sábado, 27 de fevereiro de 2016

PRESSÁGIOS DE UM CRIME


Afonso Poyart é um diretor que nasceu e cresceu no Brasil, mais precisamente na minha cidade, Santos. Fez um filme em nossas terras, e foi lançado em 2012 batizado de "2 Coelhos". A produção era boa, fugia completamente dos padrões nacionais clichês e foi suficiente para a galera do exterior reconhecer a qualidade de seus trabalhos (enquanto por aqui, o filme basicamente passou em braco). Então sua segunda pelicula foi logo um longa nos Eua, estrelado por ninguém menos que dois grandes nomes de lá: Anthony Hopkins (o eterno Haniball Lecter, de "O Silencio dos Inocentes) e Colin Farell ("O Vingador do Futuro").
O enredo mostra o primeiro como um médium John Clancy, que ficou recluso por dois anos, desde o falecimento de sua filha. Então ele é chamado pela dupla de agentes do FBI, Joe (Jeffrey Dean Morgan, de "Watchmen - O Filme") e Katherine (Abbie Cornish, de "Sem Limites") para ajudar no desvendamento de uma complicada série de assassinatos. Mas a medida que ele vai investigando os crimes, denota que tudo é mais complexo do que eles imaginavam, pois o principal suspeito (Farell) possui as mesmas habilidades de John. 


Não consigo imaginar outro nome no cinema pra dirigir essa história de uma forma tão diferente e envolvente, como Poyart fez. O brasuca não parava a câmera em um segundo do filme sequer, até mesmo em sequencias onde os personagens estavam parados comendo, fazendo o thriller psicológico ficar cada vez mais tenso. Os breves closes que mostravam as visões de John só deixaram a trama mais ainda envolvente e nos prendiam cada vez mais, pois lançava uma sensação de duvida se aquilo mesmo iria acontecer ou até mesmo "que diabos eu to vendo". Hopkins convence no papel do médium, e sua química com a dupla de agentes vividos por Morgan e Cornish, realmente funciona (sendo que com a segunda, é um dos pontos altos do filme). Já Farell aparece mesmo só na metade do filme (porque antes ele aparece brevemente nas visões de John), mas ele também está convincente no papel de vilão.


"Presságios de um Crime" é sem duvidas mais um exemplar de que o cinema nacional possui bons nomes no ramo cinematografia, que quando mesclados com os estadunidenses em doses certas, funciona. O filme é um ótimo suspense psicológico que prende durante toda sua projeção e tende a um dos muitos projetos de Poyart na terra do Tio Sam. RECOMENDO!

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 8,5/10,0

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

SOBRE O OSCAR 2016


Em 28 de fevereiro, ocorrerá a 88ª edição do Oscar. Até o momento a mesma vem sido uma das edições mais polemicas da história, pois pelo segundo ano consecutivo não houveram indicações a atores negros. Juntamente em um ano onde tiveram ótimas atuações de Michael B. Jordan em "Creed" e de Samuel L. Jackson em "Os Oito Odiados". Muitos atores decidiram não ir a cerimonia e usar as redes sociais e a mídia para esclarecer que o motivo é justamente este. Tanto que a diretora da Academia, Cheryl Boone Isaacs declarou que já foram tomadas diversas medidas para nas próximas edições isso não acontecer mais. Dentre elas, o número de indicados a atuação passará para oito atores e o número de filmes indicados na categoria principal será definitivamente dez (porque antes, um filme tinha que ter no minimo 5% de aprovação dos votantes para figurar na lista).
Polemicas a parte, eis a minha breve analise da lista de indicados deste ano:

obs: Nomes em vermelho, são meus palpites para o vencedor da noite.

Melhor Filme: Este ano os indicados na categoria estão divididos entre blockbusters ("Mad Max: Estrada da Fúria", "Perdido em Marte" e "O Regresso"), dramas inspirados em fatos reais ("Ponte dos Espiões", "A Grande Aposta" (que pode ser considerado brevemente como comédia) e "Spotlight - Segredos Revelados") e adaptações de livros ("O Quarto de Jack" e "Brooklin"). Honestamente, neste ano todas as produções são realmente de ótima qualidade. Claro, houveram alguns injustiçados que deveriam ter muito bem ocupar as outras duas vagas como "Creed - Nascido Para Lutar", 'Carol", "Os Oito Odiados" e até mesmo o filme da Netflix "Beasts of no Nation" (que ta fazendo muito sucesso em outras premiações). 

-Mad Max: Estrada da Fúria: A produção foi extremamente demorada (afinal, foi filmada em um deserto, onde para chegar no local só de avião) e tudo que foi mostrado ali, foi realmente construído e os efeitos por computação foram utilizados somente quando necessários e não em exaustão. Além do fato de servir como uma "homenagem" as produções do gênero de ação dos anos 70, 80. Ganhou algumas premiações importantes, fazendo assim ter alguma chance em vencer nesta categoria.
-O Regresso: Alejandro G. Iñárritu mitou ano passado com seu "Birdman", onde levou os Oscars de Filme, Direção e Roteiro Original. Como o Globo de Ouro deu nada pra ele, neste ano "O Regresso" levou justamente nas categorias de Filme Drama, Diretor e Ator. Foi realmente muito bem feito e tão difícil de ser realizado quanto "Mad Max". Também possui grandes chances de levar e seria uma coisa bacana ver Alejandro levando o Oscar pelo segundo ano consecutivo. Mas para os padrões da Academia, isso é realmente difícil.
-O Quarto de Jack: É um filme onde aborda e muito a relação do amor materno e é uma película onde se destaca muito mais as suas atuações, do que o enredo em si. Mesmo possuindo uma premissa original e interessante, a produção dificilmente ganhará nesta categoria.
-Spotlight: Segredos Revelados: Aqui temos uma obra crítica, onde o alvo são as Igrejas católicas que encobriam os casos de pedofilia do mundo. Só que tudo isso foi descoberto por uma equipe de jornalistas investigativos de um jornal de Boston, onde é o enfoque da produção. Chamou bastante atenção quando foi lançado no festival de Toronto. Mas creio eu que não leva também.
-A Grande Aposta: Até agora é o principal favorito, pois venceu o premio do PGA (Producers Guild Award), onde 70% dos votantes são os mesmos do Oscar e nos últimos anos esta premiação vem batido com os vencedores. Então dificilmente este ano poderão quebrar este padrão (bom, como é um "ano de mudanças" na Academia, talvez...).
-Ponte dos Espiões: É um dos mais fracos e esquecíveis filmes de Steven Spielberg, que repete a parceria com o amigo Tom Hanks. Não nego que o filme seja péssimo, muito pelo contrário ele é ótimo. Mas não será desta vez que Spielberg vai ganhar seu quarto Oscar.
-Perdido em Marte: Premiada com a "Melhor Comédia" de 2015, pelo Globo de Ouro, o novo de Ridley Scott é minha película favorita dentre os indicados. Quando foi lançado, era mencionado como um dos principais vencedores na categoria filme e direção. Nesta última ele acabou não sendo indicado e em outras premiações o filme tem passado em branco. Se levar, com toda certeza que irei ovacionar em casa!
-Brooklin: Esta é a verdadeira zebrinha do ano. Basicamente é uma história de amor adolescente na época da segunda guerra. É a produção mais fraca das oito e impossível dela ganhar na categoria.

Melhor Diretor: Neste ano temos dois grandes destaques na categoria que são Alejandro G. Iñárritu ("O Regresso") e George Miller ("Mad Max"). Ambos passaram maus bocados para gravarem seus filmes e enfrentaram condições extremamente precárias, como frio e calor, respectivamente. Ta difícil achar um candidato favorito, pois ambos tão ganhando de forma "intercalada" os prêmios. Mas meu favorito sem duvidas é George Miller, pois seu "Mad Max" foi uma verdadeira aula de filmes de ação para os Michael Bay da vida.

-Alejandro G. Iñárritu ("O Regresso"): Enfrentou temperaturas baixas, optou por utilizar a luz do dia nas filmagens e mais de diversas outras doideiras, as quais ele demorou quase oito meses pra terminar o seu filme. Forte candidato, mas já ganhou ano passado.
-George Miller ("Mad Max: Estrada da Fúria"): Mesma situação do Alejandro, enfrentou maus bucados pra fazer o filme (incluindo as contantes tretas entre Tom Hardy e Charlize Theron) e no final das contas foi considerado por muitos como um dos melhores blockbusters do ano e da história. Se ganhar vai se mais do que merecido.
-Adam McKay ("A Grande Aposta"): Ele já fez o impossível de pegar a crise econômica de 2008, que é um assunto extremamente chato de se abordar no cinema, e transformar em uma comédia onde o público leigo no assunto, chegou a compreender boa parte da produção e acabou recebendo uma das melhores aprovações do ano passado. Mas isso não significa que ele vai vencer. 
-Lenny Abrahamson ("O Quarto de Jack"): Infelizmente é a zebrinha da categoria. Uma pena, pois em seu trabalho, ele se precaveu em transformar uma trama extremamente pesada em uma narrativa "leve", pois tudo tava sendo narrado por uma criança de cinco anos. Além dos momentos de tensão que ele proporciona quase na metade do filme. Aquilo ali não é todo diretor que consegue fazer.
-Tom McCarthy ("Spotlight - Segredos Revelados"): Depois de dirigir o ótimo "O Viajante" e se perder na direção com "Trocando os Pés", McCarthy (que também atuou em filmes como "2012"). Com "Spotlight", ele conseguiu mostrar que é um forte candidato a direção, pois ele nos apresentou um tema polemico, sem "exagerar" na dose e ainda conseguiu tirar ótimas atuações de seu grande elenco (o que muitos diretores não conseguem).

Melhor Ator: Essa é a categoria mais comentada e popular deste ano, pois é provavelmente que Leonardo DiCaprio ganhe seu primeiro Oscar, depois de anos e anos perdendo como o Corinthians perdia a Libertadores. Nesta atuação, o ator não tinha muitas falas e realmente incorporou o personagem. Apesar de que não só ele, como todos os outros candidatos tiveram ótimas atuações e se esforçarão para estar dentre os indicados.

-Leonardo DiCaprio ("O Regresso"): Já ganhou e se não ganhar é a Lady Gaga liderando a zoeira pra ele este ano. Lembrando que ela também é uma das favoritas ao premio, mas na categoria de canção.
-Matt Damon ("Perdido em Marte"): A primeira estatueta de Damon foi como roteirista de "O Gênio Indomável", em 1998. Já como ator ele nunca chegou a ganhar e esta é sua terceira indicação. Esta foi uma de suas melhores atuações na carreira, pois ele literalmente "segurou" grande parte do filme sozinho e aos poucos fez o publico tomar uma enorme simpatia pelo astronauta, comedor de batatas, que estava em Marte.
-Michael Fassbender ("Steve Jobs"): Este já incorporou tanto Jobs, que leu o roteiro todo dia três vezes e pesquisava através de videos os gestos e expressões do falecido empresário. Foi um papel difícil, pois a película foi repleta de diálogos, sendo que a maioria era só dele. 
-Eddie Redmayne ("A Garota Dinamarquesa"): Venceu nesta categoria ano passado e na mesma época soltaram algumas informações deste filme que ele estava ainda filmando. Na mesma hora a indicação já era prevista, pois ele vive o primeiro homem a realizar o procedimento de mudança de sexo na história. Foi um personagem bastante difícil de ser interpretado, devido a toda sua tragetória. A indicação ta mais do que merecida.
-Bryan Cranston ("Trumbo"): Este ator já demonstrou ser um dos grandes nomes de Hollywood e nunca havia sido indicado ao Oscar antes (mesmo tendo ganho todos os outros prêmios, só que voltados para televisão). Bastou fazer uma trama que abordasse o cinema e aos roteiristas, que o Oscar o consagrou. Não vi o filme ainda e por isso não posso ir mais afundo na análise de sua participação.

Melhor Atriz: Assim como ator, esta categoria já está basicamente decidida. Só que Brie Larson é basicamente o  único forte nome que há na categoria. Há alguns que dizem que Charlotte Rampeling possa levar mais em consideração pela carreira dela em todos esses anos, mas eu acho difícil. Jennifer Lawrence agora ocupou o posto da adorada Meryl Streep e possui sua quarta participação seguida dentre as indicadas, com uma vitoria apenas em 2013.

-Brie Larson ("O Quarto de Jack"): começou fazendo filmes pequenos e em comédias. Bastou ela embarcar em seu primeiro drama, que o público e a crítica se impressionou bastante com seu trabalho. Todas as neuras de uma pessoa que ficou aprisionada em um quarto, por um psicopata durante sete anos, são otimamente transpostos por ela. Além do fato de ela ter uma ótima química e entrosamento com o ator que vive seu filho.
-Jennifer Lawrence ("Joy: O Nome do Sucesso"): Repetindo sua parceria com David O. Russell, depois de lhe dar o Oscar por "O Lado Bom da Vida" e mais uma indicação por "Trapaça. Aqui ela faz um papel pelo qual podemos ver em qualquer novela da Globo ou afins. Não tem nada de inovador ou marcante que possa coloca-la aqui, a não ser marketing puro da Academia.
-Cate Blanchett ("Carol"): Ela já havia chamado atenção por este filme em Cannes, e de fato ela tá ótima no papel de uma mulher que luta para viver um amor homossexual, em uma época onde estas coisas não eram comuns, como também difíceis de serem divulgadas para as pessoas (meados da década de 50).
-Saroise Ronan ("Brookyln"): Outra atriz que não consigo entender o que ela ta fazendo dentre as indicadas. É a segunda da atriz, que recebeu há primeira em 2008 por "Desejo e Reparação". Aqui ela vive uma adolescente que ta passando por uma muitas coisas, que garotas passam quando se tocam que vão virar adultas. Outra atuação e papel comum na mídia hoje em dia.
-Charlotte Rampeling ("45 Years"): Esta é uma atriz veterana, pelo qual ainda não foi reconhecida pela academia. Aqui seu trabalho não é dos melhores, mas também não é justificativa para premia-la neste ano.

Melhor Ator Coajuvante: Mais uma em que temos um candidato certeiro e este é Sylvester Stallone. Dificilmente eu acreditei que veria esse dia, pois suas produções não são voltadas a Oscars (muito menos para outros prêmios que se referem a "ótima qualidade"). Quanto aos outros, temos alguns nomes de peso como os Marks, Ruffalo e Raylance. Já Christian Bale chega a roubar algumas cenas, mas de todas as suas indicações esta é a sua interpretação mais fraca. Quanto a Tom Hardy, não recebeu uma indicação por "Mad Max", mas por "O Regresso", em que vive o vilão da trama. Mas quem não conhece os nomes dos atores, a primeira coisa que vem a cabeça ao ver os indicados a ator coadjuvante em uma foto é "Batman x Mad Max x Rocky Balboa x Hulk". 

-Christian Bale ("A Grande Aposta"): Em sua terceira indicação ao Oscar, levou a primeira por "O Vencedor", em 2011. Ele ta ótimo no papel e chega a ter momentos engraçados na produção. Mas nenhum que o faça vencer novamente o Oscar. 
-Mark Ruffalo ("Spotlight - Segredos Revelados"): Ficou famoso por ter interpretado o Hulk, no Universo Marvel e depois disso vem ganhado bastante destaque em várias produções. Neste papel, ele chega a fazer um dos destaques do filme e realmente tem ótimos momentos com o restante do elenco, vide Ranchel McAdams (que também ta indicada) e Michael Keaton (que desta vez não recebeu uma indicação).
-Mark Rylance ("Ponte dos Espiões"): Desde a estreia deste filme, a indicação do ator nesta categoria já era certeira. Sua química com Tom Hanks, sua dosagem nos sentimentos do personagem e as provocações para breves alívios cômicos, já foram suficientes para este reconhecimento.
-Sylvester Stallone ("Creed - Nascido Para Lutar"): Provaelmente será o vencedor na categoria. A partir de certo ponto do filme, não notamos mais que é o bom e velho Stallone que ta atuando ali de tão diferente que ta sua atuação, pois na verdade acabamos vendo a "desconstrução" de Rocky Balboa. 
-Tom Hardy ("O Regresso"): Vivendo o vilão, em um filme onde temos DiCaprio como mocinho. Bom Hardy já fez alguns papéis de vilões antes (o mais famoso é o Bane, em "Batman Ressurge"). Apesar de ele fazer o diabo com o personagem daquele, dificilmente a Academia o consagre agora e com esse filme.

Melhor Atriz Coadjuvante: Já deixarei bem claro que Rooney Mara ta na categoria errada. Eles erraram tão feio, que aqui ela tem menos chances de levar do que teria em Atriz. No começo das premiações era meio difícil dizer quem levaria, mas a principal vencedora será a "novata" Alicia Vikander. Já as outras indicadas temos Jennifer Jason Leigh, que ta em uma das melhores atuações das indicadas (mas infelizmente não vai levar), Kate Winslet em "Steve Jobs", com uma atuação que nem ela acredita tamanho reconhecimento das premiações, e Ranchel McAdams, que ta arrasou em "Spotlight".

-Jennifer Jason Leigh ("Os Oito Odiados"): Foi o grande destaque na nova pelicula de Quentin Tarantino, pois ela surge meio apagada nos primeiros minutos, mas nos últimos atos ela acaba roubando a cena e consegue ser melhor que muitos outros nomes do elenco (incluindo Kurt Russell).
-Kate Winslet ("Steve Jobs"): Foi uma das indicações mais inexplicáveis da categoria. O papel dela foi composto mais por dialogos, e somente uma sequencia no filme todo que a atriz realmente transpões os verdadeiros sentimentos da personagem. Puro marketing para o "reencontro da dupla de Titanic" entre os indicados.
-Ranchel McAdams ("Spotlight - Segredos Revelados"): Atriz que começou em papéis bem fraquinhos e começou a arrasar na série "True Detective". Pegando um pouco do carrasco de sua personagem, ela construiu uma repórter que passa a ser ouvinte de terríveis histórias de pedofilia. Teve uns dois momentos chaves no filme, que renderam esta indicação (pelo qual já previ na crítica do filme).
-Rooney Mara ("Carol"): A mais injustiçada da lista. Ela apareceu bem mais do que a Cate Blanchet, a narrativa foi mais focada nela, onde mostrou a evolução de uma garota em uma verdeira mulher. Apesar da atriz já ter feito alguns papéis similares antes, sua indicação deveria ter sido trocada com Cate. Seria mais justo e as chances dela aumentariam.
-Alicia Vikander ("A Garota Dinamarquesa"): Ta ai uma atriz que surgiu aos poucos e foi pegando a simpatia do público. Fez ótimos trabalhos em "O Agente da U.N.C.L.E" e em "Ex-Machina", provavelmente leve o Oscar em sua primeira indicação, pois ela tava ótima como a esposa do primeiro transexual da história.

Melhor Roteiro Original: Nesta categoria temos ótimos candidatos, mas dentre eles o que mais vem se destacando até agora é sem duvidas o de "Spotlight - Segredos Revelados", pois aborda um tema atual e polemico. O foco que o roteiro transpôs ao que os jornalistas vivenciaram para fazerem a matéria, é ótimo. Também temos outro forte candidato, que é "Divertida Mente". A animação da Disney propôs uma das melhores histórias do estúdio, e cada vez mais sentíamos juntos todos os sentimentos que os personagens tinham. Já "Ponte dos Espiões" abordou uma forma mais estilo "aula de história", algo que vemos em muitos filmes em que abordavam a politica que o ocorria na Segunda Guerra Mundial. "Ex-Machina" e "Straight Outta Compton", foram os dois mais injustiçados do Oscar e ambos possuíam uma história realmente diferente e difícil de se encontrar em outras películas de 2015.

Indicados na categoria:
-"Spotlight - Segredos Revelados"
-"Ponte de Espiões"
-"Ex-Machina"
-"Straight Outta Compton"
-"Divertida Mente"

Melhor Roteiro Adaptado: Ta ai uma categoria que deve ser analisada de bem detalhada. Temos diversas adaptações de excelentes obras (que só chegaram no Brasil, devido ao sucesso da película). Mas de todas elas, a que mais me chamou atenção foi "A Grande Aposta", pois aparentemente será o vencedor na categoria.

Indicados na categoria:
-A Grande Aposta
-Brooklyn
-Carol
-Perdido em Marte
-O Quarto de Jack

Melhor Animação: única indicação que o Brasil consegue nesta edição do Oscar, com "O Menino e o Mundo". Mas temos uma das melhores animações da história e da Pixar concorrendo também, que é "Divertida Mente". Bom, não precisa manja de premiações e do Oscar pra saber que a Disney/Pixar mais uma vez levará o prêmio. Mesmo "Anomalisa" ter levado diversos elogios da crítica, pois é uma animação que procurou transpor os traços dos atores nos desenhos, em slow motion, com uma trama voltada ao público adulto.

Indicados na Categoria:
-Anomalisa
-Shaun, O Carneiro
-O Menino e o Mundo
-Divertida Mente
-As Memórias de Marnie

Melhor Fotografia: Outra categoria que temos cinco candidatos ótimos. "Os Oito Odiados" renasceu o estilo clássico, pois foi filmado totalmente com as câmeras Panavision. Já "Carol" procurou retratar o estilo tipico das produções da década de 50, enquanto "Mad Max" puxou mais pros anos 70. Já "O Regresso" foi filmado em tempo real e a câmera não parava um segundo sequer, além do fato da mesma ter sido gravada aproveitando a luz do dia. Provavelmente "O Regresso" vencerá nesta categoria (sendo que o responsável por ela, já ganhou nos dois últimos anos por "Gravidade" e "Birdman"). Lembrando que "Sicario: Terra de Ninguém", o responsável pela fotografia é Roger Deakins, que já foi indicado outras 12 vezes e nunca ganhou nenhuma. TALVEZ a Academia de pra ele o Oscar, mais como consolo pela carreira.

Indicados na categoria:
-Carol
-Os Oito Odiados
-O Regresso
-Mad Max: Estrada da Fúria
-Sicario: Terra de Ninguém

Melhor Maquiagem e Cabelo: Muito certo que "Mad Max: Estrada da Fúria" leve o premio nesta categoria. Quase 80% do seu elenco ficou irreconhecível devido ao excesso das ótimas maquiagens, que inclusive acabaram entrando pra história do cinema. Enquanto "O Regresso" utilizou ótimas maquiagens para mostrar um DiCaprio acabado, por causa do urso e outras para deixar o resto do elenco "acabado", devido as condições precoces dos personagens. Nesta categoria, ele e "The 100-Year-Old Man Who Climbed out The Window and Disappeared" (que utiliza o clássico estilo já consagrado pela categoria, que é deixar atores novos virarem avançados anciões) não vão levar.

Indicados na Categoria:
-Mad Max: Estrada da Fúria
-O Regresso
-The 100-Year-Old Man Who Climbed out The Window and Disappeared

Melhor Mixagem de Som: Agora nos técnicos, digamos que "Star Wars: O Despertar da Força" pode ter mitado nas telonas. Mas os sindicatos que focam nesta categoria reconheceram mais o trabalho realizado em "Mad Max", e dificilmente a Academia pretenderá mudar este feito. Apesar de que em outras produções, terem ótimas sequencias bem produzidas.

Indicados na Categoria:
-Perdido em Marte
-Ponte dos Espiões
-Mad Max: Estrada da Fúria
-Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Edição de Som: Como disse acima, neste quesito não tem outra: "Mad Max" leva novamente!

Indicados na Categoria:
-Perdido em Marte
-Mad Max: Estrada da Fúria
-Star Wars: O Despertar da Força
-Sicario: Terra de Ninguém
-O Regresso

Melhores Efeitos Visuais: Todos os filmes nesta categoria são realmente bons deste ano (pois tem uns anos que aparece produções que se salvam só pelos efeitos), e mais uma vez a galera torce pro "Star Wars" levar. Só que infelizmente "Mad Max: Estrada da Fúria" inovou o que se diz "efeitos visuais", pois foram realmente construídos os carros, os cenários e outros afins que vimos no filme. E o computador entrou como último recurso em algumas sequencias (como o braço mecânico da Charlize Theron).

Indicados na Categoria:
-Perdido em Marte
-Mad Max: Estrada da Fúria
-Star Wars: O Despertar da Força
-Ex-Machina
-O Regresso

Melhor Trilha Sonora Original: Ennio Morricone foi um dos principais compositores do gênero Western, e já compos a trilha de mais de 500 produções (dentre longa metragens e seriados). Ta ganhando tudo quanto é prêmio e teve um evento do Globo de Ouro, em Roma, para lhe entregarem o mesmo. Isso mostra o quanto ele é importante para a industria e vai levar finalmente seu primeiro Oscar para casa.


Indicados na Categoria:
-Carter Burwell - Carol
-Ennio Morricone - Os 8 Odiados
-Jóhann Jóhannsson - Sicario: Terra de Ninguém
-Thomas Newman - Ponte dos Espiões
-John Williams - Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Design de Produção: Em diversas premiações importantes desta categoria, quem tem levado a melhor até o momento é "Mad Max", apesar de "O Regresso" também ser um dos favoritos na mesma.

Indicados na categoria:

-Ponte dos Espiões
-A Garota Dinamarquesa
-Mad Max: Estrada da Fúria
-Perdido em Marte
-O Regresso

Melhor Edição: É uma das principais categorias do Oscar, pois a maioria dos vencedores desta categoria sempre acabam levando em Filme e/ou Direção. Neste ano eu aposto minhas fichas que será um tanto que diferente, pois "A Grande Aposta" conseguiu mesclar a narrativa com "detalhes" explicando o que tava rolando na pelicula. Apesar de que "O Regresso" também estava excelente neste quesito, só que os sindicatos da categoria, até agora destacaram o primeiro e "Mad Max". O que me impressionou, foi o fato de "Star Wars 7" ter figurado nesta categoria, e não ter sequer entrado em melhor filme. Mais uma injustiça que sem dúvidas, entrará pro histórico da cerimonia.

Indicados na Categoria:
-A Grande Aposta 
-Mad Max: Estrada da Fúria
-O Regresso
-Spotlight - Segredos Revelados
-Star Wars: O Despertar da Força

HORAS DECISIVAS


Já rolaram uma porrada de produções com tragédias marítimas no cinema, sendo a mais famosa a do navio "Titanic". Pegando carona neste principio, a Disney decidiu adaptar uma história verídica que aconteceu em 18 de fevereiro de 1952, com o Capitão Bernie Webber (Chris Pine, o novo Capitão Kirk de "Star Trek"), que junto com outros quatro caras, enfrentaram uma enorme tempestade marítima a pedido do oficial Daniel Cluf (Eric Bana, o "Hulk" de 2003), para resgatar a tripulação de um navio tanque que foi partido ao meio e estava afundando cada vez mais rápido. Ao mesmo tempo, acompanhamos o drama da tripulação tentando sobreviver e guiar o barco aos comandos do engenheiro Senior, Ray Sybert (Casey Affleck, de "Interestelar")

A história é basicamente bem narrada e comandada, onde o diretor Craig Gillespie ("A Hora do Espanto") se perde um pouco no decorrer da narrativa e demora pra criar diversos arcos de tensão nas sequencias que se passam dentro do navio tanque, onde rendem bons momentos para Affleck e os coadjuvantes que vivem seus colegas no navio. Só que o fator mais prejudicial foi a escolha de Holliday Grainger ("Cinderela"), para viver a noiva de Webber. Ela não conseguiu transpor uma verdadeira mulher que tava preocupada com o marido entre a vida e a morte em alto mar, mas sim uma porra de namorada Stalker (pelo amor de Deus, ela soa mais como uma perseguidora do que uma noiva que ama seu parceiro) e o tempo todo a atuação dela soou bastante artificial e no estilo de uma atriz de novela mexicana. Nem uma sequencia de discussão com o puta ator que é o Eric Bana, ela conseguiu demonstrar uma reação valida (já temos uma nova candidata ao posto de expressões da Kristen Stewart?). Sua química com Chris Pine é tão bizarra, que o ator demonstra que não se sente nem um pouco a vontade de estar ali com ela. Fora as sequencias com ela, ele consegue até fazer um bom papel.


Quanto a questão de utilização do 3D, ele é totalmente caça niqueis e nem profundidade notamos nas sequencias em alto mar (que estavam muito bem feitas por sinal), que poderiam ter trazido mais tensão na película. Dentro desses fatores, "Horas Decisivas" fica a beira de um futuro filme que vai reprisar em exaustões na televisão, mas até que soa bem para uma produção para passar o tempo e esquecermos dela momentos depois de deixar a sala de projeção.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 21 de fevereiro de 2016

PAI EM DOSE DUPLA


Will Farrell e Mark Wahlberg são um dos raros casos, onde atores de comédia e ação se unem para fazer uma produção que mescla o gênero, e realmente funciona graças a química de ambos. Em "Os Outros Caras", os dois atores ressurgiram nas telas com o estilo de comédia/policial que havia morrido nos anos 90. Seis anos depois eles repetiram a parceria, mas agora em uma comédia que não envolve policiais e nem baixarias (algo que recentemente ta tendo e muito nas comédias), mas sim em uma película que aborda a competição de dois caras que lutam pelo amor de seus filhos! 


Farrel vive Brad, um cara completamente bobão que acha que ta mitando como padastro dos filhos de sua esposa Sara (Linda Cardellini, a eterna Velma dos filmes de "Scooby-Doo"). As coisas obviamente não tão andando as maravilhas na casa deles, muito menos em seu emprego em uma estação de rádio.Um dia o telefone toca, e é justamente o ex-marido de Sara, Dusty (Wahlberg) avisando que ta voltando na área. Completamente ao contrário de Brad, Dusty é descolado, mais sociávelamigável e interessante como pessoa, além de aos poucos voltar a conquistar a confiança e o laço paterno com seus filhos legítimos. Só que como Brad não pode ter filhos legítimos, começa uma guerra entre os dois pra ver quem consegue conquistar a atenção das crianças.


Logo mil e uma piadas no estilo sessão da tarde irão ocorrer em cena e elas acabam funcionando e muito, graças a competente atuação e química de Farrell e Wahlberg, juntamente com o roteiro e direção competente de Sean Anders (que comandou "Quero Matar Meu Chefe 2" e foi responsável pelo roteiro de "Debi e Lóide 2"). Temos diversas piadas divertidas envolvendo motos, cães, skates, a antiga carreira de Wahlberg como músico (essa somente fãs do ator, vão saber reconhecer) e dentre outras. Também temos alguns breves momentos em que os personagens vividos por Thomas Haden Church (O homem de areia em "Homem-Aranha 3") e Hannibal Buress ("Vizinhos"), que vivem o chefe de Brad e o amigo pedreiro de Dusty, respectivamente, roubam a cena com suas piadas sobre ex-mulheres ou sobre um fato que acabara de ocorrer na cena. 

Tudo isso vai ocorrendo em forma natural e bem no estilo John Hughes, cujo estilo ta cada vez mais extinto de se encontrar em novas produções voltadas a todos os públicos em geral. "Pai em Dose Dupla" é uma divertida comédia, que da pra dar muitas risadas e mostra que não é somente a junção entre Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito (que fizeram juntos "Irmãos Gêmeos" e "Junior"), é a única entre astros da comédia e ação, que rende bons filmes.  

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 20 de fevereiro de 2016

TIRANDO O ATRASO


Primeiro gostaria de "parabenizar" os responsáveis por colocar os títulos nacionais nas películas, pois de "Dirty Grampa" (que em tradução literal fica "Vovô Safadão") para "Tirando o Atraso" tem uma puta diferença. Se não fosse o chamariz que o nome de Robert DeNiro e do Zac Efron fazem, esse filme não teria sido lançado nos cinemas e ia direto pro catalogo do Netflix e ninguém daria a minima. Por sorte os dois estão na película e devo assumir que apesar do excesso do humor escatológico que ela possui, da pra rir bastante. A premissa soa bastante familiar com o último filme da turma do "Jackass - Vovô Sem Vergonha", onde temos um vovô (vivido aqui por DeNiro) que cai na zoeira logo depois de ficar viúvo.Só que ao invés de o neto ser uma criança, ele já é um adulto (Efron) que está prestes a se casar com uma garota controladora metida a besta (Julianne Hough, de "Rock of Ages"). Diante da situação, o avô convence ele a fazer uma viagem para Florida, onde ele pretende reencontrar um velho amigo dos tempos de trabalho. Só que seu neto não imaginava que eles iriam parar em Daytona Bech, um local onde ocorrem as mais loucas festas de faculdade. No lugar rola drogas, sexo, pancadaria, zoeira e outras coisas imagináveis de produções do genero. 


Efron é o tipico ator que sofre com o público por N motivos, pois ele sempre terá uma associação ao seu papel protagonista em "High School Musical". Seus últimos filmes foram bem estilo "Sessão da Tarde", com toques de pornochanchada, onde ele se segura apenas graças ao roteiro. Já DeNiro é mais conhecido como o eterno Don Corleone, em "O Poderoso Chefão 2" e de uns tempos pra cá tem feitos mais comédias do que filmes de ação (a cada 10 produções novas, 8 são cômicas). Em todos os momentos, vemos que o ator se diverte em todos os momentos, seja quando ta zuando o estilo almofadinha do personagem de Efron ou quando ta xavecando uma universitária  vivida por Aubrey Plaza. Enquanto Efron representa com carisma a verdadeira imagem do homem escravoceta, que quando sai da toca se surpreende do que vale a vida.A química entre os dois atores chega a ser um dos pontos altos do filme, onde obviamente não iriam deixar escapar piadinhas sobre o físico de ambos.


O roteiro do estreante John Willians e direção de Dan Mazer, resgatam o estilo e humor das produções de Sacha Baron Cohen como "Bruno" e "Borat", ao não ter pudores em mostrar piadas envolvendo nudez frontal e escatológicas, onde funcionam pra quem curte esse estilo. 
"Tirando o Atraso" consegue ser uma divertida comédia que é voltada mais pra quem curte humor liberal e escrachado, pois aqueles que não veem graça vão desistir de conferir a película logo em seus primeiros minutos. 

Nota: 6,5/10,0 
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 14 de fevereiro de 2016

DEADPOOL



Puta que pariu! Já tava ficando com o saco cheio de ultimamente os filmes de adaptações de Hqs sempre seguirem o mesmo padrão. No principio víamos como o cara era, ai ele faz alguma merda ou algo do tipo e consequentemente pega uns poderes ou se une a alguém pra ação. Ai vem diversas sequencias de entrosamento dele com essa novidade, ao mesmo tempo em que tenta fazer reatar o seu namoro com alguma gostosa. Eis que surge um vilão, ele sequestra ela e o mocinho parte pra salvar ela e de alguma forma, o mundo também. Ele derrota o vilão, salva todo mundo e no desfecho ainda surge um arco pra futura sequencia que estreará numa janela de dois, três anos no máximo. Só que não para por ai, ainda temos que esperar os créditos acabarem pra ver a cena pós créditos, onde mostrará uma prévia do próximo filme do universo daquele cidadão do filme.


Eis que depois de 16 anos no pau com estúdios e produtores, que o ator Ryan Reynolds conseguiu  trazer uma versão digna pro anti-herói Deadpool. Ele já apareceu brevemente em "X-Men Origens: Wolverine", só que vamos e venhamos, aquela merda não era ele. Dois anos depois deste fiasco, Reynolds tentou emplacar como Hal Jordan em "Lanterna Verde"... Bom, outra bosta! Logo ele decidiu fazer um teaser com o diretor de videoclipes Tim Miller, onde mostraria uma brevemente o que eles pretendiam fazer com um filme do personagem Deadpool, se ele fosse aprovado. O video virou viral na internet e a Fox deu sinal verde, mas com um orçamento reduzido e total liberdade para eles fazerem o que quiserem com o personagem. O estúdio já tinha cagado com "Demolidor", "Elektra" e a gota d'água foi no recente "Quarteto Fantástico" (que nem pra freesbe do meu cachorro o Blu Ray/dvd serve). Só que ao começar ao iniciar o filme, logo em seus créditos iniciais, notamos que a porra toda foi levada na zoeira (para a felicidade dos fãs do personagem e dos que já se cansaram das adaptações de Hqs clichê).


Não vemos os habituais nomes dos envolvidos, mas sim o que eles realmente representam perante a cultura Pop. Como por exemplo os roteiristas são "os verdadeiros heróis", o Reynolds é "o galã Top, capa de revista" e por ai vai. Só que a zoeira não para por ai, vemos diversas brincadeiras aos trabalhos anteriores daquele, aos quais deram errado, como quando ele viveu Hal Jordan e sua primeira versão do Deadpool. Fora outras N referencias que nem vou ficar mencionando pra não dar spoilers. A única coisa que posso contar brevemente é sobre quem é esse anti-herói, pois ele não se define em momento algum como herói. Antes de assumir essa identidade, ele era um mercenário chamado Wade Wilson, que vive as mil maravilhas com a namorada Vanessa (a brasileira Morena Baccarin). Só que um dia, ele descobre que possui cancer pelo corpo todo e ta condenado a morte. Então ele vai pro bar do seu amigo Weasel (T.J. Miller, de "Transformers 4"), onde acaba conhecendo o estranho "Sr. Smith", que lhe faz uma oferta para ser testes de um experimento que pode curar sua doença. Sem nada a perder, ele topa fazer parte do experimento e consegue obter a incrível força e habilidade de se regenerar e lutar. Só que no processo, ele acaba ficando com o corpo completamente queimado por Ajax (Ed Skrein), que o faz criar o seu próprio uniforme e sair em busca do paradeiro deste, para poder se vingar. Ao mesmo tempo em que ele tenta se reencontrar com sua namorada, Vanessa.


O roteiro da dupla Rhett Reese e Paul Wernick (dupla de "Zumbilandia"), procurou mais trabalhar em um estilo onde mescla a violência de Quentin Tarantino, o humor vulgar de "American Pie", e o estilo breve de produções de "super-heróis". Além de o personagem quebrar a quarta barreira ao interagir com o público em diversos momentos da narrativa. Já as piadas que o tagalera faz com o universo cinematográfico confuso de "X-Men", seja com os atores da franquia e o envolvimento dos personagens Colossus (Stefan Kapicic) e Negasonic (Brianna Hildebrand), como os verdadeiros "super-heróis" do filme. Além de que a dupla de vilões vividos por Gina Carano e Ed Skrein, roubarem algumas cenas e divertirem a beça.

"Deadpool" chegou aos cinemas, assim como "Batman - O Cavaleiro das Trevas" em 2008, fazendo muito barulho e promovendo uma verdadeira futura revolução no gênero de adaptações. Sem duvidas que Ryan Reynolds conseguiu alavancar sua carreira com esse mega sucesso que ta sendo o filme (134 milhões de doláres em três dias, nos Eua, em uma produção com censura 18 anos. Um verdadeiro recorde que dificilmente será batido tão cedo), além de mostrar seu verdadeiro carisma como ator que eu não via desde "Protegendo o Inimigo" com Denzel Washington (que foi lançado em 2011!). E não poderia deixar de terminar essa critica, me referindo a participação do grande Stan Lee... A MELHOR DE TODAS! RECOMENDO! Ahh e não saiam antes do final dos créditos, pois tem uma cena foda!

Obs: Pessoal, a crítica ta escrita de forma bem informal pelo simples motivo, de eu querer colocar uma forma bem no estilo do próprio personagem Deadpool. Desculpem qualquer inconveniente. 

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


sábado, 6 de fevereiro de 2016

O REGRESSO


Leonardo DiCaprio é um cara que já fez de tudo no cinema por um Oscar. A sua primeira indicação foi em 1994, onde fez o papel do irmão autista de Johnny Depp, em "Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador". Depois de uma recomendação do grandioso Robert DeNiro, o famoso diretor Martin Scorsese começou a chama-lo para a maioria de seus filmes, então dai veio as indicações onde viveu o bilionário maluco Howard Hughes em "O Aviador" e o Playboy Jordan Belfort em "O Lobo de Wall Street" (além de parceria render o primeiro Oscar para Scorsese em "Os Infiltrados" e os ótimos "Gangues de Nova York" e "Ilha do Medo"), e no meio destas veio o mercenário Danny Archer de "Diamante de Sangue". Ele chegou a se aventurar em  algumas produções que tendiam a faze-lo ganhar um Oscar, ou pelo menos uma indicação, como seu "maravilhoso" papel protagonista em "J. Edgard" (que só ganhou o premio de "Melhor Filme pra se Perder a Insonia"), o Senhor de escravos porralouca em "Django Livre" (onde ele cortou a mão em uma cena, e continuou atuando normalmente), o ladrão de mentes em "A Origem" e seu mais clássico e conhecido papel do golpista em "Prenda-me Se For Capaz". Analisando todas estas produções, vemos que DiCaprio já trabalhou com outros picões de Hollwood como Steven Spielberg, Clint Eastwood, Quentin Tarantino, Christopher Nolan, Woody Allen e claro o maior pica de todos que é o James Cameron, em "Titanic". Mas nenhum deles sequer lhe ajudou a ganhar seu cobiçado prêmio. Alguns dizem que foi o fato de ele não ter prestigiado o Oscar de 1998, onde o mesmo faturou 11 Oscars (incluindo filme e direção), os mesmos da Academia pegaram uma birra com ele e não lhe deram a estatueta de ouro até então. 

22 anos de passaram e nada de Oscar ainda pro Sr. DiCaprio. Então ele se tocou que pra ganhar o prêmio ele teria que escolher um projeto audacioso, e foi em "O Regresso" que ele notou que poderia ser a chance de redenção com os "velhos da Academia". O responsável pela direção, produção e roteiro da película é ninguém menos que um dos queridos deles, que é o mexicano Alejandro González Iñárritu (que ano passado ganhou os Oscars de Filme, Direção e Roteiro Original, por "Birdman"). Meio obvio que eles ficariam bastantes atentos ao seu novo e audacioso projeto, e bota audacioso nisso. O cara acrescentou um novo estilo ao cinema com "Birdman", com filmagens usando um único take dentre as sequencias. Agora em "O Regresso", a narrativa é baseada no livro de Michael Punke, e inspirada em uma história real que se passa em meados de 1800, onde um grupo de caçadores pilegra por uma floresta em busca de caçar animais, para poder vender suas peles no mercado negro e realizarem trocas com os índios. Eles são liderados por Hugh Glass (DiCaprio), que é o único que conhece o caminho certo para a viagem. Só que no meio desta jornada, ele é atacado por um urso e fica gravemente ferido. Ao denotar a situação seu confidente de viagem, John Fitzgerald (Tom Hardy, de "Mad Max: Estrada da Fúria"), mata seu filho Hawk e enterra Hugh vivo. Ao conseguir sair dali, este decide sair em busca de vingança.



A história parece meio banal lida desta forma, mas pra fazer este filme o mexicano meteu o louco e decidiu levar todo mundo pra uma região com bastante neve no Canada. Só que ele resolveu utilizar as luzes do próprio dia para a produção, ou seja, diariamente havia somente uma hora de filmagem. Como na região dessas filmagens não fica sempre com neve, ao chegar o verão ele arrastou todo mundo pra Argentina pra finalizar esse projeto louco. Por causa desse trabalho todo foram seis meses árduos de filmagens, onde vemos claramente que Iñárritu arrancou a melhor atuação da carreira de Leonardo DiCaprio. Com uma maquiagem que o deixou bastante irreconhecível, ele transpôs em seu personagem as dores, as aflições, os medos, além de ele falar pouco o filme todo e quando fala as vezes é em linguajar indígena (e ainda sem sotaque!), vestir um casaco de pele de urso com quase 50kg, e comer carne bovina crua de verdade (lembrando que o ator é vegetariano), são só algumas coisas que ele fez pra deixar seu Glass o mais real possível. Mas o destaque mesmo vai pra impressionante cena onde ele é atacado pelo urso (que foi feito através de captura de movimentos), pois é uma puta cena bem realizada, onde até as sequelas em seu corpos foram bem realizadas pelos maquiadores. Devo dizer que em menos de cinco minutos de película, já consegui me convencer que sua atuação tava fodastica. Foi então que Iñárritu me lança uma sequencia extremamente realista de uma batalha entre índios e os caçadores, na beira de um rio da floresta, onde não consegui tirar os olhos da porra da tela! Logo ele vai e ao termino da mesma, me apresenta um dos melhores vilões da história do cinema que é vivido por Tom Hardy. O cara se demonstrou um frio sociopata, que não tem piedade alguma nos atos que comete. Seu "parceiro de crimes" vivido pelo Will Pouter (o vilãozinho de "Maze Runner"), também convence no papel do "garoto laranja" da trama.



"O Regresso" é uma verdadeira obra prima (que já entrou pra história do cinema), onde o mestre Alejandro González Iñárritu mostra que o cinema atual ainda tem chances de contar ótimas histórias e que possui condições pra isso. Só que o principal fator que este filme continuara fazendo sucesso e ainda vai ficar marcado na história do cinema é apenas um: Foi o filme que deu finalmente o Oscar pro Leonardo DiCaprio. RECOMENDO!

Indicações ao Oscar: Filme, Direção, Ator - Leonardo DiCaprio,  Ator Coadjuvante - Tom Hardy, Maquiagem e Cabelo, Efeitos Visuais, Edição, Fotografia, Figurino, Edição de Som, Mixagem de Som e Design de Produção.
Ganha: Filme, Direção, Ator - Leonardo DiCaprio, Edição de Som, Mixagem de Som, Design de Produção.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet