segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

CRÍTICA - A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY


Ben Stiller já demonstrou que é um ator de qualidade e que acerta na maioria de suas produções (vide "Entrando Numa Fria" e "Antes Só do que Mal Casado"), mas quando ele erra, o mesmo costuma ser feio (como aconteceu em "Uma Noite no Museu 2"). Podemos dizer o mesmo quando ele também trabalha como diretor,pois em seu penúltimo filme "Trovão Tropical" ele apresentou um grandioso elenco e momentos memoráveis (e ainda rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator para Robert Downey Jr.). Depois de cinco anos afastado das câmeras, ele resolveu voltar com o até então misterioso "A Vida Secreta de Walter Mitty", cujo o roteiro é de Steve Conrad (que roteirizou "A Procura da Felicidade") com base no clássico "O Homem de 8 Vidas", de Norman Z. McLeod. Não sei ao certo se foi pra combinar com o titulo da produção, mas seus trailers e propagandas de divulgação foram bem esquisitos e misteriosos e não entregaram absolutamente nada da mesma, além do fato de tender a ser uma das melhores produções do ano.


Estranhezas a parte, fui conferir sua nova produção sem saber absolutamente nada e devo dizer, com honestidade, que a cada momento da mesma, eu percebi que ele demonstrou que vida é uma verdadeira caixinha de surpresas e que devemos tomar certas atitudes para que ela seja aberta e tenha graça. De fato, o filme tem alguns pontos de fantasia, mas que num contexto geral muitas pessoas conseguem se identificar com o personagem de Stiller, que vive o pacato revelador de fotos da revista "Life", Walter Mitty. Ele tem uma vida acanhada e com medo de tomar decisões e enfrentar seus medos. Mesmo assim, ele ainda é apaixonado pela colega de trabalho Cheryl (Kristen Wiig, indicada ao Oscar de melhor roteiro por "Missão Madrinha de Casamento") e tem medo de demonstrar isso a ela. Até que um dia, o novo chefe da empresa (Adam Scott, de "Quase Irmãos") eles são surpreendidos com a noticia de fechamento da mesma. Logo, eles recebem uma carta do famoso fotografo da revista Sean O'Connell (Sean Penn, de "Caça aos Gangsteres", em rápida aparição), que fala sobre seu único pedido e desejo da última capa da revista ser o fotograma 25 do último filme que ele mandará para a empresa. Só que detalhe: o mesmo não estava lá, fazendo Walter partir em uma viagem sem precedentes em busca do fotograma perdido.


Ao longo da viagem, somos brindados com lindas e belíssimas paisagens da Groenlândia e Indonésia. Isso sem contar com a ótima trilha sonora, que nos promovem um deleite aos olhos e ouvidos. As desventuras que ele passa durante a mesma, realmente divertem e se tornam bastante marcantes. Assim como as visões que se passam na mente de Mitty no começo da produção (que fazem claras referencias a "Trovão Tropical" e "O Curioso Caso de Benjamin Button"), cujo desejo de que elas fossem reais ali (a sequencia dele brincando com o chefe pelo Stretch Armstrong é fantástica).

No final das contas, vemos que "A Vida Secreta de Walter Mitty" é mais uma daquelas produções que nos fazem pensar que chega uma hora em nossas vidas, que o trabalho não é a única coisa importante, mas sim o viver a vida. E que atitudes simples ainda nos podem fazer grandes pessoas. Confesso, que no desfecho do filme, eu chorei, pois percebi que a nossa vida não é nada e se queremos algo, devemos lutar para consegui-lo, não importa o que seja. RECOMENDO!!

NOTA: 10,0/10,0

sábado, 21 de dezembro de 2013

CRÍTICA - COMO NÃO PERDER ESSA MULHER


Joseph Gordon-Levitt já demonstrou que tem talento desde jovem, como coadjuvante do clássico da "Sessão da Tarde", "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você". Mas ele alcançou de fato o estrelato com a produção "500 Dias com Ela", que não só se tornou Cult, como também uma das principais produções de romance na nova geração, pois apresentava o que realmente acontece quando entramos de cabeça em um namoro. Em seguida, vieram outras produções de grande renome em sua carreira, como "A Origem", "Looper - Assassinos do Futuro" e "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge". Depois de tanto sucesso, Levitt resolveu arriscar e além de atuar como o protagonista, ele é o diretor e roteirista de uma tipica "comédia romântica", que por aqui ganhou o péssimo titulo de "Como Não Perder Essa Mulher". Ta certo que o titulo é ruim, mas por incrível que pareça, o filme é bom!


Ele vive Jon, um cara que vive praticamente fora da realidade, pois só pensa em determinadas coisas que são seu corpo, apartamento, carro, família, igreja, amigos, mulheres e principalmente nos seus filmes pornos! Mas todos esses paradigmas adotados por ele terão que ser revisados com a chegada daquela que tende a ser a mulher da sua vida (Scarlett Johansson, de "Os Vingadores"). Mas o grande problema é que Jon é viciado em pornografia, e chega a se masturbar logo após suas relações sexuais, pois segundo ele é algo muito mais seguro e relaxante.


Nestes arcos, Levitt exerce uma divertida sátira as outras produções de romance, seja na trilha sonora clichê ou na sequencia do cinema (onde vemos um "filme" estrelado por Channing Tatum e Anne Hathaway), que demonstra de como esses gêneros estão se tornando cansativos e que principalmente as mulheres se iludem cada vez mais com esse tipo de filme, e acham que vai acontecer com elas tudo o que estão vendo.


A química entre a Johansson e Levitt não funciona muito, pois ela chega a segurar o riso na maioria das cenas em que ambos estão juntos (vide a conversa na cafeteria vista no trailer). Mas quando a grande Julianne Moore (que fez a mãe da Carrie, na refilmagem "Carrie - A Estranha, foto acima) entra em cena a produção começa a mudar o rumo, e sua química com Levitt realmente acaba funcionando, pois ela demonstra ser "melhor amiga/conselheira" dele. Já na família de Jon, temos o sumido Tony Danza, do seriado "Who's The Boss?", que vive o Pai deste, e demonstra ser como o filho. A mãe vivida por Glenne Headly (de "Dick Track") se demonstra como uma fanática religiosa e se preocupa com o futuro amoroso do filho. Ao contrário dos dois, a irmã de Jon (Brie Larson, de "Anjos da Lei") só fica mexendo com o Smartphone durante toda a película e a única fala que a atriz tem reflete por completo os acontecimentos da produção (e ela consegue roubar a cena!). Sem duvidas, no final das contas "Como Não Perder Essa Mulher" é uma boa dica pra se assistir sem compromisso.

Agradecimentos: Breno Alvarez.
Nota: 6,0/10,0


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Indicados e Possíveis Vendedores do Globo de Ouro 2014


Como muitos já sabem, um dos principais termômetros pra grande premiação do Oscar, é o Globo de Ouro. Saiu agora pouco a lista com os indicados, da premiação que irá ocorrer em 12 de janeiro, com apresentação das humoristas Tina Fey e Amy Poehler (foto ao lado). Como eu fiz no começo desse ano com os indicados aos Ocar, abaixo dos indicados, eu darei meus palpites do possíveis vencedores. Mas já deixarei claro, que eu não entendo muito de seriados, e por isso não irei comenta-los abaixo, mas se você quiser dar seus palpites, também fique a vontade.

Melhor filme (drama)
  • 12 Years a Slave
  • Capitão Phillips
  • Gravidade
  • Philomena
  • Rush - No Limite da Emoção
Melhor filme (musical / comédia)
  • Trapaça
  • Ela
  • Inside Llewyn Davis
  • Nebraska
  • O Lobo de Wall Street
Melhor ator (drama)
  • Chiwetel Ejiofor - 12 years a Slave
  • Idris Elba - Mandela: Long Walk to Freedom
  • Tom Hanks - Capitão Phillips
  • Matthew McConaughey - Dallas Buyers Club
  • Robert Redford - All is Lost
Melhor atriz (drama)
  • Cate Blanchett, Blue Jasmine
  • Sandra Bullock - Gravidade
  • Judy Dench, Philomena
  • Emma Thompson, Saving Mr. Banks
  • Kate Winslet, Labour Day
Melhor ator (musical / comédia)
  • Christian Bale - Trapaça
  • Bruce Dern - Nebraska
  • Leonardo Dicaprio - O Lobo de Wall Street
  • Oscar Isaac - Inside Llewyn Davis
  • Joaquin Phoenix - Ela
Melhor atriz (musical / comédia)
  • Amy Adams, Trapaça
  • Julie Delphy, Antes da Meia-Noite
  • Greta Gerwig, Frances Ha
  • Julia Louis-Dreyfus - À Procura do Amor
  • Meryl Streep, August Osage County
Melhor ator coadjuvante
  • Barkhad Abdi – Captain Phillips
  • Daniel Bruhl – Rush
  • Bradley Cooper – American Hustle
  • Michael Fassbender – 12 Years a Slave
  • Jared Leto – Dallas Buyers Club
Melhor atriz coadjuvante
  • Sally Hawkins, Blue Jasmine
  • Jennifer Lawrence, American Hustle
  • Lupita Nyong'o, 12 Years a Slave
  • Julia Roberts, August Osage County
  • June Squibb, Nebraska
Melhor diretor
  • Alfonso Cuaron - Gravidade
  • Paul Greengrass - Capitão Phillips
  • Steve McQueen - 12 Years a Slave
  • Alexander Payne - Nebraska
  • David O. Russell - Trapaça
Melhor roteiro
  • Spike Jonze - Ela
  • Bob Nelson - Nebraska
  • Jeff Pope Steve - Philomena
  • John Ridley - 12 Years a Slave
  • David O. Russell - Trapaça
Melhor filme em lingua estrangeira
  • Azul é a Cor Mais Quente (França)
  • The Great Beauty (Itália)
  • The Hunt (Dinamarca)
  • O Passado (Irã)
  • The Wind Rises (Japão)
Melhor longa animado
  • Os Croods
  • Meu Malvado Favorito 2
  • Frozen - Uma Aventura Congelante
Melhor trilha sonora original
  • All is Lost
  • Mandela: Long Walk to Freedom
  • Gavidade
  • A Menina que Roubava Livros
  • 12 Years a Slave
Melhor canção original
  • "Atlas" - Jogos Vorazes - Em Chamas
  • "Let it Go" - Frozen - Uma Aventura Congelante
  • "Ordinary Love" - Mandela: Long Walk to Freedom
  • "Please Mr Kennedy" - Inside Llewyn Davis
  • "Sweeter Than Fiction" - One Chance
Melhor série (drama)
  • Breaking Bad
  • The Good Wife
  • House of Cards
  • Masters of Sex
  • The Newsroom
Melhor atriz em série dramática
  • Tatiana Maslany - Orphan Black
  • Taylor Schilling - Orange is the New Black
  • Kerry Washington - Scandal
  • Robin Wright - House of Cards
  • Julianna Margulies - The Good Wife
Melhor ator em série dramática
  • Liev Schreiber, Ray Donovan
  • Bryan Cranston - Breaking Bad
  • Michael Sheen, Masters of Sex
  • Kevin Spacey, House of Cards
  • James Spader, The Blacklist
Melhor série (comédia / musical)
  • The Big Bang Theory
  • Brooklyn Nine-Nine
  • Girls
  • Modern Family
  • Parks and Recreation
Melhor atriz em série musical ou de humor
  • Zooey Deschanel - New Girl
  • Julia Louis-Dreyfus - Veep
  • Lena Dunham - Girls
  • Edie Falco - Nurse Jackie
  • Amy Poehler - Parks and Recreation
Melhor ator em série musical ou de humor
  • Jason Bateman - Arrested Development
  • Don Cheadle - House of Lies
  • Michael J. Fox - The Michael J. Fox SHow
  • Andy Samberg - Brooklyn Nine-Nine
  • Jim Parsons - The Big Bang Theory
Melhor minissérie ou telefilme
  • American Horror Story: Coven
  • Behind the Candelabra
  • Dancing on the Edge
  • Top of the Lake
  • White Queen
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
  • Hayden Panettiere - Nashville
  • Monica Potter - Parenthood
  • Janet McTeer - The White Queen
  • Jacqueline Bisset - Dancing on the Edge
  • Sofia Vergara - Modern Family
Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
  • Josh Charles - The Good Wife
  • Rob Lowe - Behind the Candelabra
  • Aaron Paul - Breaking Bad
  • Corey Stoll -House of Cards
  • Jon Voight -Ray Donovan
Melhor atriz em uma minissérie ou telefilme
  • Helena Bonham Carter - Burton and Taylor
  • Rebecca Ferguson - The White Queen
  • Jessica Lange - American Horror Story: Coven
  • Helen Mirren - Phil Spector
  • Elisabeth Moss - Top of the Lake
Melhor ator em uma minissérie ou telefilme
  • Matt Damon, Behind the Candelabra
  • Chiwetel Ejiofor, Dancing on the Edge
  • Idris Elba - Luther
  • Al Pacino, Phil Spector
  • Michael Douglas -Behind the Candelabra
Fonte dos Indicados: Omelete

Possíveis Vencedores:



Melhor Filme Drama: Gravidade - Depois de figurar na lista do "Imdb" (o maior banco de dados do cinema na internet), como o 70º melhor filme de todos os tempos, e nos apresentar um ótimo filme, que nos surpreende a cada sequencia, "Gravidade" tem tudo pra levar o principal premio da noite.

Melhor Diretor: Alfonso Cuaron, por Gravidade Cuaron exerceu um ótimo trabalho, no qual passamos por ótimos e memoráveis momentos de tensão, cuja abordagem não foca somente em uma homenagem ao cinema de ficção cientifica, mas também ao significado de nossas vidas. E claro, o excelente uso do 3D, que conseguiu ser um dos melhores nos últimos anos

Melhor Ator Drama: Matthew McConaughey, por Dallas Buyers Club - Esse conseguiu quebrar os paradigmas que lhe foram concedidos nos últimos anos, que era dele ser o "atorzinho das comédias românticas" para um dos atores mais respeitados, cuja qualidades das produções vem melhorando a cada tempo. Aqui no papel de um paciente com o virus da Aids, ele passou por uma mudança radical no seu corpo, que lhe fez obter uma magreza enorme (também é um dos pontos positivos que lhe tornam como favorito).

Melhor Atriz Drama: Sandra Bullock, por Gravidade - Sem duvidas, ela ganha novamente esse ano, pois ela simplesmente arrasou no filme e nos brindou com uma das melhores atuações da história do cinema, já que o 80% do filme é somente dela.

Melhor Filme Comédia ou Musical: A Trapaça 

Melhor Ator Comédia ou Musical: Leonardo Dicaprio, por O Lobo de Wall Street - Com certeza, esse será mais um premio de consolação, pois aqui ele interpreta um personagem muito similar a outros que ele já interpretou na sua carreira: um rico, que é bastante sábio, cuja lábia consegue passar a perna nos outros e conquistas as mais diversas mulheres.

Melhor Atriz Comédia ou Musical: Amy Adams, por Trapaça - Assim como DiCaprio, o premio vai mais pela carreira dela, do que pela sua atuação especificamente nesse filme, já que quase todo ano ela concorreu e nunca ganhou nada (mesmo com várias atuações excelentes).

Melhor Ator Coadjuvante: Michael Fassbender, por 12 Years a Slave - Já faz algum tempo que Fassbender vem se destacando no cinema, como um ator diversificado, pois ele conseguiu o ápice em sua carreira no papel do jovem Magneto, em "X-Men Primeira Classe", e desde então tem pego diversos personagens controversos, cuja atuação dele sempre vem sendo um show cada vez maior (um mero exemplo é o filme "Shame").

Melhor Roteiro: John Ridley, por 12 Years a Slave

Melhor Filme Estrangeiro: Azul é a Cor Mais Quente (França) - A produção aborda de uma forma aberta e polemica um tema que atualmente é muito discutido e tratado com preconceito por algumas pessoas na sociedade atualmente, que é o homossexualismo. Durante as suas três horas de duração o diretor prova que não existem fronteiras quando você ama de verdade alguém.

Melhor Longa Animado: Meu Malvado Favorito 2Sem duvidas, a animação conseguiu ser um dos maiores sucessos desse ano e se tornou um meme mundial. Divertido e com um humor inteligente, "Meu Malvado Favorito 2" tem vários momentos e personagens divertidos, que sem duvidas, já garante a sua vitória.

Melhor Trilha Sonora Original: Gravidade - Um dos pontos altos da produção foi de fato a sua trilha sonora assinada por Steven Prince (da trilogia ""O Senhor dos Anéis"), cujas melodias nos ajudaram a nos prender na aventura espacial da Dra. Ryan Stone (Bullock).

Melhor Canção Original: "Please Mr Kennedy", de Inside Llewyn Davis - Bom, como a produção é dos irmãos Cohen e um dos maiores ídolos pop's do momento, Justin Timberlake, foi um dos compositores e além disso é um dos protagonistas da produção, não tem porque não levar. Mas claro, que a canção "Let it Go", de "Frozen - Uma Aventura Congelante", também é outro forte concorrente, já que é uma produção Disney (que vem ganhando na categoria inúmeras vezes).

Melhor Atriz Coadjuvante: 
Sally Hawkins, por Blue Jasmine

domingo, 17 de novembro de 2013

CRÍTICA - OS SUSPEITOS


Há muito tempo (não tenho nenhuma noção ao certo), que fui ao cinema e um filme me prendia de verdade. Pela primeira vez em muitos anos, eu tive era a mera sensação de que era somente eu e a película "Os Suspeitos" na sala. Dirigida por Denis Villeneuve (de "Incendios"), a produção nos apresenta um assunto um tanto polemico e que muitos Pais temem que isso aconteça um dia com eles: o desaparecimento de seus filhos pequenos. Aqui os Pais são vividos pelos ótimos Hugh Jackman (o eterno Wolverine, no melhor papel de sua carreira, sem duvidas) e Maria Bello ("Gente Grande"), juntamente com Terrence Howard ("Homem de Ferro") e Viola Davis ("Histórias Cruzadas"). De todos os mencionados, com certeza, o Oscar irá indicar Hugh Jackman para Melhor Ator e Terrence Howard para coadjuvante. E sem duvidas, a produção dará as caras na categoria de melhor filme.


A produção tem inicio com Keller (Jackman) caçando com seu filho na floresta e se mostrando um homem completamente religioso e correto. Logo, eles vão degustar do animal caçado na casa do seu amigo e vizinho Franklin (Howard), juntamente com a família de ambos. Mas de repente, Keller sente a falta de sua filha, assim como Franklin, o que causa uma enorme busca por ambas. Então, o filho daquele menciona que elas estavam brincando perto de um trailer estacionado, o que leva a crer que elas foram sequestradas pelo proprietário dele. É ai, que acionado pela policia, o detetive Loki (Jake Gyllenhaal, de "Amor e Outras Drogas"), que em poucos minutos se depara com o principal suspeito, o autista Alex (Paul Dano, de "Show de Vizinha"). Levado em seguida até a delegacia, ele é liberado mais tarde, pois é alegado seu retardo mental não tem condição alguma de realizar esse ato. Irado, pois ele acha que o detetive praticamente, "esnobou" o caso, Keller decide fazer justiça com as próprias mãos e sequestra Alex, o prende em um banheiro, e diz que ele ira sair somente quando dizer onde estão as duas meninas. Enquanto isso, a cada passo nas investigações, Loki vai descobrindo diversas coisas inacreditáveis.


Sem duvidas, um excelente trabalho do diretor canadense Villeneuve, que conseguiu fazer nós sentirmos uma verdadeira agonia que estavam passando os pais das garotas, durante a produção toda, até o último segundo! Diferente de Howard, ao longo da produção o personagem de Jackman vai se transformando em alguém completamente violento e sem dó do garoto (chega a certo ponto da produção, que chegamos a sentir pena de Alex e raiva de Keller) e o tortura de formas inexplicáveis. Seu oposto, Gyllenhaal, deixa de lado a imagem de "galã canastrão" e dá outro show, assim como Melissa Leo (que ganhou o Oscar recentemente com "O Vencedor"), que vive a Tia de Alex. Mas chega de falar do elenco, vamos falar do resto da produção: de fato, ela lembra um pouco a tensão de "O Silencio dos Inocentes" e "Seven", e que com honestidade, vem sumindo cada vez mais no cinema (pois o publico está cada vez mais preferindo conferir "Crepúsculos" e "Vingadores" da vida...). Mas o lado positivo da produção, é que em momento algum nós encontramos alguns erros gritantes, ou furo no roteiro de Aaron Guzikowski, que nos tire do trilho e da tensão psicológica e perturbadora de "Os Suspeitos", e que além disso, resgata a verdadeira intensão do que é o cinema de verdade. RECOMENDO!!

NOTA: 10,0/10,0


domingo, 10 de novembro de 2013

CRÍTICA - MACHETE MATA


Em 2007, foi lançada a produção "GrindHouse", no qual contia dois filmes do genero terror trash (esta expressão pra quem não sabe, significa que são filmes que desde o começo de sua produção, todos os envolvidos estão cientes que aquele material é ruim e completamente tosco, mas eles não tem vergonha de deixar isso ciente). Neste, contia alguns trailers falsos, e um deles "Machete", acabou ganhando de fato um filme, sendo o famoso coadjuvante mexicano Danny Trejo (da série "Pequenos Espiões), como o personagem titulo e que foi o seu primeiro papel como protagonista (depois de ter estrelado quase 200 filmes e nunca ter pegado um papel deste estilo). Pra se ter uma noção de quanto o filme é sem noção, ele é feio como um ogro e mesmo assim, consegue se envolver sexualmente com ninguém menos que a Jessica Alba (de "Quarteto Fantastico"), Michelle Rodriguez (da série "Velozes e Furiosos") e a polemica Lindsay Lohan (de "Todo Mundo em Pânico 5"). Já o vilão foi vivido por Steven Segal (o primeiro de sua carreira).


Pegando um pouco a carona do primeiro, "Machete Mata", praticamente pega carona no desfecho daquele, quando ele começa a namorar a agente Sartana (Alba) e se oficializa como um agente também. Mas em uma missão de rotina, ela acaba "sabendo demais" e é morta por uma pessoa mascarada. Então ao avista-la, Machete percebe que está passando pelo mesma situação novamente (já que no primeiro sua esposa foi morta pelo Segal). É então que mais tarde, ele recebe uma chamada urgente do Presidente dos Estados Unidos (ninguém menos que Charlie Sheen, de "Two And A Half Men", que rouba a cena e transpõe o seu personagem pessoal em uma das mais importantes figuras dos Eua), que está ciente de sua situação e lhe promove um trabalho que o fara caçar o perigoso Luthor Voz (Mel Gibson, em sua estreia como vilão), que planeja controlar a humanidade com novas espécies de armas nucleares, e que também foi o responsável pela morte de Sartana . Logo, ele lhe promove para Machete como um pagamento inicial o visto oficial de cidadão americano. Ele logo aceita a missão, só que não esperava encontrar em seu caminho vários assassinos de alugueis, pois os capangas e Voz estão cientes das intensões deste e por isso ofereceram milhões pela sua cabeça.


Confesso, que fazia tempo que não via algo tão tosco desde "Todo Mundo em Pânico 5", pois aqui são tantas situações constrangedoras e ridículas que acabam transformando a produção em um estranho filme de comédia, como a personagem de Sofia Vergara, que possui um bordel e é uma assassina profissional que possui os mais loucos tipos de armas. Ou pior ainda o personagem El Camaleón que é um mestre do disfarce e por isso a cada assassinato ou chacina muda a mesma! (primeiro ele é o Walton Goggins de "Django Livre", depois ele vira o Cuba Gooding Jr., e absurdamente se transforma na Lady Gaga! (essa ta parecendo mais um robô que uma atriz!) E por último no Antonio Banderas (é o que menos aparece em tela dos quatro, mas consegue roubar a cena)). Já o vilão vivido por Mel Gibson ta bacana, pois o ator está com uma completa feição de "que merda eu to fazendo aqui? Mas como a festa ta boa, eu vou ficar!" e isso ajudou um pouco na produção (que venha sua segunda empreitada como vilão em "Os Mercenários 3"). Aqui o interesse amoroso de Machete é vivido por Amber Head (a ex namorada de Johnny Deep e que fez "Fúria Sobre Rodas", como Nicolas Cage), que é uma agente secreta disfarçada de modelo. Não posso deixar de mencionar que quem também está no elenco e que está linda de doer é Alexa Vega (quem tem na faixa dos 20, 25 anos, lembra muito bem dela, nos filmes da série "Pequenos Espiões", que fizeram muito sucesso há dez anos. Mas pra quem não sabe, ela é a última da direita da foto abaixo) que interpreta uma garotas do bordel de Vergara, falando em nela, ela consegue ter um papel legal no filme, mas nada memorável. Sua filha aqui é vivida por Vanessa Hudgens (de "High School Musical"), que tá de novo no automático (mas por sorte tem menos de seis minutos em tela).


Só por essa descrição já deu pra notar que "Machete Mata" é um daqueles filmes ruins, que só tem elenco pra poder esconder o péssimo roteiro. Isso é fato, pois o primeiro foi muito melhor, já este deixou a desejar. Infelizmente devido ao fracasso da produção mundo a fora (em seu primeiro final de semana, a produção ficou em sétimo lugar e com péssimas críticas), o final da trilogia "Machete Mata no Espaço" (sendo que o trailer deste é apresentado duas vezes na produção, uma antes dela começar e outra antes dos créditos finais, pra ver como eles estão desesperados por um "up" dos fãs) dificilmente dará as caras nas telonas tão cedo, ou talvez nunca. 

Obs: O FILME NÃO TEM PREVISÃO DE ESTREIA NO BRASIL.

Nota: 3,5/ 10,0


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CRÍTICA - KICK ASS 2


Confesso que sou fã do primeiro filme, pois trata-se de ser o primeiro filme a abordar a temática de um fã de super-heróis, que decide se tornar um mesmo. Só que detalhe: ele não possui super poderes algum, a não ser o fato de ser um nerd, que sofre bullying na escola, não faz sucesso com as garotas e possui somente dois amigos (que são parecidos com ele). Mas quando ele se torna um, usa o codinome de "Kick-Ass", e transforma completamente sua vida pessoal, de formas positivas e negativas (como acontecem com os super-heróis de fato). O primeiro filme só tinha um nome conhecido pelo grande publico, que era o de Nicolas Cage (de "O Resgate"), mas graças a fama de Cult que o mesmo criou, o trio principal composto por Aaron Johnson (de "Selvagens"), Chloe Grace Moretz (de "Dexe-me Entrar") e Christopher Mintz-Plasse (que já era conhecido por viver o nerd McLovin em "Superbad É Hoje") conseguiram alcançar a fama e o reconhecimento de seus talentos, fazendo-os estrelarem outros filmes de renome (no caso de Aaron, ele estará no próximo filme de "Os Vingadores"). Já no segundo filme, eles chamaram somente um ator de renome, que é ninguém menos que um de meus atores favoritos: Jim Carrey (sendo novamente o único ator de renome na série, e aqui está irreconhecível, como mostra a foto abaixo).


A sequencia tem inicio praticamente logo após onde terminou o primeiro, com Mindy (Moretz), indo morar com o melhor amigo de seu Pai, o detetive Marcus (Morris Chestnut, de "Treinando o Papai"). Mas ela ainda se encontra com seu amigo e companheiro Dave (Johnson), que juntamente com ela usando seus codinomes de Hit-Girl e Kick-Ass, respectivamente, venceram o vilão do primeiro filme. É então que um dia, este descobre que outras pessoas também se vestem de super-heróis e combatem o crime durante a noite. Logo, ele decide se vestir novamente de Kick-Ass e acaba sendo convidado pelo Coronel Estrelas e Listras (Carrey), para participar da legião "Justiça Para Sempre", que foi criado com o principal propósito de combater o crime e ajudar aos necessitados. Ao mesmo tempo, o Pai do vilão derrotado por Hit-Girl e Kick-Ass, Chris D'Amico (Mintz-Plasse), começa a criar a sua própria legião com super-vilões, cujo o principal propósito além de causar o caus, é derrotar o grupo da "Justiça Para Sempre", assim como Hit-Girl e Kick-Ass. Só que agora, ele se rebatizou seu codinome de Red Mist para The Motherfucker (que em tradução literal significa "fode mãe").


A produção conseguiu o mais dificil, que é ser bem melhor que a original. Mas ela acima de tudo, ela se tornou bem mais "nerd" do que aquela, pois abrangeu diversas referencias aos universos das HQs de "Homem-Aranha", "Batman" e inclusive "Os Vingadores". Nerds (como eu), as reconhecerão com uma enorme facilidade ao decorrer da trama (sendo que na breve sinopse acima da para sacar algumas). Agora, o que a maioria estava curiosa para ver, era a participação de Jim Carrey na trama, mas já vou dizendo que eu esperava mais tempo dele em tela, pois a produção possui cerca de 100 minutos, e ele só aparece em apenas dez! Mas mesmo assim, sua interpretação está ótima, e está claro que ele utilizou novamente os seus dons de improvisação para reproduzir o papel. Sua química com Johnson e com os outros membros da Justiça está super divertida. E falando neste, sua nova namorada aqui, é uma integrante do grupo que é conhecida como Night Bitch (em tradução literal, "puta da noite"), que é vivida por Lindy Booth (de "Madrugada dos Mortos"), possuem uma química divertida e pertinente ao enredo. Mas devo dizer, que em "Kick-Ass 2", os amigos de Dave, vividos por Clark Duke (de "Sex Drive - Rumo Ao Sexo") e Augustus Prew (de "A Morte e a Vida de Charlie"), ganham um destaque maior, já que ambos também decidem se tornarem super-heróis.


Quem também deu um clima bem legal a produção e a transformou em praticamente em um "movie-comics" (vale lembrar que "Kick-Ass", é na verdade um gibi escrito por Mark Millar e John Romita Jr., mas não teve muita repercussão no Brasil), foi o diretor e roteirista Jeff Wadlow (de "Quebrando Regras"), que aqui conseguiu seguir a mesma linha de Matthew Vaughn (que aqui está somente como produtor, juntamente com o ator Brad Pitt) no primeiro filme. Mas diferente daquele, o roteiro nos propõe diversas situações que nos fazem ter raiva, emoção e alegria. Claro, que assim como o primeiro filme, este também é bem violento, mas nada comparado aos filmes de Tarantino, Stallone e cia, para o ator Jim Carrey decidir fazer a declaração sobre a violência do filme, a cerca de cinco meses atrás (que segundo ele, foi o principal motivo dele se recusar a promover o filme). Mas já vou deixar uma coisa bem clara aqui: "Kick-Ass 2", é feito para quem gostou do primeiro filme e se considera nerd, pois o filme foi feito para quem se encaixa nesses padrões, caso o contrario evite (como eu me encaixo nesses padrões, eu amei a produção).

NOTA: 9,0/10,0

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CRÍTICA - A INVOCAÇÃO DO MAL


Não me lembro ao certo do último filme de terror que conferi nas telonas. Pelo que me lembre, deve ter sido "Arrate-me Para O Inferno" (um dos melhores que já vi) ou "O Último Exorcismo" (um dos piores). Desde então, dei uma pausa de conferir o gênero nas telonas, pois normalmente o público que vai conferir esse tipo de filme, normalmente transforma a sala em uma verdadeira feira, com direito a conversas em voz alta, luzes fortes do celular, gritos e risos (esse último as vezes chega a ser desconcentrante, mas é aceitável). Então, devido a insistência de alguns amigos e leitores do blog, quebrei esse paradigma e fui conferir o novo filme do diretor James Wong (de "Jogos Mortais" e "Sobrenatural"), "A Invocação do Mal". Infelizmente, peguei uma sessão dublada (o que já previ que seria um pouco prejudicial para a apreciação da película), justamente em um dia de desconto do cinema (bom, agora piorou). Mas quando o filme começou, vi que estava enganado: o filme consegue ser um dos melhores e mais divertidos do ano. A narrativa do mesmo transpõe uma homenagem aos clássicos do cinema de horror como "O Exorcista", "Carrie - A Estranha" e "Os Pássaros".


"A Invocação do Mal" trata-se da história verídica do casal Warren (vividos pelos ótimos aqui Vera Farmiga, de "Os Infiltrados" e Patrick Wilson de "Sobrenatural", foto acima), que investigam diversos casos paranormais que acontecem, e posteriormente fazem palestras em várias universidades de lá, onde abordam as resoluções dos mesmos. Mas o filme foca apenas no caso mais paranormal e difícil da carreira deles, que foi da família Perron, cuja casa foi adquirida no leilão do banco, mas ela fica justamente no meio do nada! (clichês do gênero a parte...). Lá acontecimentos paranormais começam a acontecer com a família, principalmente com a mãe da mesma (Lili Taylor, de "Inimigos Públicos"), que acabou sendo possuída por uma forma maligna indescritível. De todo o pessoal do elenco, que mandou bem no quesito de atuação foi Taylor, pois a atriz conseguiu se demonstrar uma mãe carinhosa ao mesmo tempo que uma mulher possuída. Já Wilson e Farmiga apresentam uma química tão boa que parecem que são um casal fora das telas.


Em grande parte de "A Invocação do Mal", 90% da sala gritava com os sustos e com os famosos "baques" em algumas sequencias. Mas isso tudo aconteceu graças ao ótimo trabalho de Wan, que realizou um jogo de câmeras fabuloso, que nos coloca no ponto de visão de vários cantos da casa, sem deixar de acompanhar o movimento dos atores durante as cenas de suspense. Sendo assim, nós acabamos sendo os olhos e ouvidos dos mesmos, já que a trilha sonora opta por possuir musicas clássicas de outras produções de terror. Tudo fica mais realista a partir do momento que a fotografia da produção vai mudando a tonalidade conforme está o clima mostrado em cena, como por exemplo, se está muito tenso, ela fica pálida, agora se está tranquilo, ela fica completamente normal. Ao final das contas, "A Invocação do Mal", fez o que "Arraste-me Para O Inferno" fez em 2009: uma divertida homenagem ao horror no cinema. RECOMENDO!

NOTA:  9,5/10,0