domingo, 29 de junho de 2014

CRÍTICA - A CULPA É DAS ESTRELAS


Lançado em 2012, "A Culpa é das Estrelas" já se tornou um Best-Seller logo de cara e vem permanecendo a tempos na lista dos mais vendidos do Brasil. Obviamente que iria ganhar uma adaptação para as telonas, mas até que ela saiu mais rápido do que se imaginava. Com direção de Josh Boone ("Ligados Pelo Amor"), que recebeu apoio e supervisão de seu trabalho do próprio escritor do livro, John Green, resultou em uma verdadeira e ótima adaptação. Os roteiristas Michael H. Weber e Scott Neustadter (responsáveis pelo ótimo "500 Dias Com Ela") transporão para a película praticamente o livro todo, incluindo as falas, os olhares e gestos dos personagens.


Como protagonista, não poderiam ter escolhido a sempre ótima Shailene Woodley (que salvou a produção "Divergente" e arrasou em "Os Descendentes" como a filha de George Clooney), que vive a adolescente Hanzel que possui um câncer em estado terminal. Com as enormes insistências de sua mãe (Laura Dern, de "Jurassic Park"), ela passa a frequentar as reuniões de um grupo de apoio onde há outros adolescentes que possuem câncer. Em uma dessas reuniões, elas conhece Gus (Ansel Elgort, de "Divergente"), que sofreu da doença a um tempo atrás e resultou na amputação de uma de suas pernas. É então que notamos, que a garota que vivia somente trancada dentro de casa, que só lia o livro "Uma Aflição Imperial" diversas vezes e se tornou viciada em um reality show de dança, começou a ter um novo rumo na sua vida em decorrência de um novo sentimento na sua vida: o de vivenciar o seu primeiro amor.Apesar de terem vivido irmãos em "Divergente", Woodley e Elgort realizam um trabalho no qual notamos que não haveria outros atores tão perfeitos para exercerem tal função. A sequencia inicial entre os dois, onde eles trocam olhares na reunião chega a ser exatamente como está transcrita no livro. Graças a excelente transposição, a produção ficou bem mais divertida para quem já leu o mesmo (o que foi o meu caso e de muitos outros leitores que conheço). Mas claro como em qualquer adaptação houveram alguns cortes, mas nada que prejudicasse o andar da história.



Durante a película, vemos alguns coadjuvantes que tiveram grandes momentos com destaque para o excêntrico escritor Paul Van Houten, vivido por Willem Dafoe (o Duende Verde de "Homem-Aranha"). Outro que também consegue ter outros grandes momentos, mas é na verdade o grande alivio cômico da produção é Nat Wolff (que já trabalhou com o diretor antes em "Ligados Pelo Amor"), que vive o jovem cego Iscaac.




O trabalho de Boone ajudou e muito a reconhecermos todo esse trabalho, pois o mesmo soube dosar os momentos de comédia e drama. Como já esperamos, o ato final da produção consegue arrancar muitas lagrimas de grande maioria do público. Mas ao começar os créditos finais, notamos que aquelas lagrimas na verdade, demonstram que o real motivo da obra de John Green é nos apresentar o propósito de que não há porque de nos sentirmos tristes em momento algum de nossas vidas (mesmo cientes que estamos perto do fim). RECOMENDO!


NOTA: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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