domingo, 11 de agosto de 2013

CRÍTICA - O CONCURSO


Depois de "Tropa de Elite 2" ter marcado o cinema nacional em todos os sentidos, pois a produção não só marcava uma enorme crítica a sociedade atual do Brasil, mas também por se tratar de uma das maiores bilheterias do nosso cinema. Por incrível que pareça este foi só um pequeno pontinho preto no oceano, pois o publico brasileiro cada vez mais tem dado audiência a diversas comédias de qualidades duvidosas. Confesso que algumas são boas e até que engraçadas, como os recentes "E Ai, Comeu?" e "De Pernas Pro Ar", mas o recente filme que marca o retorno da parceria de Fabio Porchat e Dalton Melo, "O Concurso" não entra nessa minoria.


O filme conta a história dos únicos quatro estudantes de direito que são aprovados na primeira fase do concorrido concurso para juiz federal. São eles o malandro carioca Caio Madureira (Dalton Mello, de "Vai Que Da Certo"), o homossexual enrustido Rogério Carlos (Fabio Porchat, também de "Vai Que Da Certo"), um nerd da pequena cidade de Piraporinha, Bernado (Rodrigo Pandolfo) e o fanático religioso e futuro Pai de família, Freitas (Anderson Di Rizzi). Eles acabam se encontrando algumas horas antes da tão esperada prova e por coincidência do destino, acabam hospedados no mesmo hotel. Mas eles acabam descobrindo que Caio possui um contato na favela que tem o possível gabarito da prova. É então que o quarteto se mete nas maiores confusões para obterem as respostas. Até ai já pra sacar que os roteiristas Leonardo Levis e L.G. Tubaldini Jr. levaram como principal base a famosa comédia de sucesso "Se Beber Não Case!", e no decorrer da história já acabamos nos deparando com mais uma comédia clichê brasileira, na qual as atuações e piadas são completamente forçadas e tentam arrancar risos da minoria dos espectadores no cinema. 


Confesso que tiveram poucas cenas realmente engraçadas, como algumas caras e expressões que Porchat faz na cena do bar. Mas é também nesta sequência que surge um antigo "amor" de Bernado, a atiradora de facas Martinha Pinel (vivida pela apresentadora do "Panico na Tv", Sabrina Sato) que se demonstra uma mulher além de louca, uma completa ninfomaníaca. A atuação de Sabrina deixa completamente clara que ela copiou a excelente Jennifer Aniston em "Quero Matar Meu Chefe" (outra comédia de enorme sucesso), onde até seu visual lembra a atriz em diversas cenas. Enquanto Pandolfo lembra completamente o Stu de "Se Beber...". Já Dalton Mello parece um verdadeiro Vince Vaugh aqui (mesmo sendo irmão de Selton Mello), onde seu ritmo só está no mesmo de Porchat e não do resto do elenco.
Pela sua ideia inicial, a produção prometia abordar alguma crítica a sociedade atual, onde o presidente da comissão dos juízes da prova é um sócia de Joaquim Barbosa. Tentando assim, aproximar a produção ao povo brasileiro desta forma, mas o resultado se torna horrendo e transforma "O Concurso" em um dos piores filmes do ano.

NOTA: 3/10

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