domingo, 17 de novembro de 2013

CRÍTICA - OS SUSPEITOS


Há muito tempo (não tenho nenhuma noção ao certo), que fui ao cinema e um filme me prendia de verdade. Pela primeira vez em muitos anos, eu tive era a mera sensação de que era somente eu e a película "Os Suspeitos" na sala. Dirigida por Denis Villeneuve (de "Incendios"), a produção nos apresenta um assunto um tanto polemico e que muitos Pais temem que isso aconteça um dia com eles: o desaparecimento de seus filhos pequenos. Aqui os Pais são vividos pelos ótimos Hugh Jackman (o eterno Wolverine, no melhor papel de sua carreira, sem duvidas) e Maria Bello ("Gente Grande"), juntamente com Terrence Howard ("Homem de Ferro") e Viola Davis ("Histórias Cruzadas"). De todos os mencionados, com certeza, o Oscar irá indicar Hugh Jackman para Melhor Ator e Terrence Howard para coadjuvante. E sem duvidas, a produção dará as caras na categoria de melhor filme.


A produção tem inicio com Keller (Jackman) caçando com seu filho na floresta e se mostrando um homem completamente religioso e correto. Logo, eles vão degustar do animal caçado na casa do seu amigo e vizinho Franklin (Howard), juntamente com a família de ambos. Mas de repente, Keller sente a falta de sua filha, assim como Franklin, o que causa uma enorme busca por ambas. Então, o filho daquele menciona que elas estavam brincando perto de um trailer estacionado, o que leva a crer que elas foram sequestradas pelo proprietário dele. É ai, que acionado pela policia, o detetive Loki (Jake Gyllenhaal, de "Amor e Outras Drogas"), que em poucos minutos se depara com o principal suspeito, o autista Alex (Paul Dano, de "Show de Vizinha"). Levado em seguida até a delegacia, ele é liberado mais tarde, pois é alegado seu retardo mental não tem condição alguma de realizar esse ato. Irado, pois ele acha que o detetive praticamente, "esnobou" o caso, Keller decide fazer justiça com as próprias mãos e sequestra Alex, o prende em um banheiro, e diz que ele ira sair somente quando dizer onde estão as duas meninas. Enquanto isso, a cada passo nas investigações, Loki vai descobrindo diversas coisas inacreditáveis.


Sem duvidas, um excelente trabalho do diretor canadense Villeneuve, que conseguiu fazer nós sentirmos uma verdadeira agonia que estavam passando os pais das garotas, durante a produção toda, até o último segundo! Diferente de Howard, ao longo da produção o personagem de Jackman vai se transformando em alguém completamente violento e sem dó do garoto (chega a certo ponto da produção, que chegamos a sentir pena de Alex e raiva de Keller) e o tortura de formas inexplicáveis. Seu oposto, Gyllenhaal, deixa de lado a imagem de "galã canastrão" e dá outro show, assim como Melissa Leo (que ganhou o Oscar recentemente com "O Vencedor"), que vive a Tia de Alex. Mas chega de falar do elenco, vamos falar do resto da produção: de fato, ela lembra um pouco a tensão de "O Silencio dos Inocentes" e "Seven", e que com honestidade, vem sumindo cada vez mais no cinema (pois o publico está cada vez mais preferindo conferir "Crepúsculos" e "Vingadores" da vida...). Mas o lado positivo da produção, é que em momento algum nós encontramos alguns erros gritantes, ou furo no roteiro de Aaron Guzikowski, que nos tire do trilho e da tensão psicológica e perturbadora de "Os Suspeitos", e que além disso, resgata a verdadeira intensão do que é o cinema de verdade. RECOMENDO!!

NOTA: 10,0/10,0


domingo, 10 de novembro de 2013

CRÍTICA - MACHETE MATA


Em 2007, foi lançada a produção "GrindHouse", no qual contia dois filmes do genero terror trash (esta expressão pra quem não sabe, significa que são filmes que desde o começo de sua produção, todos os envolvidos estão cientes que aquele material é ruim e completamente tosco, mas eles não tem vergonha de deixar isso ciente). Neste, contia alguns trailers falsos, e um deles "Machete", acabou ganhando de fato um filme, sendo o famoso coadjuvante mexicano Danny Trejo (da série "Pequenos Espiões), como o personagem titulo e que foi o seu primeiro papel como protagonista (depois de ter estrelado quase 200 filmes e nunca ter pegado um papel deste estilo). Pra se ter uma noção de quanto o filme é sem noção, ele é feio como um ogro e mesmo assim, consegue se envolver sexualmente com ninguém menos que a Jessica Alba (de "Quarteto Fantastico"), Michelle Rodriguez (da série "Velozes e Furiosos") e a polemica Lindsay Lohan (de "Todo Mundo em Pânico 5"). Já o vilão foi vivido por Steven Segal (o primeiro de sua carreira).


Pegando um pouco a carona do primeiro, "Machete Mata", praticamente pega carona no desfecho daquele, quando ele começa a namorar a agente Sartana (Alba) e se oficializa como um agente também. Mas em uma missão de rotina, ela acaba "sabendo demais" e é morta por uma pessoa mascarada. Então ao avista-la, Machete percebe que está passando pelo mesma situação novamente (já que no primeiro sua esposa foi morta pelo Segal). É então que mais tarde, ele recebe uma chamada urgente do Presidente dos Estados Unidos (ninguém menos que Charlie Sheen, de "Two And A Half Men", que rouba a cena e transpõe o seu personagem pessoal em uma das mais importantes figuras dos Eua), que está ciente de sua situação e lhe promove um trabalho que o fara caçar o perigoso Luthor Voz (Mel Gibson, em sua estreia como vilão), que planeja controlar a humanidade com novas espécies de armas nucleares, e que também foi o responsável pela morte de Sartana . Logo, ele lhe promove para Machete como um pagamento inicial o visto oficial de cidadão americano. Ele logo aceita a missão, só que não esperava encontrar em seu caminho vários assassinos de alugueis, pois os capangas e Voz estão cientes das intensões deste e por isso ofereceram milhões pela sua cabeça.


Confesso, que fazia tempo que não via algo tão tosco desde "Todo Mundo em Pânico 5", pois aqui são tantas situações constrangedoras e ridículas que acabam transformando a produção em um estranho filme de comédia, como a personagem de Sofia Vergara, que possui um bordel e é uma assassina profissional que possui os mais loucos tipos de armas. Ou pior ainda o personagem El Camaleón que é um mestre do disfarce e por isso a cada assassinato ou chacina muda a mesma! (primeiro ele é o Walton Goggins de "Django Livre", depois ele vira o Cuba Gooding Jr., e absurdamente se transforma na Lady Gaga! (essa ta parecendo mais um robô que uma atriz!) E por último no Antonio Banderas (é o que menos aparece em tela dos quatro, mas consegue roubar a cena)). Já o vilão vivido por Mel Gibson ta bacana, pois o ator está com uma completa feição de "que merda eu to fazendo aqui? Mas como a festa ta boa, eu vou ficar!" e isso ajudou um pouco na produção (que venha sua segunda empreitada como vilão em "Os Mercenários 3"). Aqui o interesse amoroso de Machete é vivido por Amber Head (a ex namorada de Johnny Deep e que fez "Fúria Sobre Rodas", como Nicolas Cage), que é uma agente secreta disfarçada de modelo. Não posso deixar de mencionar que quem também está no elenco e que está linda de doer é Alexa Vega (quem tem na faixa dos 20, 25 anos, lembra muito bem dela, nos filmes da série "Pequenos Espiões", que fizeram muito sucesso há dez anos. Mas pra quem não sabe, ela é a última da direita da foto abaixo) que interpreta uma garotas do bordel de Vergara, falando em nela, ela consegue ter um papel legal no filme, mas nada memorável. Sua filha aqui é vivida por Vanessa Hudgens (de "High School Musical"), que tá de novo no automático (mas por sorte tem menos de seis minutos em tela).


Só por essa descrição já deu pra notar que "Machete Mata" é um daqueles filmes ruins, que só tem elenco pra poder esconder o péssimo roteiro. Isso é fato, pois o primeiro foi muito melhor, já este deixou a desejar. Infelizmente devido ao fracasso da produção mundo a fora (em seu primeiro final de semana, a produção ficou em sétimo lugar e com péssimas críticas), o final da trilogia "Machete Mata no Espaço" (sendo que o trailer deste é apresentado duas vezes na produção, uma antes dela começar e outra antes dos créditos finais, pra ver como eles estão desesperados por um "up" dos fãs) dificilmente dará as caras nas telonas tão cedo, ou talvez nunca. 

Obs: O FILME NÃO TEM PREVISÃO DE ESTREIA NO BRASIL.

Nota: 3,5/ 10,0