Já deixarei clara uma coisa: eu sempre admirei os trabalhos de Christopher Nolan, desde quando assisti "Batman Begins". Até então vi todos os seus filmes realizou as funções de produtor e diretor. Seu estilo se tornou famoso, pois ele aborda todos os seus personagens com diversas paranoias, envolvidos em tramas que acabam sempre mexendo com o psicológico dos mesmos e principalmente com o do espectador. Só que muitos não sabem, que ele foi um dos primeiros diretores a trabalharem com a tecnologia Imax (que são salas que abrangem uma tela com proporção media de 14x21, juntamente com uma imensa qualidade de som). Ciente disto escolhi assistir "Interestelar" nesta sala (sendo que esta foi minha primeira vez na mesma). Devo assumir que foi uma ótima e divertida viagem, literalmente.
A historia partiu de uma premissa criada por Steven Spielberg, que acabou desistindo e passou para o irmão de Christopher, Jonathan, que decidiu dividir a produção com ele e mesclar um pouco de ambos os estilos (que já possuem sua marca no cinema). A trama possuí diversas homenagens há alguns clássicos do estilo de "viagens no espaço" como "2001 - Uma Odisseia No Espaço", de Stanley Kubrick, o recente "Gravidade" e ainda sobrou espaço para homenagear "A Origem" (outro filme de Nolan). A história mostra o Engenheiro Cooper (Matthew McConaughay, que ganhou o Oscar este ano por "Clube de Compras Dallas"), que largou a profissão depois do falecimento da esposa (um ponto positivo, é que a história só menciona este fato apenas em um dialogo de Cooper) e virou fazendeiro, para poder passar mais tempo com os filhos (Timothée Chalamet e Mackenzie Foy). Apesar da situação climática do planeta terra estar cada vez pior, já que ocorrem diversas tempestades de areia e quase toda plantação agrícola esta morrendo aos poucos. Até que ao acaso, Cooper acaba encontrando uma base secreta da Nasa, onde acaba sendo convencido pelo Professor Brand (Michael Caine, de "Batman Begins"), a fazer uma viagem pela galáxia com uma equipe de profissionais compostas pela filha do mesmo (Anne Hathaway, de "Os Miseráveis"), Doyle (Wes Bentley, de "Jogos Vorazes") e Romilly (David Gyasi, de "A Viagem" , onde eles ingressarão por um "buraco de minhoca", para pode encontrarem outro planeta habitável para os seres humanos (já que a Terra está no inicio de uma futura extinção). Enquanto isso, sua filha vai crescendo (já que a cada hora que eles passam no espaço, equivalem a sete anos na terra) ela vai se aprimorando nas pesquisas da viagem de seu Pai, juntamente com o mesmo professor que o mandou para a missão.
Foy (na foto acima, e que estreou no cinema como a filha de Edward e Bella no "projeto de filme", "A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2") conseguiu ter um enorme entrosamento com McConaughay, e conseguiu ser um dos maiores destaques do filme, deixando até mesmo Jessica Chastain (que vive ela quando adulta) passada pra trás (já que em alguns momentos, ela lembrou bastante sua carácter em "A Hora Mais Escura"). Já minha "querida" Anne Hathaway, tem um papel da típica "mulher durona", onde somente na sequência em que ela transpõe uma abordagem sobre o amor, já deixa clara essa classificação. Mas de todos os protagonistas mencionados, quem tem um ótimo momento é Matt Damon ("O Ultimato Bourne"), cujo seu personagem surge repentinamente como um dos principais "quebra-cabeças" na trama.
Estes momentos ficaram bem mais nítidos e detalhados em Imax, e já deixarei claro que nesta produção é extremamente recomendável assisti-la neste formato, ou em algum similar (salas XD ou alguma que seja grande). Já que Nolan procurou deixar o público completamente entrosado e dentro do filme, nos momentos que mostram as naves no espaço (sendo que a ausência de trilha sonora deixa a situação mais verídica). RECOMENDO!
NOTA: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet