politicos de tentar continuar com o serviço de inteligencia secreto funcionando, pois C (Andrew Scott), representante de outra organização, apresenta diversas provas as quais só prejudicam a situação dos serviços dos agentes 00. Só da descrição desse último parágrafo, já notamos que parece a trama de "Missão Impossível: Nação Secreta" (sendo que no final das contas, preferi este).


"Skyfall" só teve um deslize e que aqui demonstra o quanto foi proposital; uma Bond Girl apagada. Antes tínhamos a modelo francesa Bérénice Marlohe na função, onde ela apareceu brevemente e pronto. Aqui nós temos duas, sendo que a primeira (Monica Belluci) aparece em duas cenas mas já rouba a cena mesmo assim. Já a segunda vivida por Léa Seydux, se torna um novo e certeiro álibi de Bond na superação de seu amor inesquecível por Vesper (Eva Green), que morreu em "Cassino Royale". Já o vilão vivido por Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios"), não é nenhum Silva (vivido por Javier Bardem), mas também não é marcante e o ator nos entrega mais uma atuação no automático (pelo visto ele só nos apresenta novas perspectivas, quando está com seu amigo Quentin Tarantino). Seu Oberhauser não chega a ser marcante, e acaba mais lembrando Mike Myers em "Austin Powers", do que o clássico vilão de 007.
Mas o vilão secundário vivido por Dave Bautista (o Drax de "Guardiões da Galáxia"), consegue roubar a cena e ser uma distração para Bond em alguns momentos chaves da película (onde ele para o que ta fazendo só pra lutar com ele, em diversos momentos). Já os momentos de alivio comico acabam ficando a cargo dos momentos em que este interage com Q (Ben Whishaw, de "A Viagem") e até mesmo de forma breve com Moneypenny (Naomie Harris).
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Quanto ao Bond de Craig, vemos claramente que ele continua com a expressão de cansado, onde os ótimos roteiros de seus filmes conseguem disfarçar essa questão em diversos momentos com louvor. Mas eu ainda acho que ele fará o 25º James Bond, só para fechar com chave de ouro, pois "007 Contra Spectre" foi bom, mas não foi uma ótima despedida para um dos atores que fizeram os melhores filmes da série.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.